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O Amor de Perdição

Por:   •  29/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.756 Palavras (16 Páginas)  •  122 Visualizações

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ESCOLA SECUNDÁRIA LEAL DA CÂMARA

LÍNGUAS E HUMANIDADES

11º ANO TURMA H5

Projeto Individual de Leitura:

amor de perdição – camilo castelo branco

Sabrina Gomes Campos, Nº19

Rio de Mouro, 28 de novembro de 2017 


Índice

B.I da obra3

Introdução4

Biografia do Autor5

Apreciação Crítica7

Memórias de Leitor9

Fragmentos 12

Texto em Questão…………………………………………………………………………………………………………………14

Intertextualidade………………………………………………………………………………………………………………….15

Reflexão Final…………………………………………………………………………………………………………………………16

Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………………………..17


B.I da obra

Obra estudada: Amor de Perdição

Autor: Camilo Castelo Branco

Livro: 3ª edição, 225 páginas

Editora: Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses

Classificação da obra: Romance

Temas abordados na obra: Esta obra fala de uma história de amor que não tem o melhor fim, mas que revela bem a força e o poder do amor, e as muitas possíveis maneiras de amar.

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Introdução

Para a realização deste portefólio, no âmbito da disciplina de Literatura Portuguesa, escolhi a obra Amor de Perdição de autoria do escritor português Camilo Castelo Branco, pois ao debater a escolha do livro a ser estudado com a minha família, este me foi indicado como sendo um belo romance digno de estudo, elevando as minhas expectativas.

As expectativas em relação a este romance se tornaram ainda maiores após a realização de pesquisas sobre o autor da obra, quando me deparei com fortes críticas positivas sobre este e muitas indicações acerca da obra Amor de Perdição.

Com a realização deste trabalho, espero aprender a gostar de ler romances e obras portuguesas, visto que ainda não estou familiarizada com obras nacionais e romance não é o meu género textual preferido, e assim poder começar a ter interesse por novas obras e, com isso aumentar o meu leque de escolhas para obras literárias.

Para concluir esta breve introdução, o que eu espero desta obra é que esta tenha um bom enredo, uma história cativante, com personagens aos quais eu consiga criar um “laço” durante a leitura para que esta seja feita de forma mais dramática e expressiva e que, após a leitura, eu possa buscar outras obras deste autor e lê-las no meu cotidiano, sem que seja para a realização de outro trabalho, mas sim para enriquecimento literário e gosto pelo autor e suas obras.  


Biografia do autor

Camilo Castelo Branco nasceu a 16 de março de 1825, filho de Manuel Correia Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa.

Do lado paterno, as pesquisas genealógicas revelaram uma linha varonil não nobre, mas a partir de certa época afidalgada. De um antepassado picheleiro em Lamego provém um avô já magistrado, juiz de fora em Lamego (aquele Domingos Correia Botelho, que o romancista não poupará a violentos sarcasmos ao reinventá-lo no Amor de Perdição), casado com uma D. Rita Teresa Caldeirão Castelo Branco, filha de gente que servia uma casa nobre em Lisboa.

Da ascendência materna de Camilo nada de seguro se conhece, nem mesmo o nome da mãe, que varia de documento para documento. Jacinta Rosa – talvez do Espírito Santo - era uma rapariga plebeia, que segundo parece Manuel Correia Botelho teria levado para Lisboa e talvez abandonado.

Camilo nascia, com efeito, sob o signo de bastardia; a sua obra não deixará de causar a profunda marca deixada por esta circunstância, que tantas vezes virá condicionar a ação das suas novelas. O tema do filho natural, caro, aliás, á sensibilidade romântica, contestatária dos preconceitos e hipocrisias sociais e humanitariamente inclinada a chorar o destino da mulher vítima do egoísmo masculino, é um dos mais característicos da obra de Camilo.

Igualmente importante na formação da sensibilidade do romancista terá sido outra circunstância biográfica, mais dolorosa ainda, a da orfandade: não chegou conhecer a mãe, que morreu antes de ele completar dois anos; o pai, perdeu-o aos dez, e conservou dele uma dolorida lembrança. Muitas vezes ao longo da sua obra lamentará – ora diretamente ora pela boca de personagens suas – este desamparo afetivo da infância. Dir-se-ia que, nestes primeiros anos, a vida do romancista se pauta pelo padrão romântico: abunda com efeito, na literatura do Romantismo, o gosto pelo tema do pequeno órfão, tema bem próprio para encontrar eco nas almas sensíveis e inclinadas ás lágrimas. A orfandade, bem como o reencontro dramaticamente inesperado entre pais e filhos separados pela vida, é assim na novela camiliana ao mesmo tempo um tópico de época e o eco de uma experiência vivida.

Camilo pouco deixou escrito sobre os primeiros dez anos de vida, decorridos em Lisboa, onde nasceu. Dir-se-ia que só no contacto com a terra ancestral, onde se afundavam as raízes da sua família, ele teria encontrado estímulos capazes de o despertar para a realidade de si mesmo e das coisas. seja como for, a coincidência é notável: as recordações do escritor só começam a ser fixadas de modo distinto relativamente ao momento em que, após a morte do pai, é mandado juntamente com a sua irmã Carolina, quatro anos mais velha, para Vila Real, onde residia uma sua tia paterna, D. Rita Emília, aquela mesma Ritinha que conheceremos no Amor de Perdição.

Nunca saiu de Portugal e pouco se demorou fora daquele estreito cenário minhoto, transmontado e duriense. Alma inquieta, temperamento insofrido, imaginação férvida –poderá surpreender que não tenha tentado ou ao menos desejado, como tantos da sua geração, saciar a romântica “fome de absoluto” através da evasão pela viagem. O que lhe interessa, o que o motiva na sua vida e na sua criação é sobretudo um cerrado tecido afetivo, feito das relações estabelecidas entre o eu e o que fora de si encontra ou elege.

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