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Leitura E Produção De Textos

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Por:   •  15/6/2013  •  5.436 Palavras (22 Páginas)  •  561 Visualizações

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CONCEPÇÃO DE LEITURA

Leitura é a construção decorrente da interação emissor/receptor, é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, obre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc.. Existem diferentes modos que definirão uma concepção de leitura, variando conforme a visão de sujeito, de língua, de texto e de sentido:

FOCO NO AUTOR

O texto é visto como um produto do pensamento do autor. A leitura é entendida como uma atividade de captação das ideias do autor, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.

Concepção de língua como representação do pensamento – sujeito dono de sua vontade.

É aquela leitura em que a concepção de língua é a representação do pensamento. O sujeito é um ser psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. É como um ego que constrói uma representação mental. O leitor tem que captar o sentido que o autor pretende informar, o leitor é passivo e o sentido está totalmente centrado no autor. A leitura é entendida como a atividade de captação das ideias do autor, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor.

FOCO NO TEXTO

O texto é produto de codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor, bastando a este, para tanto, o conhecimento do código utilizado, reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto.

Concepção de língua como estrutura – sujeito determinado pelo sistema.

É aquela leitura que leva em conta o sistema estrutural da língua como sistema, código. O leitor tem que identificar, reconhecer, decodificar os sentidos do texto. O conhecimento do leitor não é levado em conta. É apenas um processo de codificação do autor e decodificação do leitor.

FOCO NA INTERAÇÃO AUTOR-TEXTO-LEITOR

O sentido do texto é construído na interação texto-sujeito e não em algo que preexista a essa interação. A leitura de um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, trata-se de uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor. Leitura em que há uma concepção interacional da língua. Neste caso para haver uma concepção de sentido devem-se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, os conhecimentos construídos socialmente.

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Para se ter o leitor, enquanto construtor de sentido, utilizam-se estratégias, tais como: seleção, antecipação, inferência (dedução) e verificação.

Ao selecionarmos um texto para a leitura, fazemos antecipações de acordo com o texto, meio de veiculação, gênero textual, título, distribuição e configuração de informações no texto. Levantamos várias hipóteses que podem ser confirmadas ou rejeitadas, que serão reformuladas ou substituídas diversas vezes no decorrer da leitura, de acordo com nossos conhecimentos arquivados na memória. Deve-se também levar em conta os objetivos da leitura. Ou por que lemos. Se é para nos manter informados, por puro prazer, fazer trabalhos escolares, etc. O tempo dedicado à leitura também deve-se levar em conta.

Desse leitor espera-se que processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem diante de si, que a desfrute ou rechace, que dê sentido e significado ao que lê. (CF. Solé, 2003:21)

A atividade de leitores ativos em interação com o autor e com o texto começa com antecipações e hipóteses elaboradas, com base em nossos conhecimentos prévios, no decorrer da leitura essas antecipações e hipóteses serão confirmadas, rejeitadas, reformuladas e novamente testadas. Em um movimento que destaca a atividade do leitor, respaldada em conhecimentos arquivados na memoria e ativados no processo de interação com o texto.

O leitor processa, critica, contrasta e avalia as informações que são apresentadas, produzindo sentido para o que lê, o que permite dirigir e autorregular o processo de leitura.

LEITURA E PRODUÇÃO DE SENTIDO

A leitura pode ter sentido diferente, dependendo do conhecimento, lugar social, vivência, relação com o outro, valores de comunidade, conhecimento textuais do leitor, entre outros. A leitura e a produção de sentidos são atividades orientadas pela nossa bagagem sociocognitiva, tornando a leitura com uma pluralidade grande. Uma única imagem pode ter significados diferentes dependendo da pessoa que a está observando, dependendo do conhecimento pessoal, social, intelectual, cultural. Por isso para se entender um texto, é necessário ler tudo, analisar todas as pistas dadas pelo autor no texto, além de seus conhecimentos.

Na concepção de leitura como uma atividade baseada na interação autor-texto-leitor, ativamos experiências particulares como vivências, valores, relações com o outro, conhecimentos textuais. Portanto, falamos de um sentido para o texto e não do sentido do texto.

A leitura e a produção de sentido são atividades orientadas por nossa bagagem sóciocognitiva: conhecimentos da língua e das coisas do mundo.

Considerar o leitor e seus conhecimentos e que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para outro implica aceitar pluralidade de leitura e de sentidos em relação a um mesmo texto.

É claro que com isso, não preconizamos que o leitor possa ler qualquer coisa em um texto, pois, como já afirmamos o sentido não está apenas no leitor, nem no texto, mas na interação autor-texto-leitor. Por isso, é de fundamental importância que o leitor considere na produção e para a produção de sentido as sinalizações do texto, além dos conhecimentos que possui.

A pluralidade de leituras e de sentidos pode ser maior ou menor dependendo do texto, do modo como foi constituído, do que foi explicitamente revelado e do que foi implicitamente sugerido, por um lado; da ativação, por parte do leitor, de conhecimentos de natureza diversa, e de sua atitude cooperativa perante o texto, por outro lado.

Definição de Gênero Textual e os elementos que caracterizam um gênero.

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre

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