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Lingüística Textual

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Por:   •  19/10/2013  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  983 Visualizações

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Introdução

"Lingüística Textual"

Um dos novos elementos da lingüística textual que surgiu na Alemanha em 1960. Ela tem por função o estudo dos textos, pois eles exercem um papel comunicativo muito importante.Dentro da lingüística encontramos várias denominações para lingüística textual. Por exemplo: Teoria da estrutura do texto, Estrutura do mundo, Textologia, etc. A gramática textual surgiu para que os elementos gramaticais fossem estudados dentro de um contexto, pois a gramática da frase apresentava algumas lacunas incompletas. E a gramática textual surgiu para ajudar nesse problema da semântica do texto, que explica melhor o significado do texto. A pragmática do texto diz a função do texto no contexto extralingüístico e a sintaxe explica os significados sintáticos do mesmo e como ele expressa o que o rodeia. A lingüística textual se divide em três momentos muito especiais, a análise transfrástica, gramáticas textuais e teorias do texto. O primeiro momento estuda principalmente a seqüência coesiva dos textos. Foi nesse primeiro momento que a superação da frase começou a ser vencida. No segundo momento existe um estudo sobre a coerência de um texto e os fatores que determinam à coerência. Também se delimitaram os textos e ouve a diferenciação deles. E por sua vez o terceiro estuda o contexto pragmático dos textos.Alguns autores dizem que a pragmática é somente um fator a mais dentro da gramática textual, servindo apenas para estudar a situação comunicativa em que o texto é inserido. Já para outros ela veio evoluir a lingüística textual estudando o ato de se comunicar em uma situação peculiar de comunicação.

Ler e escrever é aprender a codificar e a decodificar ?

Ensinar a ler e a escrever representa um dos principais objetivos das instituições escolares, além de constituir-se como um de seus maiores desafios, porém, já há muitas décadas, discussões sobre a formação de sujeitos que sejam capazes de lidar de maneira competente com as situações sociais que envolvem a leitura e a escrita permeiam espaços de formação inicial e continuada de profissionais que atuam na educação. Mas, na maioria das vezes as discussões realizadas sobre o tema no Brasil tinham seu foco no método mais eficaz a ser utilizado no período de alfabetização.

Vale destacar que são numerosas as tentativas para conceituar, descrever ou explicar a alfabetização e o letramento e todas demonstram um posicionamento político, social ou pedagógico. Contudo, ao realizarmos um aprofundamento teórico percebemos que a alfabetização e o letramento são fenômenos complexos e multifacetados. Na maioria das vezes os educadores não possuem a clareza conceitual acerca dos temas alfabetização e letramento, sendo influenciados por “modismos”, o que por consequência reflete na prática cotidiana desses profissionais.

Por um longo período, acreditava-se que ser alfabetizado resumia-se em conhecer o código linguístico, ou seja, identificar as letras do alfabeto, assim, os sujeitos eram classificados em alfabetizados ou analfabetos, pela condição de dominarem, ou não, a escrita do próprio nome, condição básica para que pudessem votar e escolher seus governantes.

Pesquisas e estudos realizados por Emília Ferreiro, contribuíram para que compreendêssemos que a aprendizagem da leitura e da escrita não reduzi-se a um conjunto de técnicas percepto-motoras, nem a vontade, ou a motivação, mas trata-se de uma construção conceitual. Dessa forma aquela preocupação com o método de ensino começa ser questionada, assim, a discussão deixa centra-se em como se ensina e começa a girar em torno de como a criança aprende.

Nesse sentido, podemos afirmar que em linhas gerais, alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que consegue utilizar socialmente a leitura e a escrita, respondendo adequadamente às demandas sociais.

Compreendemos assim, a aprendizagem da leitura e da escrita como uma construção processual de conhecimentos, onde ocorre o estabelecimento de relações entre os saberes que o sujeito já possui com os novos saberes que estarão sendo despertados no cotidiano escolar.

Para Emilia Ferreiro, existe uma diferença entre o sujeito passivo aprendizagem, que apenas reconhece, recorda, reproduz e repete e ao qual é preciso ensinar tudo desde o princípio- “tabula rasa”, com o sujeito ativo que não define apenas seus próprios problemas, mas constrói mecanismos para resolvê-los.

A criança consegue nesse sentido, interpretar a realidade na qual vive, antes de chegar à escola, já que possui uma série de conceitos e constrói a partir da sua vivência conhecimentos sobre o mundo e a realidade. Assim as crianças iniciam a aprendizagem da leitura e da escrita nos mais variados contextos reais, contextos letrados em que a leitura e a escrita são usadas constantemente como objetos sociais e culturais.

Estes são os contextos de aprendizagem em que os sujeitos aprendem a interação com a escrita e por sua relação com outros sujeitos que dominam a escrita e seus usos situações sociais. Portanto, o saber sobre a língua escrita não deve limitar-se ao mero conhecimento do alfabeto.

Concluímos assim que a construção do processo de leitura e escrita acontecerá quando aprendermos e ensinarmos fatos relevantes, significativos, no qual a leitura e escrita possuem finalidades e sentidos, e que responda essencialmente às necessidades funcionais e aos interesses e expectativas dos alunos. Destacamos a necessidade de fazermos uma leitura crítica da realidade; para tanto devemos ler e escrever textos diversos em diferentes contextos, com variedade de intenções e com diferentes destinatários. Essa construção de conhecimento deve ser uma conquista, que resulte de uma atividade compartilhada entre aluno e professores em uma escola que valorize a participação, e que seja integradora e democrática, com vistas a possibilitar a interação constante com diferentes textos e entre sujeitos. Este então é nosso desafio.

O que o artigo define como método operativo?

As aulas de Língua Portuguesa não podem priorizar o ensino da língua escrita ou falada, mas realizar um trabalho com ambas. Mostrar ao aluno que a fala exige mecanismos, como gestos, entonação de voz, expressões faciais, enfim recursos não verbais, que a tornem clara, para que seja interativa, enquanto os textos escritos não necessitam desses mecanismos, porque

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