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O Loiro Eckbert

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Por:   •  22/6/2013  •  2.288 Palavras (10 Páginas)  •  701 Visualizações

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1.Biografia:

O escritor alemão, Johann Ludwig Tieck, nasceu em 31 de Maio de 1773, e faleceu em 28 de Abril de 1853, em Berlim. Poeta, romancista, crítico, tradutor e editor, Tieck é fundamental para o movimento romântico alemão do final do século XVIII, tendo sido um de seus iniciadores. Em 1790, iniciou-se como escritor de novelas satíricas e adaptações de contos franceses. Publicou diversas obras entre as quais Carlos de Berneck (1793-1795), História do Senhor William Lowell (1795-1796) Vida e a Morte de Santa Genoveva.

Falecido aos 80 anos, coberto de honras, acabou por encarnar quase sozinho a escola romântica que havia fundado juntamente com autores como Novalis, Kleist, Hoffmann, seu mestre, e Schlegel. Após a morte de Goethe, em 1832, ele ficou sendo praticamente o único representante de reconhecida envergadura do romantismo.

Sua importância está na prontidão com que se adaptou às ideias que emergiam no final do século VXIII. Na poesia romântica, no entanto, essa importância se restringe ao começo do século. Tendo sido, nos últimos anos de vida, um bom leitor e conselheiro para os outros.

O romantismo de Tieck é visto em uma série de peças e histórias, publicada sob o título de Volksmärchen von Peter Lebrecht (3 vols., 1797), uma coleção que contém o admirável conto de fadas Der blonde Eckbert (O loiro Eckbert) que explora perfeitamente a combinação da mente paranoica e o sobrenatural. É sobre esse conto que falaremos mais abaixo.

2.Resumo da obra:

Nossa concepção de contos de fadas dos dias atuais é diferente dos contos do começo do século XVIII. Será que o Loiro Eckbert pode ser considerado um conto de fadas como os que conhecemos hoje? Um conto como A branca de neve e os sete anões, Cinderela, A bela e a fera, e tantos outros contos que nos encantaram, e nos ensinaram durante a infância e que até hoje os fazem? É sobre isso que discutiremos.

O conto começa nos dando uma breve imagem de como seria Eckbert. Um homem pacato, que vivia isolado com sua esposa, Bertha. Eckbert tinha um amigo, Walther. Este morava longe e por isso passava boa parte do ano nas terras do amigo. Eckbert achava que sua amizade com Walther só seria completa e firme se lhe contasse tudo de sua vida, inclusive as coisas mais íntimas.

Num dia de outono, o loiro convidou seu amigo para que dormisse em sua casa. E após um jantar agradável, pediu que sua mulher contasse as histórias fantásticas de sua infância.

Bertha começa sua história já pedindo para que Walther não a encarrasse como um conto de fadas. Neste momento, o leitor já percebe que o que vem adiante pode ter um toque de fantástico. E tem.

Bertha nasceu em uma aldeia, e seu pai era um pobre pastor. A menina não tinha habilidade com coisa alguma e seu pai ficava muito irritado com isso. Não importava o quanto ela tentasse, sempre acabava quebrando alguma coisa, ou não conseguindo realizar a tarefa. Ela sonhava em um dia ficar rica, e voltar pra casa trazendo muita riqueza para seus pais. Sonhava em vê-los deslumbrados e orgulhosos dela. E quanto mais sonhava, mais se atrapalhava.

O pai começou a achar que ela se atrapalhava de propósito, por pura preguiça, e começou a bater em Bertha. Ele disse a ela que aquilo se repetiria toda vez que ela não conseguisse realizar alguma tarefa.

Com medo e à beira do desespero, Bertha foi embora. Nesse momento, como em outros, a paisagem reflete os sentimentos confusos e desesperados da personagem. Ela escalou colinas, passou por caminhos que serpenteavam por entre os rochedos, e pediu esmola. O caminho só piorava, não havia ninguém ao seu lado. Não havia sinal de ser humanos por perto. A menina se desesperou, chorou, gritou, quis morrer. Mas foi forte. Continuou seu caminho por mais difícil e pesado que ele fosse. E conseguiu vencer. Finalmente a paisagem muda. E com a chegada do cenário tranquilo da cachoeira, vêm os sentimentos tranquilos.

Bertha vê uma anciã, que andava com agilidade mesmo que ainda apoiada em sua bengala. A senhora abriga a menina, e passa a cuidar dela como se fosse uma filha.

Ao chegar na casa da anciã, a menina ouve um canto de um pássaro. Um canto com palavras felizes. Na casa, além do pássaro lulu, havia um cachorro. Mas não importava o quanto Bertha tentasse, não conseguia se lembrar do nome do cachorro.

A menina viveu muito bem por alguns anos com a anciã. Nada lhe falta. Ela aprendeu a fazer os trabalhos domésticos e a cuidar do pássaro e do cão. A anciã ficava fora com frequência, e Bertha cuidava de tudo. Um dia a anciã lhe revelou um segredo. Todos os dias o pássaro colocava um ovo com uma pérola ou uma pedra preciosa.

A partir daí, há uma mudança na personagem que começa a querer conhecer o mundo.

A anciã, como se tivesse percebido os pensamentos da menina, lhe diz que sair do bom caminho nunca traz bons frutos. Em uma outra viagem da anciã, Bertha vai embora, levando consigo somente o pássaro, e deixando o cão sozinho, amarrado em casa.

Como os sentimentos da personagem eram tranquilos, a viagem também o foi. Após um tempo na estrada, a menina percebe que está na aldeia em que vivia quando era pequena. Finalmente ela poderia realizar seu sonho de infância, e levar alegria para seus pais. Mas eles estavam mortos. E seu sonho estava perdido para sempre.

Bertha foi morar em uma casa com uma criada. O pássaro só cantava canções tristes, de mau agouro, predizendo um futuro que não seria bom. Ela começou a ficar inquieta, com medo de que a criada fizesse com ela o mesmo que ela havia feito com a anciã. O pássaro não parava de cantar, e ela o matou. Logo após, casou-se com um cavaleiro, Eckbert.

Ao final de sua história, Walter diz “Posso imaginar você cuidando do pequeno Strohmian”.

Cada um vai para seu aposento. No dia seguinte, começam as inquietações do loiro. Ele acha que Walther não se despediu direito dele, e Bertha fica doente.

As visitas do amigo se tornam cada vez mais raras, e quando ele os visitava, partia rapidamente. O loiro começa a achar que não deveria ter relevado sua intimidade ao amigo.

Bertha conta ao esposo, que achou muito estranho o fato de Walther ter mencionado o nome do cão, nomes este que ela mesma não conseguia se lembrar. Será coincidência?

Eckbert mata Walther, se arrepende, mas já é tarde demais. Novamente a paisagem muda de acordo com o sentimento do personagem. Agora o cenário é de um inverno sombrio e tempestuoso. Quando volta para casa, sua mulher já está morta. Sem seu amigo e sua mulher, o loiro fica desesperado, e após muito sofrer sozinho, começa a frequentar a cidade e faz outro amigo. A este ele também

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