Neoleitor
Por: fernnanndo • 15/7/2015 • Resenha • 668 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
Neoleitor? o que seria? Muitas as perguntas se fazem a respeito dessa palavra que vem ganhando bastante destaque nos dias atuais. Primeiramente, deve se ter ciência de sua etimologia. Neoleitor significa novo leitor. Com a informação da etimologia, temos um novo olhar para essa palavra. Um leitor novo, um indivíduo cuja leitura está sendo inserida em sua vida, tendo noção dessa iniciação com a leitura, obras complexas de escritores renomados são posta de lado já que o neoleitor não possui registros internalizados das palavras com coesão e coerência.
Os livros adaptados são uma ótima ferramenta auxiliadora no desempenho do neoleitor. Nas obras adaptados são substituídos conteúdos de grafia pomposa e difícil compreensão, sendo transformados em fragmentos menores entretanto com a mesmo sentido da obra original. O mercado de livraria, consta com grandes obras importantes da literatura brasileira destinadas ao publico neoleitor, para que assim como um leitor experiente, o neoleitor, venha a deixar essa categoria inicial e se firmar com um leitor independente e experiente.
Há quem seja contra e a favor da adaptação de obras para o neoleitor. Os contras alegam ser um homicido literário reduzir obras corpulentas ao um simples resumo, reduzir a nada obras que foram escritas com esmero e dedicação, com intuito de rebelar-se, expor problemas vividos em épocas crucial para o desenvolvimento cultural do país. Esses contras, são literalmente contras a essa diminuição. Os a favores, defendem que todos os indivíduos teve possuir acesso a obras-primas, e reduzir as mesmas não seria menosprezá-las, mas sim, expandi-las a todos sem restrição e assim, quando os neoleitores forem capazes de produzir leituras extensa e complexas, venha a ler a obra original.
De modo nenhum se deve minimizar os neoleitores, eles trazem consigo experiências de vida, pois o neoleitor não é necessariamente jovem, pode ser adulto ou até mesmo um idoso. Isso porque, segundo Paulo Freire, a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre texto e contexto. Ou seja tanto as experiências de vida, influência para uma melhor percepção da obra, já que pode vincular, acontecimentos dos personagens, a algum momento de sua própria vida ou aos demais, já que sua experiência de leitura do neoleitor, também se faz através da cultura popular como: lenda, músicas, narrativas, funcionando como um agende mediador.
Quanto a escrita e leitura dos neoleitores, ambos são falhas entretanto só existe a primeira se houver a segunda. Justamente por isso se faz necessário voltar a atenção para essa categoria. Brincar e mostrar o mundo através dos livros, fazer com que eles ouçam o canto, caso contrário a leitura, a literatura será sempre algo distante e sem interesse. Na escola, a leitura é feita visando o consumo rápido de textos, ficando de lado troca de experiências, as discussões sobre os textos, a valorização das interpretações dos alunos tornam-se atividades a segundo plano. A leitura e a literatura sofrem um processo de escolarização, no qual o artificialismo revela-se de modo recorrente por meio de atividades, exercícios escolares isolados, sem que o aluno veja a leitura como ação cultural
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