O Bispo Negro

O conto do Bispo Negro prioriza o domínio Portugues versus Igreja, onde Afonso Henriques com o aprisionamento de sua mãe nas marmorras do castelo é intimado pelo papa, através do bispo Dom Bernardo, a soltá-la ou seria excomungado e recusando-se, o mesmo acaba por travar uma batalha e um mal relacionamento com os demais personsagens ao longo do conto.

Muito furioso Afonso Henriques resolve eleger um novo bispo que o apoie na decisão de manter sua mãe presa e Portugal longe daqueles que eram vistos como infiéis, mas é mal visto pelos cônegos e estes tentam resistir a essa nova eleição e mesmo assim Afonso Henriques elege um negro como bispo, que estava destacado dos demais cônegos e que concordara com as palavras de Afonso.

O papa manda novamente alguém para intervir a decisão de Afonso, e o cardeal chega à Afonso dizendo-o que este estava em pecado e que vinha para ensinar-lhe sobre a fé, Afonso recusa-se e assim o cardeal excomunga Portugal. Afonso resolve matar o clérigo, criatura que é abençoada por Deus que estava em fulga, mas seus cavaleiros intercedem o cruel ato e o clérigo se põe à mercê de Afonso e o faz prometer que nunca mais Portugal seria interditado pelo papa e garantindo à Afonso seus três sobrinhos como firmamente do acordo.

O autor Alexandre Herculano põe em destaque neste conto os princípios cristão e estabelece uma relação entre crenças e realidade. A imagem traçada sobre Afonso Henriques, fundador da Dinastia de Borgonha, no conto, apesar de ter lutado com sua mãe pelo reinado de Portugal, contrasta a sua realidade pois, afirma-se que Afonso era um Rei de enorme sensibilidade e que agia na hora certa, com as pessoas certas, da maneira certa. Possui em seu legado a imagem de "O Conquistador", por ter alargado as terras de Portugal, obtido a independência do Condado Portucalense e desenvolvido a riqueza do país que se baseava na agricultura, matendo uma relação amigável com a população ao longo de sua história.