PLANO DE AULA - LITERATURA PORTUGUESA
Ensaios: PLANO DE AULA - LITERATURA PORTUGUESA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: reinaldovitalin • 3/4/2014 • 2.280 Palavras (10 Páginas) • 2.370 Visualizações
Plano de Aula - Resenha da Literatura Portuguesa
Movimento artístico e literário – Trovadorismo em Portugal
Para o Ensino Médio.
Período de duração da aula: 110 minutos.
I – Objetivos
Como objetivos gerais, este plano de aula consiste na prática da leitura em sala de aula, com a intenção de promover o interesse dos alunos na prática da leitura também em casa e nos tempos livres. Além de abranger a integração em sala, para discussões sobre o tema e então a comunicação dos alunos entre si e o professor. A leitura capacita o aluno a criar argumentos ou o instrumentaliza para a produção escrita.
II – Abordagem
Obra:
TROVADORISMO:
O material que será apresentado tenta dar uma pequena contextualização da produção literária na idade medieval. Sendo esta um pouco reduzida tendo destaque a poesia trovadoresca, principal produção na primeira era medieval. Esta produção será o foque desta pesquisa.
Introdução
As origens da literatura portuguesa referem-se ao século XII, quando Portugal constituiu um país independente. Dois traços marcantes predominaram a visão da sociedade da época: o teocentrismo no plano religioso, cuja ideologia afirmava que Deus era o centro de todas as coisas. O feudalismo no plano político- econômico que estava diretamente relacionado à posse da terra.
O direito de governar se concentrava somente nas mãos do senhor feudal, que mantinha plenos poderes sobre todos os seus servos por meio de um sistema de vassalagem. Os vassalos obedeciam ao senhor feudal em troca de proteção e ajuda econômica.
Esse sistema de vassalagem refletiu-se na poesia trovadoresca, iniciando o trovadorismo, sendo uma cantiga de amor. Os poetas dessa época eram chamados de trovadores. A palavra trovador vem “do francês ‘TROUVER” que significa “achar”, “encontrar”.
O trovador era aquele que encontrava as palavras certas, que sabia compor com arte. As poesias eram feitas para serem cantadas e por isso eram chamadas de cantigas.
Marco inicial
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo (corresponde ao período literário que abrange todas as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento, durante o século XVI ). A cantiga da ribeirinha é considerada por alguns, a mais antiga cantiga dos cancioneiros medievais e um marco na literatura nacional. Alguns estudiosos entendem trata-se de uma cantiga de amor e outros de uma cantiga de escárnio plena de ironia, por isso atualmente é considerada por diversos autores como uma cantiga satírica.
Cantiga da Ribeirinha
No mundo nom me sei parelha
Mentre me for como me vai,
Ca já moiro por vos e ai!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia.
Mao dia me levantei
Que vos enton mom vi fea
E, mia dês aquelha,
Me foi a mi mui mal di’ai
E vos, filha de Dom Paai
Monis, e bem vos semelha
D’aver eu por vos, guarvaia
Pois eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós ouve nem ei
Valia d’ua correa.
Cantiga da Ribeirinha
( Paio Soares Taveirós) Glossàrio:
Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim
Mentre: enquanto
Ca: pois
Branca e vermelha: a cor da pele contrastando com o rosado do rosto
Retraia: pinte, retrate, descreva
Em saia: sem manto
Que: pois
Dês: desde
Semelha: parece
D’aver eu por vós: receber por seu intermédio
Guarvaia: manto luxuoso, provavelmente vermelho, usado pela nobreza
Alfaia: presente
valia d’um correa: objeto de pequeno valor.
Paio Soares Taveirós
Certamente originário de uma linhagem sediada em Taveirós, no atual concelho de Estrada, em Pontevedra, Paio Soares foi um trovador galego, ativo nas primeiras décadas do século XIII, mas cujo percurso é relativamente obscuro.
Trovador português da primeira metade do século XII (?), descendente de uma família da média nobreza da região do Minho e irmão de outro trovador, Pêro Velho de Taveirós.
Deixou-nos seis cantigas de amor, três cantigas de amigo, duas tenções, uma de parceria com Martim Soares e a outra com o irmão. Discute sobre se terá sido ele ou Martim Soares o autor da famosa Cantiga da Guarvaia (ou Cantiga da Ribeirinha) - 1189 (?). Esta é considerada, por alguns, a mais antiga cantiga dos cancioneiros medievais e um marco na literatura nacional. Alguns estudiosos entendem tratar-se de uma cantiga de amor e, outros, uma cantiga de escárnio.
Trovadores.
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas
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