O Mito da Caverna
Por: Ruan Freitas • 6/5/2017 • Resenha • 661 Palavras (3 Páginas) • 257 Visualizações
O Mito da Caverna é uma passagem do sétimo livro “A República” do filósofo grego Platão. É considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia. Ela conta a existência de uma caverna onde homens permaneciam desde a sua infância, acorrentados pelas pernas e pescoço, de modo que não poderiam ver o que estava diante deles ou mesmo poderem se mexer. A luz que os iluminava chegava por uma fogueira acesa em uma colina que se erguia por trás deles. Entre o fogo e os prisioneiros, passava uma estrada onde estava erguido um muro por onde passavam homens que transportavam objetos de toda espécie, por isso, as pessoas da caverna conseguiam ver suas sombras nas paredes.
Devido as circunstancias impostas a essas pessoas, para eles o real era aquilo que era visto e ouvido lá dentro. Platão então imaginou a saída de uma das pessoas da caverna e que pudesse ir até a origem das sombras e a sua reação diante as figuras que ali passavam. A primeira das reações seria pela força da claridade da luz do sol que agredia seus olhos, que para Platão representava a verdade. Depois de se acostumar com a luz solar e adquirir sua visão normal, o homem que acreditava que tudo aquilo que ele via na caverna era real, descobre por si mesmo que o mundo real é o que está fora da caverna.
Platão continua e imagina outra situação para esse mesmo homem. Depois de sair da escuridão da caverna, ele resolvesse voltar para contar aos seus antigos companheiros que estavam dentro da caverna que aquele mundo que existia na caverna não era aquilo que eles pensavam, que ele havia descoberto a verdade: o sol e tudo aquilo que ele havia vivenciado fora da caverna.
No entendimento de Platão, para o homem alcançar o conhecimento, ele deve passar por várias etapas, porque o conhecimento não é algo simples de ser conquistado. Como é demonstrado no texto, o ser humano precisou se esforçar e sair da caverna para ver com os seus próprios olhos, a verdadeira realidade, com a sua própria vontade e persistência. Ao concluir essa jornada, ele conseguiu sair da ignorância e ir para a luz da razão.
A educação é um vetor fundamental na conversão da alma do ser. Com esta afirmação, Platão cita em sua alegoria a importância das ciências, como a aritmética, a geometria e a astronomia para a vida do indivíduo. As ciências são retratadas como elementos para ajudar, como por exemplo: na resolução das guerras, organização de exércitos, na construção do caráter de homens e mulheres, pois ele em uma passagem do seu livro menciona que tudo deve ser igual entre homens e mulheres, e fazer o ser ver mais facilmente a ideia do bem. Pois, o aprendizado de todas elas servirá de preparação para a dialética. Para ele, a dialética é um instrumento que permite o alcance a verdade, mostrando também sua preocupação com a ciência, a moral do ser e a política. Juntando toda essa informação, ele deseja transformar o ser em uma pessoa melhor, um ser digno e honrável, para poder enxergar o mundo real a sua volta.
Depois de ler o mito da caverna, podemos chegar à conclusão de que a caverna é um “mundo de aparências”, um mundo irreal, já o lado de fora, com a luz do sol e tudo aquilo que compõe o ambiente, seria a ascensão ao mundo real. Para Platão, o mundo real não é o mundo material, mas sim o mundo das ideias, pois a matéria é passageira e pode nos levar a causar enganos.
Outra análise seria a de que mesmo correndo o risco de não ser compreendido ou aceito por seus antigos companheiros, ele retorna para tentar resgatá-los, dizendo que o que eles estão vivendo é uma mentira, é um mundo de ilusão, e que a verdade está do outro lado.
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