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Por:   •  3/10/2014  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  336 Visualizações

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oralistas, que se apoiavam nos aparelhos de amplificação sonora associados ao treino da

fala e da leitura orofacial.

A rivalidade entre o método francês e o método alemão convergiu para o encontro dos

principais educadores de surdos do mundo no Congresso Internacional de Milão, realizado

em 1880. Sem convidar os surdos nem tampouco considerar a opinião deles, os educadores

ouvintes reunidos no Congresso de Milão decidiram pela proibição da língua de sinais em

prol do método oral na comunicação e educação de surdos.

Os prejuízos pela ausência da língua de sinais na educação de surdos foram refletidos

no alto índice de analfabetismo e fracasso escolar, confirmado nos anos seguintes ao

Congresso de Milão (SACKS, 1998, p. 41; MOURA, 2000, p. 49; CARVALHO, 2007, p. 71,

CHOI et. al., 2011, p. 11). Além de demitir todos os educadores surdos que trabalhavam

através das línguas de sinais, Moura (2000, p. 48-9) aponta que a abordagem oralista

focalizava o ensino da fala e desprezava os conteúdos escolares. Com essa postura, o

Oralismo não preparava os surdos para uma profissão, a não ser para exercer funções

como sapateiros e costureiros. Algumas escolas, preocupadas em garantir o sucesso de sua

instrução oralista, chegavam a recusar a matrícula para alunos surdos profundos e surdos

filhos de pais surdos, para acolher somente aqueles que apresentavam reais condições

de oralização. Os alunos surdos que não progrediam na oralidade eram considerados

deficientes mentais, sob uma concepção patológica da surdez, ainda presente em discursos

atuais, que culpa(va) a própria criança pelo “fracasso” de seu desenvolvimento escolar e

linguístico.

Apesar de todo esforço para banir a língua de sinais da vida das pessoas surdas, essa

nunca pode ser realmente apagada. Segundo Choi et. al. (2011, p. 10) as línguas de sinais

continuavam sendo usadas por surdos adultos que as transmitiam de geração em geração,

por estudantes em escolas especiais (ainda que às escondidas) e nas associações criadas

como espaço de encontro entre surdos.

E foi assim, sobrevivendo à proibição, que, em 1960, as línguas de sinais conquistaram

o prestígio linguístico através dos estudos realizados pelo americano William Stokoe.

Este linguista demonstrou e comprovou que a língua de sinais americana era uma língua

genuína, com estrutura interna equiparada às línguas orais e dotada de todos os aspectos gramaticais necessários. Sua pesquisa trouxe novo fôlego para a educação de surdos, já

desgastada por um método oralista que não funcionava.

Na mesma década, diante do fracasso do Oralismo, nasceu uma nova abordagem

conhecida como Comunicação Total. Utilizando vários recursos disponíveis - oralidade,

escrita, figuras e, inclusive, sinais - com o tempo, a Comunicação Total, segundo Choi et. al.

(2011, p. 12), tornou-se um método simultâneo de oralidade e sinais feitos na gramática

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