O Dom Casmurro

Com certa frequência percebe-se nos telejornais um índice elevado de criminalidade, em especial nas grandes metrópoles do país. Isso inclui homens, mulheres, homossexuais e até mesmo crianças que estão à mercê dos bandidos ao simplesmente saírem de casa. Neste caso, algo deveria ser feito para amenizar tais situações importunas na rotina do brasileiro.

Recentemente ocorreu o assassinato de Victor Hugo Deppman que trouxe à tona a questão da maioridade penal. Com isso, adeptos à diminuição da idade mínima que uma pessoa deve responder criminalmente pelos seus atos começaram a demonstrar interesse em tentar modificar a constituição para que tal concepção seja considerada lei. Entretanto, a dúvida que está sendo despertada na população é se algo semelhante será satisfatório para a diminuição da criminalidade.

É certo que adolescentes estão cometendo mais crimes com o decorrer do tempo, mas o problema a ser resolvido não está depois do ato, mas sim antes dele se tornar um marginal. Um adolescente não possui uma formação moral suficiente para conviver com ambientes como um presidiário brasileiro, onde a criminalidade é mais exacerbada do que aqui fora. Dessa forma, as autoridades estariam aumentando as chances de esse indivíduo sair da prisão pior do que quando ele entrou.

Portanto, uma lei que diminui a maioridade penal poderia ser desnecessária e até prejudicial ao crescimento do indivíduo na sociedade. O mais viável de se fazer é evitar que adolescentes convivam com o mundo do crime, como criar ações sociais suficientemente fortes para interferir na formação pessoal e evitando, assim, o surgimento de adolescentes criminosos e despreparados para conviver numa sociedade.

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