Análise Dom Casmurro
Por: Lais Souza • 14/4/2019 • Artigo • 2.217 Palavras (9 Páginas) • 178 Visualizações
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Ana Tereza de Menezes n°03
Bianca Augusto n°07
Izabela Coelho n°25
Lais Souza n°27
Tainá Silva n°41
AS ENTRELINHAS DE DOM CASMURRO
Florianópolis
2017
Ana Tereza de Menezes n°03
Bianca Augusto n°07
Izabela Coelho n°25
Lais Souza n°27
Tainá Silva n°41
AS ENTRELINHAS DE DOM CASMURRO
Trabalho apresentado para as matérias de Literatura e Produção textual do segundo ano do segundo grau do Colégio Catarinense, como requisito parcial para a aprovação das disciplinas.
Orientadora: Lenita Zambra e Indianara Machado
Florianópolis
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 MACHADO DE ASSIS COMO ESCRITOR 5
3 ABORDAGEM DOS TEMAS 6
3.1 TRAIÇÃO DE CAPITU 6
3.1.1 A TRAIÇÃO É FRUTO DA IMAGINAÇÃO 7
3.2 A ESTRUTURA FAMILIAR DE “DOM CASMURRO” 8
4 CONSIDERAÇÃO FINAL 10
REFERÊNCIAS 11
1 INTRODUÇÃO
O livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, aborda assuntos sobre a obra estudada, como a traição de Capitu e sua estruturar familiar. A história foi escrita na transição do século XIX e XX na época denominada Realismo.
“D. Casmurro” conta a história de Bento Santiago (Bentinho) e Capitolina (Capitu), história narrada por Bento Santiago, onde tem suposições de uma suposta traição de sua esposa, onde tudo começa no enterro de seu amigo Escobar. Pensando até mesmo que seu filho Ezequiel, está crescendo e ficando idêntico a Escobar. Logo após, Capitu, da qual se separa e Bento manda Capitolina e Ezequiel para a Suíça, sem contar do seu divórcio. Por fim Capitu morre e depois de algum tempo Ezequiel também, trazendo de um certo modo um alívio a Bento.
Bento nasceu em uma família de posses, sendo filho de um deputado do Rio de Janeiro. Logo após com o falecimento do seu pai, Pedro de Albuquerque Santiago, sofre algumas mudanças em sua estrutura familiar. Já a família de Capitolina não possuía bens, era composta por seu pai e sua mãe. Por mais que havia essa diferença socioeconômica, existia uma boa relação entre as duas famílias.
O casamento naquela época era visto como um negócio, onde havia um dote por parte da família da noiva, e as idades era distintas, entretanto a união de Bento e Capitolina, pode ser considerada uma exceção, pois desde sua infância já sentiam uma atração mútua.
Como Bento que narra essa história, pode ser tudo fruto apenas de sua imaginação, pois ele é um homem instável e arrasado.
2 MACHADO DE ASSIS COMO ESCRITOR
Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho de 1839, filho de Francisco José de Assis, pintor, e de Maria Leopoldina. Sua mãe e irmã faleceram precocemente e então ele foi criado pelo pai e pela madrasta Maria Inês, lavadeira e doceira. Desde muito jovem, sempre foi muito habilidoso e inteligente, logo começou a trabalhar em áreas relacionadas à literatura, estando envolvido com pessoas do meio intelectual e jornalístico, o que influenciou em sua carreira como escritor. Com dezesseis anos teve sua primeira publicação, no jornal Marmota Fluminense, através da poesia “Ela”. Dois anos depois ele foi contratado pelo seu amigo Francisco de Paula Brito para trabalhar revisando e corrigindo textos.
Machado, foi um grande escritor brasileiro, escreveu quase todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, jornalista, crítico literário, entre outros.
Casou-se em 1869 com Carolina Xavier de Novaes, que foi quem o incentivou na carreira literária, chegando até a revisar suas obras. Em outubro de 1904 morre sua esposa, como dedicatória a sua amada ele cria o poema “A Carolina”. Após a morte desta,o ilustre escritor perdeu completamente a vontade de viver, falecendo quatro anos depois do falecimento da mesma.
3 ABORDAGEM DOS TEMAS
A traição de Capitu é umas das principais temáticas do romance realista, sendo até hoje uma incerteza para os leitores. A desconfiança de Bentinho começou a surgir durante o velório de Escobar. A partir deste episódio, o narrador-personagem passou a encontrar supostas evidências para o adultério de sua esposa, como as visitas feitas por Escobar a ela em sua ausência; e a semelhança de seu filho, Ezequiel, com o amigo. Porém, a partir de 1960, após o surgimento de movimentos em prol do direto das mulheres, outra possibilidade veio à tona: a de que a traição teria sido fruto da imaginação do narrador, levado pelo seu ciúme doentio.
Outra das principais temáticas da obra é a estrutura familiar. O livro mostra o poder aquisitivo de cada família; as mudanças sofridas dentro dessa estrutura com o passar do tempo; as relações entre famílias de classes sociais diferentes; o casamento por atração, e não por negócios como era comum na época; o desejo de um herdeiro; e por fim, como um ciúme doentio e uma suposta traição podem destruir uma estrutura familiar.
3.1 TRAIÇÃO DE CAPITU
Foi no velório de Escobar, que Bento Santiago (Bentinho) passou a ter certeza da traição de sua esposa com seu melhor amigo. As duas lágrimas derramadas por esta e seu olhar fixo ao defunto, levaram à tona a infidelidade dos dois melhores amigos de Bento. Logo, é a partir deste dia que o personagem principal passa a olhar Capitolina (Capitu) com olhos de desconfiança.
Outro fator que pode comprovar a traição são as visitas de Escobar a Capitu, até quando Bento não está em casa, no capítulo CXIII, por exemplo, a moça não quis ir ao teatro alegando que estava doente, mas insiste que o marido vá. Ele acaba indo, porém volta mais cedo e se depara com o amigo em sua casa e o fato deixa-o incomodado.
Conforme Ezequiel, filho de Capitu vai crescendo, a incerteza sobre a paternidade do garoto aumenta e causa cada vez mais incômodo em Bento, já que a semelhança entre o “filho” e o melhor amigo é extremamente grande, de acordo com Bentinho, que chega a pensar em suicídio ou até mesmo em envenenar o menino e a mãe dele.
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