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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

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Por:   •  22/9/2013  •  1.457 Palavras (6 Páginas)  •  342 Visualizações

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Atualmente torna-se ainda mais presente, dentro e fora da escola, um

discurso de valorização da leitura. Contraditoriamente, também é comum um

discurso que alega a sua ausência. Iniciemos, então, esclarecendo essa contradição.

A expressão “é preciso ler” faz parte do dia-a-dia da escola e é uma exigência da

nossa sociedade; paralelamente, afirma-se constantemente que o aluno não gosta

de ler, que o brasileiro não lê e, em conseqüência, não possui uma visão crítica do

mundo que o cerca. Ler passou a ser um imperativo dos nossos tempos, do qual

não podemos fugir. Ou seja, parece que não podemos não ler. Mas o que é ler?

O que lemos? Qual o objeto da leitura e para que lemos? Apesar de essas serem

perguntas excessivamente repetidas, precisamos voltar a elas. Isso talvez porque

a resposta não seja tão óbvia quanto, em geral, supõe o senso comum.

CONCEPÇÃO DE LEITURA

Conforme Saveli (2007, p. 119-120), “é fundamental considerar a sala de aula como um espaço composto por um grupo engajado num projeto comum de desenvolver os conhecimentos individuais no contato com os conhecimentos dos outros”. Ao ter esse espaço como prioritário, o ensino de língua(gem) flui sem a necessidade de imposições de leituras por parte do professores, ocorrendo de fato as trocas de conhecimento, nas quais o professor é um orientador e não mero facilitador.

Nessa pesperctiva a concepção leitura é uma atividade no qual se leva em conta as experiências e o conhecimentos. Oconhecimento de leitor exige do leitor bem mais que o conhecimento do código línguistico uma vez que o texto não é simples produto da codificação por um receptor próximo.

A importância da leitura na nossa vida, a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, bem com o papel da escola na formação de leitores competentes são questões frequentemente discutidas.

Estratégia de leitura

As estratégias de leitura dizem respeito às formas utilizadas pelo leitor para facilitar a compreensão dos dados informativos de um texto. Assim, os procedimentos adotados por cada um se diferenciam, uma vez que nem todos assimilam conhecimento da mesma forma.

Leitura em voz alta – enquanto lê em voz alta, a concentração é facilitada, já que a leitura silenciosa pode sofrer interferências de pensamentos alheios ao assunto tratado no texto.

Exposição de pensamentos – é quando o leitor expõe, verbaliza o que está pensando a respeito do que lê. Esta prática desperta o interesse da pessoa por aquela leitura sem que perceba.

Identificação dos fatores chaves – o leitor identifica os elementos mais importantes da narrativa: os verbos, as personagens, as características e qualidades principais. Qual o objetivo do texto? E para qual tipo de leitor? Qual o posicionamento do autor: a favor ou contra? Perguntas como estas são feitas e respondidas pelo próprio leitor depois de analisadas novamente no texto.

Questionário – fazer perguntas sobre o texto torna a leitura fácil para algumas pessoas. Trata-se de elaborar um questionário sobre a leitura, o qual é respondido pelo próprio leitor, claro. Porém, há a possibilidade do mesmo tecer uma pergunta ao lado de cada parágrafo que julgar mais importante. Assim, quando ler a pergunta que fez, saberá do que se trata o parágrafo em questão.

Resumo – fazer uma síntese do texto à medida que lê. A cada período mais importante, o leitor escreve uma oração que o resume em um papel ou então no próprio livro, ao lado do parágrafo (faça isso, caso o livro seja seu).

Essas práticas produzem gosto pela leitura e aprimoramento, tornando-a mais prazerosa e satisfatória. Agora é só escolher uma ou algumas e ler bastante!

LEITURA E A PRODUÇÃO DE SENTIDOS

A busca pela inserção no mundo se faz a partir da

confrontação de diferentes horizontes de significado.

O indivíduo sente-se inserido à medida que desvela e

vivencia significados atribuídos ao mundo por ele

mesmo e pelos outros (Silva, 1996).

A produção de sentidos textuais implica o compartilhamento de informações, implica ouvir o que o texto tem para dizer e relacionar aquilo que se puder perceber e capturar, de modo bastante assimétrico, não linear e difuso, os conhecimentos já construídos e (in) compatíveis com o que o texto propõe. É o leitor quem orquestra a leitura, quem produz sentido, quem transforma, mas é o texto quem inicialmente dirige o processo”. A reflexão é da professora doutora Ana Cláudia de Souza(2011).

Gêneros Textuais ou Discursivos presentes na Revista X

Os gêneros textuais são incontáveis; são textos materializados por práticas sociocomunicativas e que exercem funções em uma situação comunicativa.

São incontáveis os gêneros textuais e, o tempo todo, escolhemos diversos deles para diversas práticas sociais, seguindo sempre a necessidade temática, a relação entre os interlocutores e a vontade enunciativa. Enquadram-se nesse rol de práticas comunicativas: diálogo face-a-face, bilhete, carta (pessoal, comercial etc), receita culinária, horóscopo, artigo, romance, conto, novela, cardápio de restaurante, lista de compras, aula virtual, piada, resenha, inquérito policial, ofício, requerimento, ata, relatório etc. Hoje, com a “cultura eletrônica”, surgem novos gêneros textuais e novas formas de comunicação (oral ou escrita) como o bate-papo on-line (MSN), blog, twitter (micro blog), Orkut, Facebook, mensagens SMS (celular) etc. Toda essa dinâmica é confirmada quando Marcuschi diz: “(...) os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social”. Os cinco exemplos retirados da revistas.

O gênero entrevista pode abranger as mais diferentes manifestações linguísticas. Nesse sentido, a característica de estabilidade do gênero entrevista é determinada a partir das regularidades apresentadas no conteúdo temático, na construção composicional e no estilo; e a dimensão conteúdo temático pode ser investigada quando se parte dos estudos da organização

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