Nos Os Desordeiros
Pesquisas Acadêmicas: Nos Os Desordeiros. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: watila • 17/12/2014 • 2.694 Palavras (11 Páginas) • 307 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa refere-se ao Ensino Fundamental tem como objetivo analisar a proposta pedagógica do Ensino Fundamental no Brasil, como também a ajudar a entender a complexidade da educação fundamental em nosso país nas séries iniciais.
O presente relatório objetiva discutir a importância de uma educação de qualidade para a formação profissional do indivíduo e inseri-lo numa sociedade onde o mesmo seja capaz de atuar de forma digna e comprometida.
Tendo como meta primordial aprimorar o ensino de ciências naturais nas séries iniciais do ensino fundamental através de elementos que relacionam o aprendizado com a vivência social.
A metodologia do desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa realizada na instituição, entrevistas com professores, pais e diretor/pedagogo da escola, com a finalidade de melhor fundamentar a prática de pedagógica no ensino fundamental.
A Pesquisa e Prática Profissional será composta por: Caracterização da escola (nome, endereço, horário de funcionamento); Apresentação dos dados coletados (entrevistas); Análise da proposta pedagógica do Ensino Fundamental.
Para realizar a pesquisa, procuramos a Escola Edificar onde tivemos a oportunidade de ver na prática a realidade do trabalho desenvolvido no Ensino Fundamental e como também fazer a relação teoria-prática, visando construir a nossa formação acadêmica e prática profissional de maneira fundamentada.
2. O ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS PECULIARIDADES
Esta pesquisa e prática foi desenvolvida no Instituto Educacional Vovô Tião, é a entidade mantenedora da Escola Edificar, localizada na rua Serra do Mar, 1.100, Jardim Panorama, Ipatinga-MG.
È uma instituição particular, são 70 alunos matriculados, tendo em média 10 alunos em cada turma, destinados à educação infantil e ensino fundamental séries iniciais.
O corpo docente é composto por oito profissionais com nível superior completo ou em fase de conclusão, além de coordenadores pedagógicos. Oferece aulas nos turnos da manhã e tarde.
Ao transpor a necessidade de implantar um ensino mais detalhado de Ciências nas séries iniciais, observamos que no contexto escolar existe uma carência extrema em citar os mais diversos conteúdos aplicados na vivência em sociedade, e é em cima desse aspecto que Fumagalli (1995) afirma que o ensino de ciências nas séries iniciais está argumentando sobre três aspectos: o direito das crianças de aprender ciências; o dever social obrigatório da escola, como sistema escolar, de distribuir conhecimentos científicos ao conjunto da população; e o valor social do conhecimento científico.
Esses aspectos abordados pela autora nos possibilitam argumentar a favor do direito das crianças das séries iniciais em aprender ciências. Pesquisas que mostram como as crianças elaboram o conhecimento, têm auxiliado educadores na compreensão de que elas não são adultas em miniaturas e que ,portanto, devem ser respeitadas em sua subjetividade perante sua maneira de significar o mundo que as cerca.
Borges & Moraes (1998) reforçam essa idéia e chamam a atenção dos professores para o seguinte fato: a criança não vê o mundo como nós. Lecionando Ciências nas séries iniciais, precisamos tentar ver o mundo através dos olhos dos alunos. Sentir com eles o encantamento e a surpresa de cada descoberta. O mundo é mais extraordinário do que nós pensamos. A natureza é um milagre que se renova diariamente.
A criança, portanto, faz sua leitura de mundo por meio de construções diárias que ela realiza, mediante outras aprendizagens já incorporadas. Deixá-la de fora da aprendizagem de ciências é desvalorizá-la como sujeito social.
Os conhecimentos das ciências naturais fazem parte da cultura elaborada sendo então, válido considerá-los como conteúdo do conhecimento escolar.
As transformações da ciência ocorrem de maneira muito acelerada, e as crianças também desejam encontrar explicações, visto que essas modificações estão presentes no seu dia-a-dia.
O conhecimento desejado para as primeiras séries está relacionado à organização de conceitos, procedimentos e atitudes, coerente com o conhecimento científico. Ressaltamos, pois, que a preocupação inicial é estar ampliando e, ao mesmo tempo, sistematizando os conhecimentos que essas crianças trazem de suas vivências extraescolares. Neste sentido, Fumagalli (1995) ressalta que, na escola primária, através do ensino desses conteúdos, não esperamos nem nos propomos a alcançar mudanças conceituais profundas, mas sabemos que é possível enriquecer os esquemas de conhecimentos de nossos alunos numa direção coerente com a científica. Espera-se, portanto, que os alunos das séries iniciais sejam estimulados a problematizar situações reais e a buscar respostas para indagações; desta forma, o professor estará formando a criança investigativa, reconhecendo-a como sujeito histórico, participante e agente de transformação da sociedade em que está inserida.
Todo dia as crianças estão entrando em contato com uma gama muito grande de conhecimentos extraescolares, que acabam desestabilizando o que o professor tem em mente como conteúdo de ciências. Vale mencionar, para exemplificar, situações cotidianas vivenciadas pelos alunos: acesso aos sites variados do computador, que lhes possibilita adquirir informações diversificadas; assistência a televisão, meio de comunicação de massa, veiculadora de reportagens que mostram o avanço da Ciência; acompanhamento aos pais no supermercado e verificação do prazo de validade dos alimentos; enfrentamento da crise do racionamento de energia. Essas situações desencadeiam uma infinidade de questionamentos que poderiam estar sendo utilizados nas aulas de ciências.
É notória a necessidade de uma boa capacitação profissional para os docentes e que esta vise um maior empenho em instaurar situações do cotidiano que envolva a ciência. Weissmann (1995)faz uma reflexão acerca desse assunto que vale a pena ressaltar: em relação ao ensino de ciências naturais, da mesma forma que em outras áreas do conhecimento escolar, percebe-se, cada vez mais, que um dos principais obstáculos no momento de querer ensinar é a falta de domínio e de atualização dos professores no que se refere aos conteúdos escolares. Não há proposta inovadora e eventualmente bem-sucedida que possa superar a falta de conhecimento do professor. Essa parece ser uma reflexão óbvia e sensata já que não é possível que um docente se envolva numa relação de ensino, agindo como mediador entre um sujeito e um conhecimento, sem que possua a apropriação adequada desse ‘saber’.
Borges
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