Literatua Portuguesa
Trabalho Universitário: Literatua Portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pelicula • 13/10/2014 • 475 Palavras (2 Páginas) • 288 Visualizações
As críticas Vicentinas
Gil Vicente foi um ensaísta português do início da Idade Moderna. Suas peças teatrais tinham alto teor moral e contrariava o pensamento medieval de superioridade, santidade e infabilidade da Igreja Católica (até então, vista como agente divino na terra, que não podia ser questionado nem contrariado). Uma das peças de Vicente foi o Auto da Barca do Inferno, em que quatro personagens, sendo um da alta classe social e um pobre, morrem e tomam uma barca guiada pelo diabo e que os levará para o inferno. O pobre é salvo do inferno, enquanto que os demais (um deles, clérigo) são condenados, apesar de terem sido "pessoas importantes e privilegiadas por Deus". O humanismo foi a filosofia animistíssimo, que punha em descrédito os dogmas da Igreja e valorizava a ciência humana. Os humanistas desviaram sua atenção das coisas referentes ao espiritual, e se voltaram para o humano. Gil Vicente retrata em seus autos (peças teatrais) o pensamento humanista da época. Quando se fala em Gil Vicente, é preciso, antes, entender o que são autos. Auto é o nome genérico dos textos poéticos da Idade Média, usados nas representações teatrais, carregados de religiosidade. No teatro vicentino vamos encontrar uma grande produção de autos, dos quais muitos deles, além da religiosidade, apresentam temas profanos e satíricos.
Gil Vicente é considerado o criador do teatro popular em Portugal. Sua primeira apresentação, em 1502, foi o Auto do vaqueiro ou o Auto da visitação, dedicada ao filho recém-nascido do rei D. Manuel, no quarto de D. Maria, esposa do rei. A peça fez tanto sucesso que o levou a elaborar outras, igualmente cheias de êxito. O teatro de Gil Vicente baseia-se principalmente na sátira (as farsas), que ele utilizava para criticar e denunciar os erros, a corrupção e a falsidade de todas as camadas sociais: da nobreza, do povo e do clero - apesar de ser uma pessoa profundamente religiosa.
Gil Vicente era autor e ator e suas representações, cheias de improvisos já previstos. Sua obra é rica, densa e variada. Sua produção contém 44 obras e sua galeria de tipos humanos é imensa: o padre corrupto, o cardeal ganancioso, o sapateiro que explora o povo, a beata, o médico incompetente, os aristocratas decadentes, etc. Seus personagens não têm nome - são sempre designados pela profissão, assim registrando os tipos sociais que faziam parte da sociedade da época. Apesar de subvencionado pelo rei, Gil Vicente nunca se deixou intimidar, expressando o que realmente pensava e tecendo suas críticas com independência de espírito. O teatro era sua arma de combate e de denúncia contra a imoralidade. Sua linguagem, bastante simples, espontânea e fluente. Assim como os cenários e as montagens.
Suas principais obras são: Monólogo do vaqueiro ou Auto da visitação, Trilogia das barcas (Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório, Auto da barca da glória),
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