O Ponto No I
Casos: O Ponto No I. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kalbiakamila12 • 29/5/2014 • 272 Palavras (2 Páginas) • 263 Visualizações
As palavras são escritas, sem sequer jamais conseguirem alcançar a extensão do
que sentimos. Fazemos delas, um ritual de almas. E nesse emaranhado de pontos e
vírgulas me encontro.
Faço das palavras meu porto seguro, e ancoro doação e não desamor.
Quem sabe, nós escritores tenhamos ainda incutido em nosso inconsciente aquelas
crianças de outrora...mas que por terem crescido, ficaram estáticas. Eu acho,
que às vezes deixo eclodir em mim aquela criança travessa. E com ela, sou mais
feliz... mesmo que o castigo venha a cavalo, e me ponha numa masmorra escura e
fria...
Mas a teimosia faz parte da criança, e ela teima em escrever...
Faço das palavras um veículo de compreensão, e nunca uma arma de projeção.
Pois, quando preciso ser mais rude, digo cara a cara. Este é o meu jeito, esta é
minha essência.
Não nego, que nesta vida tenha tido alguns tropeços, pelo meu gênio...que é
incorrigível, mas se pisarem no meu calo, eu pisarei mais forte...
E assim é minha poesia...sem dono...sem rima...sem métrica...sem
artificialismos...sem polidez...ela é minha, unicamente minha!
É evidente, que me inspiro nas páginas da vida real, para poder soltar o nó da
garganta...e quem não o faria, neste mundo tão pacífico?
Pelas palavras, somos capazes de irmos ao céu ou ao inferno em fração de
segundos...
Será meu calvário escrever então?
Se for isso, as cruzes do mundo serão insuficientes, pois o pecado mora nos meus
dedos, e na minha alma "o doce pecado da escrita".
O fato é, que minha essência é escrever...é declarar guerra e paz...declarar
ódio e amor...declarar luz e escuridão...declarar amizade e perdão...declarar
unicamente, que escrever enobrece o espírito, e ocultar empobrece a alma.
Sendo assim, declaro PONTO FINAL.
(Ledalge,2006)
Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=31560#ixzz336BaHmIQ
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