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Literatura brasileira - parnasianismo e primeira geração modernista

Por:   •  22/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  525 Visualizações

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O movimento parnasiano é completamente embasado na expressão “arte pela arte”, ou seja, a estética literária parnasiana é muito rígida e objetiva em relação às palavras que comporão a obra. Entre as principais características do Parnasianismo estão o culto ao belo, o preciosismo o formal, a valorização da forma clássica e o apego aos ideais clássicos.

O maior representante do parnasianismo foi o poeta Olavo Bilac. Nas produções literárias de Olavo podemos ver claramente a busca pela perfeição formal, a linguagem rebuscada, a impessoalidade e o universalismo.

Em contrapartida temos o movimento modernista e sua primeira geração que buscava a destruição das estruturas clássicas estrangeiras às quais a cultura brasileira ainda se mantinha presa. Embora já existisse uma literatura produzida em solo brasileiro e por brasileiros, ainda não havia algo genuinamente brasileiro, ou seja, que não seguisse padrões ou correntes literárias estrangeiras.

A primeira geração modernista defendia uma cultura genuinamente brasileira e livre de quaisquer influências estrangeiras, a eliminação do nosso complexo de colonizados, a aceitação do “novo” como bom e belo, a busca pelas origens nacionais da cultura brasileira e a literatura vinculada à realidade a fim de despertar o sentimento nacionalista no povo.

Como percebemos estas duas escolas literárias entraram em conflito devido suas ideias tão controversas. E durante este conflito surgiram algumas paródias, sendo a mais famosa o poema de Manuel Bandeira “Os Sapos” que parodiam o poema de Olavo Bilac “Profissão de Fé”.

A paródia é um gênero textual normalmente utilizado com fins cômicos, porém desta vez Bandeira utilizou a paródia com a finalidade de criticar o movimento parnasiano e o maior parnasianista em sua obra mor.

No poema de Bandeira vemos claramente as referências à Bilac e aos parnasianos, pois quando Manuel põe os sapos em questão podemos compará-los aos poetas parnasianos, que gabam-se por sua escrita rebuscada e sua obra perfeita porém não passam de meros sapos que vivem em brejos à margem dos rios, ou metaforicamente, da sociedade.

Estruturalmente Bandeira também parodia Bilac, pois tomou o cuidado de escrever seu poema todo com versos em redondilhas menores e versos de cinco sílabas, indo contra todo o cuidado de Olavo que escreveu “Profissão de Fé” inteiramente com linguajar extremamente formal, preso às rígidas regras de metrificação perfeita.

Portanto, vemos que o desejo dos modernistas de romper com a estrutura parnasiana era tamanha que eles tentaram de todas as formas possíveis abrir a cabeça do povo para mostrar a necessidade de uma cultura genuinamente brasileira e conseguiram magistralmente.

http://www.mundoeducacao.com/literatura/modernismoprimeira-fase-literaria.htm

http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil.htm

http://www.brasilescola.com/literatura/modernismo.htm

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