Leitura E Produçao De Textos
Trabalho Escolar: Leitura E Produçao De Textos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcoboeira • 30/5/2014 • 673 Palavras (3 Páginas) • 243 Visualizações
PRODUÇÃO DE TEXTOS E OS SENTIDOS
Professor: Dr. Luiz Roberto Wagner
Cidade: Porto Alegre
Data: 11.06.12
No mundo atual, temos mais acesso à informação. Com a globalização, notícias que agora são inéditas, daqui a alguns minutos já serão passado. As informações voam de um lado a outro da Terra em segundos. As pessoas estão buscando mais conhecimento de diversas formas e meios, estão tornando-se mais cultas. Mas, como tudo é uma questão de perspectiva, isso não está acontecendo com a música popular brasileira. Quando Carmem Miranda surgiu com seu “Chica Chica Boom Chic”, em 1941, não imaginava que as onomatopeias fariam parte da maioria dos sucessos tocados nas rádios hoje. Os grandes compositores, como: Tom Jobim, Pixinguinha, João Gilberto entre outros, já não estão mais em alta, pois a moda é o “Tchu, Tchá, Tchá,”o “Tchê Tchererê Tchê, Tchê” e por aí vai. Podemos notar que elas estão virando trilha sonora de muitas novelas da TV; estão caindo nas graças do povo. Quem criticou o cantor Michel Teló por suas “construções sintáticas complexas”, como: “Sábado, na balada, a galera começou a dançar”, nem pensou que o pior
ainda estava por vir. Enquanto as jovens formosas do tempo de Vinícius de Moraes eram cortejadas com os versos de “Garota de Ipanema”, às belas de hoje, só restaram um: “Ai, ai, ai, ai, ai, ai! Assim você mata o papai!”. Se o rapaz for mais ousado, é capaz de chamá-la direto para o “lê, lê, lê”, que são ruídos bucais que não querem dizer nada, mas que, acompanhados de um movimento de quadris, não deixam dúvida quanto às intenções de quem as pronuncia. O problema não está nas letras pobres desse tipo de canção, e sim no apelo sexual que elas carregam, pois quando são tocadas, até mesmo as crianças saem dançando suas coreografias cheias de malícia. Então, basta alguém postar em um site ou uma celebridade cantar, que faz o maior sucesso. Uma letra com sua nacionalidade desconhecida, porém com o seu bailado traduzindo o que ela diz, não necessita traduções e contamina o mundo todo. Porém, sabemos que, o que esses intérpretes audaciosos querem é vender, afinal, é muito melhor comercializar as músicas que contém esses refrões repetitivos, por serem mais fáceis de cantar e fixar.
Devemos nos lembrar que, Chico Buarque e Jorge Ben também já gravaram nesse estilo e que essas canções estão classificadas dentre os estribilhos mais pegajosos da música brasileira. Versos como: “Bim bom bim bim bom bom. É só esse o meu baião e não tem mais nada não”, de João Gilberto e “Segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan, tchan, tchan, tchan, tchan”, do grupo de axé music É o Tchan, fazem parte dos refrões que grudaram na mente do povo. Mesmo sem querer, às vezes, acabávamos entrando no rítimo e dançando também. No entanto, nem se compara ao rico acervo musical que os verdadeiros compositores nos têm deixado. Um legado de obras de arte, artistas consagrados que nunca serão esquecidos. Não parece, mas tudo isso tem a ver com os valores que a nossa sociedade tem esquecido, hábitos que estão sendo degradados
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