Luis De Camões
Casos: Luis De Camões. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neuzah • 2/4/2013 • 1.687 Palavras (7 Páginas) • 837 Visualizações
Introdução
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa foi-nos proposto mais uma vez a elaboração de um trabalho. Este intitula-se por “Luís de Camões e «Os Lusíadas», cujo tema também está presente no programa da matéria de Língua Portuguesa - 9ºAno. Assim tem como objectivo, os alunos adquirirem maior conhecimento sobre este importante poeta e a obra que realizou, e por conseguinte, enriquecer, mais uma vez, os nossos conhecimentos histórico-literários.
Neste trabalho estão presentes conteúdos como: a vida de Luís de Camões, a obra de «Os Lusíadas» falada em geral e, temas mais aprofundados sobre esta epopeia portuguesa como a origem do titulo, a sua estrutura interna e externa, os elementos da obra, as fontes que Camões utilizou, entre outros.
É um trabalho que revela bastante interesse.
Faço votos para que esteja de agrado de todos!
Luís de Camões
Poeta português, filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá e Macedo.
Luís Vaz de Camões terá nascido por volta de 1524/1525, não se sabe exactamente onde.
Morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa.
Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em Coimbra, tendo tido como protector o seu tio paterno, D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz e chanceler da Universidade.
Porém, num dia abandonou Coimbra antes mesmo de completar o curso e veio para Lisboa.
Tudo parece indicar que pertencia à pequena nobreza, no entanto aborrecia-se por não poder trabalhar, nem ganhar a sua vida, foi então defender a Pátria como soldado, em Ceuta, e em combate perdeu o olho direito. Depois de dois anos de guerra, voltou para Lisboa, onde resolveu ficar.
Em 1552, foi preso em consequência de uma briga com um funcionário da Corte, Gonçalo Borges, e metido na cadeia do Tronco. Saiu logo no ano seguinte, inteiramente perdoado pelo agredido e pelo rei. Partiu para a Índia nesse mesmo ano, quer para obter mais facilmente o perdão, quer para se libertar da vida lisboeta, que não o contentava.
Segundo alguns autores, terá sido por essa altura que compôs o primeiro canto de «Os Lusíadas».
Na Índia parece não ter sido muito feliz, Goa decepcionou-o, como se pode ler no soneto “Cá nesta Babilónia donde mana”. Tomou parte em várias expedições militares e, numa delas, no Cabo Guardafui, escreveu uma das mais belas canções: “Junto dum seco, fero e estéril monte”. Viajou de seguida para Macau, onde exerceu o cargo de provedor-mor de defuntos e ausentes, e escreveu, na gruta hoje reconhecida pelo seu nome, mais seis Cantos do famoso poema épico. Voltou a Goa e naufragou na viagem na foz do Rio Mecom, mas salvou-se, nadando com um braço e erguendo com o outro, o manuscrito da imortal epopeia, facto documentado no Canto X, 128. Nesse naufrágio viu morrer a sua "Dinamene", rapariga chinesa a que se tinha afeiçoado. A esta fatídica morte dedicou os famosos sonetos do ciclo Dinamene, entre os quais se destaca “Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste”. Em Goa sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhando n'Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.
Em 1569, após 16 anos de desterro, regressou a Lisboa, tendo os seus amigos pago as dívidas e comprado o passaporte. Só três anos mais tarde conseguiu obter a publicação da primeira edição de Os Lusíadas, dedicado a D. Sebastião, este ofereceu-lhe, uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos.
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte. O certo é que morreu a 10 de Junho de 1580, sendo o seu enterro feito a custos de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."
Os Lusíadas
Célebre poema épico de Luís de Camões, publicado em 1572. Narra a descoberta do caminho marítimo para o Oriente por Vasco da Gama, contém ainda uma síntese da História da Pátria. É uma epopeia clássica, inteiramente fiel às regras e convenções impostas pelo género.
Superando os poetas estrangeiros que se limitavam a imitar modelos literários, Camões enforma a sua obra com vivencias colectivas e dinamizadoras fundamentadas na História de Portugal, principalmente na história da expansão: «A verdade que eu conto, nua e crua, vence toda a grandíloqua escritura!» - Os Lusíadas, Canto V, 89. Mas, embora seguindo os modelos clássicos, Luís de Camões imprimiu à sua epopeia um cunho pessoal, nomeadamente no que se refere ao tema, com o objectivo de lhe conferir uma maior veracidade. Introduzindo um tema histórico, o poeta narra acções realmente acontecidas, tendo para tal recorrido a fontes diversas: Crónica de D. Afonso Henriques, de Duarte Galvão, crónicas de Rui de Pina e de Fernão Lopes, a História do Descobrimento e Conquista da Índia, de Fernão Lopes de Castanheda, e as Décadas da Ásia, de João de Barros, entre outras. Para além disso, as experiências vividas, assumem uma importância fundamental na narrativa.
Procurando ser objectivo e verídico, o autor pretende fundamentalmente transmitir a sua interpretação da História de Portugal, o que permite olhar a obra de dois prismas: por um lado, esta aparece como um texto a elogiar os feitos heróicos dos portugueses, nomeadamente através da Proposição, indo de encontro à ideologia oficial; por outro, ela deixa transparecer uma posição crítica face à politica oficial da expansão que comporta demasiados perigos e riscos para os portugueses, através entre outros do episódio do «Velho do Restelo» que personifica a posição do «homem da rua» («o fogo que Prometeu trouxe do céu e ajuntou ao peito humano, e logo o mundo em armas acendeu,/ em mortes, em desonras – grande engano.».
E são estes acontecimentos narrados com grandes preocupações de veracidade,
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