Metamórfica
Resenha: Metamórfica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isabela_lehmkuhl • 9/11/2013 • Resenha • 503 Palavras (3 Páginas) • 279 Visualizações
3.3 Rochas metamórficas. Tanto as rochas magmáticas como as sedimentares podem ser levadas por processos geológicos a condições diferentes daquelas nas quais se formou a rocha. Estas novas condições podem determinar a instabilidade dos minerais pré-existentes, estáveis nas antigas condições em que foram formadas. Estas rochas sofrem então transformações sob ação destas novas condições de temperatura, pressão, presença de agentes voláteis ou fortes atritos, adaptando-se, assim, a estas novas condições. Esta adaptação é que dão origem à formação das diferentes rochas denominadas rochas metamórficas. Dependendo do caso, poderá ou não mudar a composição mineralógica, mas a textura muda obrigatoriamente.
Normalmente podem ocorrer tanto a recristalização dos minerais preexistentes como também a formação de novos minerais, graças à mudança da estrutura cristalina sob as novas condições de pressão, temperatura, ou ainda graças à combinação química entre dois ou mais minerais formando um novo mineral, agora compatível e estável sob as novas condições reinantes. Dependendo da natureza dos esforços sofridos pela rocha, poder-se-ão
verificar deformações mecânicas nos minerais. Estas deformações têm importância na reconstituição dos eventos geológicos e tectônicos que intervieram na formação da rocha.
Graças às condições de pressão dirigida num determinado sentido, a textura resultante mais comum é a orientada ou xistosa, caracterizada pelo arranjo de todos ou de alguns dos minerais segundo planos paralelos. As lâminas de mica ou os prismas de anfibólio seguem a mesma direção. O quartzo e o feldspato crescem de forma lenticular, com orientação direcional
dos maiores eixos. Esta estrutura xistosa é tão característica das rochas metamórficas, que elas são, às vezes, também designadas xistos ou rochas xistosas (Fig. 1-3C). Uma divisibilidade preferencial é a conseqüência da xistosidade. Na recristalização pode dar-se apenas um crescimento, graças à coalescência dos minerais existentes como, por exemplo, um calcário
passando para mármore, ou um arenito para quartzito. Em se tratando de rocha argilosa, que é o caso mais freqüente, formam-se minerais novos a partir dos minerais caulínicos, originando as micas ou as cloritas. A constituição mineracológica varia também conforme o grau de metamorfismo. Sob condições mais severas poderá passar para micaxisto, até atingir o grau máximo de metamorfismo, no qual se formam os gnaisses. Pode ainda dar-se o caso de a rocha original receber elementos estranhos, que se adicionam durante seu processo de transformação, como por exemplo, gases contendo boro, que poderão formar turmalinas, ou flúor, que será responsável pela fluorita (em calcários) ou topázio (em xistos), e muitos outros. A água, geralmente dissociada, é o fluido mais comum, de alta importância nas transformações mineralógicas, pelo fato de tornar o meio mais fluido. Em certas condições, se o magma penetrar ou ficar em contato com certas rochas preexistentes, poderá verificar-se um metamorfismo motivado pelo aumento de temperatura, graças ao calor do magma. Se os minerais da rocha encaixante ficarem instáveis àquela temperatura mais elevada, dar se à
devida transformação, ou mineracológica ou na textura, dependendo do caso, e este processo chama-se metamorfismo de
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