Memoria

O treinamento

auditivo pode ser dividido em quatro níveis:

1. desenvolvimento da percepção do som;

2. desenvolvimento global da discriminação sonora;

3. desenvolvimento da discriminação de fala em geral;

4. desenvolvimento da discriminação de fala específica.

O autor ainda destaca a importância em se desenvolver o treino

auditivo em ambientes ruidosos , já que o idoso apresenta dificuldade na

discriminação nestes ambientes (Abrahamson, 1995).

Lindem e Seligman (1986) recomendam a prática da localização

sonora. Esse exercício pode ser realizado com o paciente sentado em uma

cadeira com os olhos fechados. Alguém fala de diferentes pontos do

ambiente e cada vez que o falante troca de posição o idoso deve identificar

de onde vem o som.

Fazer a discriminação de diferentes sons é outro exercício

recomendado pelos autores acima. Utilizando uma lista de palavras que

difiram em um som apenas e pronunciar para o paciente discriminá-las com

os olhos fechados, primeiramente, e, posteriormente, abertos, realizando o

treino auditivo e de leitura oro - facial respectivamente.

Katz (1989) acrescenta um exercício de treinamento auditivo através

de leitura. O usuário lê um texto, ao mesmo tempo em que o terapeuta lê em

voz alta ; outro passo é o paciente ler outro texto, anteriormente, e depois o

terapeuta lê em voz alta; e uma terceira etapa seria o terapeuta ler um artigo

desconhecido e o idoso tenta reconhecer, utilizando a leitura oro - facial e as

pistas auditivas interrompendo e perguntando sempre que não entender

algo. É importante orientar o paciente a prestar atenção no movimento dos

lábios e na expressão facial de quem está falando. O paciente não deve se

preocupar em entender todas as palavras, mas sim perceber o contexto do

discurso.

Hull (1992), recomenda a utilização da “fala condensada”, em função

dos idosos apresentarem diminuição na velocidade do processamento

auditivo central. Através da utilização deste método, o paciente poderá

compensar alguns déficits e melhorar sua habilidade na fala mais rápida e

também com maior precisão do que o fariam sem o treinamento. Os

pacientes praticam escutando sentenças e parágrafos