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Formação Da Literatura Brasileira

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Por:   •  10/3/2015  •  1.916 Palavras (8 Páginas)  •  248 Visualizações

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A Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha, pode ser considerada o marco inicial da história da literatura brasileira.

A carta do escrivão Pero Vaz de Caminha é um dos testemunhos mais importante deixado pelos portugueses no século XVI, sobre o Brasil.

O texto tem uma importante atenção ao valor histórico- por ser o primeiro registro escrito sobre a realidade local, mas o que vale é a sutileza, o argumento em que Caminha relata ao rei de Portugal Dom Manuel, com uma linguagem simples, relatando a paisagem física e humana, as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra, onde ele julga ser uma imensa ilha.

É indiscutível o fato de a Carta refletir uma visão de mundo do homem português, o que bastaria para colocá-la como mais um texto-documento da literatura portuguesa ligada à expansão ultramarina.E é justamente essa visão que vai dominar, com maior ou menor intensidade, os três primeiros séculos de nossa literatura, em que o Brasil é colocado na condição de “objeto de uma cultura, o outro em relação à Metrópole”, o que salienta Alfredo Bossi. Só a partir do século XIX, com o romantismo, encontraremos manifestações literárias genuinamente nacionais.

Esta literatura reflete a visão de mundo, as ambições, as intenções do homem europeu, que manifesta duas preocupações distintas e, apesar do aparente antagonismo, complementares: de um lado, a preocupação com a conquista material resultante da política das Grandes Navegações; de outro, a preocupação com a conquista espiritual, a necessidade de ampliar a fé cristã, resultante do movimento religioso da Contra-Reforma.

A carta de Pero Vaz de Caminha traz semelhante divisão de conceito: a literatura informativa, que se voltava para assuntos da natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) e a literatura dos jesuítas, que tentavam incluir a catequese.

O trabalho de catequizar deu direção às produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.

Jose de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entro os índios eram chamados de piahy, significa “supremo pajé branco”. Autor da primeira gramática tupi- guarani. A literatura informativa é chamada também de literatura dos viajantes ou dos cronistas, reflexo das grandes navegações fazia levantamento da “terra nova”, de sua flora, fauna, de seus habitantes e costumes, que se apresentaram muito diferentes dos europeus. Daí sendo, uma literatura meramente descritiva e como tal, sem grande valor literário. 

Como metodologia escolhemos trabalhar com fragmentos da Carta para uma leitura mais aprofundada, buscando auxílio em dicionários para vocabulários não conhecidos pelos alunos, assim os mesmos destacariam estas palavras e buscariam seus significados. Outra metodologia aplicada é reescrever fragmentos desta carta utilizando uma linguagem atual, fazendo com que os alunos se pusessem no lugar de Pero Vaz de Caminha, onde o professor indagaria: Se você fosse o autor dessa carta como você iria escrever este trecho. Após todos reescreverem nós iríamos montar um mural com todas as produções, para termos uma visão das palavras que poderiam ser substituídas e como seria o Brasil visto pelos olhos de nossos alunos.

Senhora Dona Bahia

 “Ninguém vê ninguém fala, nem impugna, 

e é que, quem o dinheiro nos arranca, 

nos arranca as mãos, a língua, os olhos." 

(Gregório de Matos)

Sermão da sexagenária

E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda. Logo, porém, que o sol nasceu, queimou-se, por falta de raízes. Outras sementes caíram entre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um sessenta por um trinta por um... 

(Padre Antônio Vieira) 

Gregório de Matos foi cultista e escreveu apenas poesia, seu tema favorito foi a crítica social, embora  tivesse  alguns poemas amorosos e religiosos.

O padre Antonio Vieira foi essencialmente conceptista,  escreveu apenas prosa, Cerca  de 200 sermões e o tema era a explicação da vida cristã, era pregador nas cortes da Europa. Padre Antonio vieira usava a bíblia com suas parábolas e histórias como fundamento do sermão, algo que seria repetido de maneira inversa nas obras de Gregório de Matos.

Gregório de Matos grande representante do pensamento confuso e mesclado do homem barroco, com suas sátiras e poesias lírico-amorosas, filosóficas e religiosas no qual pintava a realidade do homem seiscentista.

Padre Antonio Vi eira e Gregório de Matos são dois contemporâneos e ambos escreveram no estilo barroco, e gostavam de temas religiosos.

O Arcadismo, Setencetismo ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII. Vive-se ,agora, o Século das Luzes, o Iluminismo burguês, que se caracterizou pela negação de qualquer reminiscência da cultura medieval (Idade das trevas), pela afirmação das ciências e pelo primado da razão.

O Arcadismo tinha por lema a frase latina Inutilia truncat (“cortar, suprimir as inutilidades”). As principais características do Arcadismo eram:

Objetividade do mundo burguês, retornando a um estilo literário mais simples;

Retomada da mitologia pagã como elemento estético;

Cultivo do Carpe Diem, que consiste no princípio de viver o presente, “gozar o dia”, pois o tempo corre célere, e o fugere urbem (“fugir da cidade”) , o abandono dos centros urbanos;

Busca de uma vida simples, bucólica, pastoril, configurando apenas um estado de espírito.

Uso de pseudônimos.

O filme Sociedade dos Poetas Mortos se relaciona com o temático Arcadismo em diversas cenas, que iremos citar a seguir:

1ª cena: O professor John Keating , assobiando, pede aos alunos que o acompanhem até ao corredor, onde existem

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