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Felicidade Executiva

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Por:   •  4/3/2014  •  745 Palavras (3 Páginas)  •  290 Visualizações

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Infelicidade executiva

Gilberto Guimarães

Pesquisas recentes continuam a mostrar que os níveis executivos e gerenciais

demonstram uma profunda infelicidade com seu trabalho e com sua vida. No

Brasil e no mundo os resultados são equivalentes. As pessoas, mesmo aquelas

que gostam do que fazem, não encontram felicidade no trabalho. O maior medo

dos profissionais é a perda do emprego. Ou seja, é como o casamento: ruim com,

pior sem.

Por que tudo isso? Qual a origem deste sofrimento? Como acabar com ele? Qual

é o caminho?

A busca de respostas para estas mesmas perguntas foi iniciada em 530 a.C. por

Sidarta Gautama – o Buda. A resposta lhe veio no despertar, sob a forma das

quatro verdades: a natureza do sofrimento, sua origem, seu término e os

caminhos que levam a este fim. O sofrimento se origina do desejo e o seu término

UNOPAR VIRTUAL

Bacharelado em Administração

só pode ser conseguido pela cessação dos desejos. Atingir a felicidade é,

portanto, conseguir nada desejar, não querer ser, ter ou fazer nada.

Nada mais difícil, sobretudo, porque podemos definir, simplificadamente, que as

pessoas que atingem níveis executivos e gerenciais são exatamente aqueles que

buscam a liderança, os “machos alfa ou fêmeas dominantes”, como expostos por

Eddie Erlandson, na Harvard Business Review. São os que se destacam, os que

dominam, os que querem e impõem. São homens e mulheres com três

características em comum. A primeira é que eles são muito determinados em

atingir resultados e obter sucesso. A segunda é que são muito impacientes. A

terceira é que tendem a ser muito agressivos.

Esse esforço faz deles muito competitivos. São focados no sucesso, atingem

resultados, fazem coisas que os outros dizem que não podem ser feitas e tem alto

nível de autoestima. Têm muita expectativa com relação a si mesmos e com as

pessoas com quem trabalham. Ou seja, são pessoas que desejam muito, e que

quando impedidos ou atrapalhados na busca da realização de seus desejos,

assumem posições e decisões emotivas e irracionais. A vontade deles é de passar

por cima, mas o mundo corporativo e as regras sociais lhes impedem.

Sentindo-se impotentes, são obrigados a gastar lentamente a adrenalina

excessiva jogada na sua corrente sanguínea. Nada pior para causar sofrimento e

infelicidade. Além disso, as pessoas que trabalham com eles começam a se sentir

desmoralizadas, vitimizadas, abusadas. Portanto, a infelicidade executiva, que faz

parte das regras do jogo de carreira, que vem junto, não só não tem jeito, como se

propaga em todos os níveis da empresa. Não dá para eliminar os desejos de ser,

ter e fazer na carreira profissional.

Mas, será que existe “o caminho”?

Nem Freud explica. Investigando o sofrimento humano na vida cotidiana, e as

formas de lidar com ele, Freud identifica que o motivo básico da insatisfação

humana é não poder atender aos nossos instintos, porque o mundo não o permite.

Desde o início convivemos com a frustração. Primeiro a natureza não cede e

depois a sociedade nos impõe novas restrições. Propõe três saídas para

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