Heracles

Heracles é um jovem da periferia que para superar o passado que o desfavorece, e para conseguir o emprego de motoboy na cidade de São Paulo terá que realizar 12 tarefas ao longo do dia.

O “motoboy” é um personagem que retrata a realidade brasileira, dentro de uma classe menos favorecida e sua própria existência é reflexo do caos no transito. É uma profissão que envolve condições precárias, de um dia a dia de trabalho exaustivo, situações de perigo, com pouca segurança, pouca solidariedade e um enorme preconceito social.

Apesar da política de mobilidade urbana ditar algumas normas e regras para o bom convívio social, a realidade nos impõe outra vivência no transito; como: as violências, os riscos de acidentes, a quase indiferença com aqueles que sofrem alguma lesão decorrente de um abuso qualquer no transito, etc.

propostas para aliviar o trânsito de uma cidade que conflui constantemente com este mecanismo tão complexo? Aparentemente não há consenso para alcançar uma solução, já que os problemas tem raízes históricas e suas soluções, certamente, exigem coragem política para adotar propostas que racionalizem a dolorida rotina do “motoboy” e, portanto este profissional nada mais é que o reflexo de uma reação de um organismo vivo que está sendo ferido.

Precisamos de políticas públicas mais sérias e mais comprometidas com a sociedade a fim de assegurar o respeito à vida humana.

Sob a visão de um trânsito caótico, se faz cada vez mais necessário e imprescindível os serviços desse profissional, o “motoboy”, em entregas diversas que , geralmente, executa pressionado pelas urgências , num prazo mínimo de tempo, muitas vezes sem o preparo necessário para se prevenir de ocorrências adversas e cometendo algumas imprudências para desviar-se dos congestionamentos com o único propósito de chegar ao destino contratado (no menor espaço de tempo possível). Ao cruzarem todos os bairros, eles fazem a conexão de um espaço desconectado, repleto de obstáculos e armadilhas.