Peça de Sociologia
Por: Mariana Freitas • 8/6/2018 • Artigo • 1.109 Palavras (5 Páginas) • 180 Visualizações
Peça Sociologia
Adriano Criança/Adulto – Jordano /
Pai (Fabio)– Mateus
Mãe – Vitoria
Narrador: Sabem do que são feitos os direitos, meus caros? Sentem o seu cheiro? Os direitos são feitos de suor, de sangue derramado, de carne humana apodrecida nos campos de batalha, queimada em fogueiras, de luta. Gastou-se séculos e milhares de vidas foram tragadas, foram moídas na máquina de se fazer direitos, a revolução! Se tu achavas que os direitos foram feitos pelos janotas que têm assento nos parlamentos e tribunais? Engana-te!
Ao passo de tudo isso, o protagonista dessas histórias, as minorias, formadas por crianças, jovens e adultos, são árvores e flores que se renovam na luta pelo reconhecimento de seus direitos. A peça “...” traz exemplos comuns que ilustram a violação, das mais diversas formas, das regalias que regulam a harmonia social. Rápida e interativa, a peça conta a história de Adriano, em várias situações da vida. Ao longo do espetáculo são abordados os principais tipos de direitos das pessoas: o direito social, o direito civil e o direito político. Os direitos são feitos de fluido vital, o elemento básico da vida em sociedade, porém, marcados pela liquidez dos interesses!
Primeiro ato – Direito Social (Posto de saúde)
Pai: Preciso de um médico para o meu filho.
Atendente: As fichas acabaram, pode tentar de novo próxima semana.
Pai: Mas é sério, ele está precisando de um atendimento.
Atendente: Infelizmente eu não posso fazer nada por você no momento.
Pai: Chame Cleyton pra mim, diga que é Fabio.
O atendente vai para a coxia e volta com Cleyton
Pai: Cleyton, é seguinte meu filho ta precisando de uma consulta e as fichas acabaram. Será que você teria como me ajudar com isso ?
Cleyton: Claro, mas você sabe como é o esquema, tem que ter aquele agrado.
Pai: Mas você garante que vai dá certo né ?
Cleyton: Claro, confia em mim. Pode trazer eles agora que eu já mando vocês pra sala.
Pai tira uma nota da certeira e entrega a Cleyton. Logo depois ele vai até a família que está a sua espera.
Pai: Não se preocupem, meu amigo que trabalha lá conseguiu a sua consulta.
Mãe: Mas você acha mesmo que isso vai dar certo?
Pai: Vai sim, ele me garantiu, só precisei dar aquele agradinho.
Filho: Pai, realmente precisava fazer isso?
Pai: Claro, tá na hora de aprender e ver que nem todos tem os seus direitos, tem sempre que da um outro jeito de conseguir o que precisamos.
A família vai ao encontro de Cleyton e saem pela coxia.
Narrador: Com certeza você já presenciou ou tem conhecimento de alguma cena desse tipo. Aproveitar o contato de alguém que pode agilizar a burocracia para conseguir algo. Pode ter sido no hospital, no banco, na padaria ou em qualquer outro lugar. Parece que sempre existe alguém pronto para “dar um jeito”. Esse é o clássico “jeitinho brasileiro”. Uma forma “especial” de se resolver algum problema ou situação difícil ou proibida. Do favor à corrupção. Dois polos que podem pender mais para um lado ou para o outro. Uma situação singularizada pelo grau de proximidade entre as pessoas envolvidas, afinal, favor não se pede a qualquer um. E esse comportamento cultural vai sendo levado de geração em geração para justificar os problemas de desvio de conduta, contagiando esses maus exemplos que quebram o exercício devido a cidadania.
Paralelo a isso,
Segundo ato – Direito Civil ()
Adriano está em sua casa quando de repente começa uma discussão com a sua mulher.
Adriano: Você não vai pra canto nenhum com essa roupa. Eu não vou deixar
Esposa: Por que?
Adriano: Porque eu quero. Se você sair com essa roupa, você vai se arrepender.
Esposa: Mas eu tenho direito de ir e vir e de usar a roupa que eu quiser.
Adriano: VOCÊ É MINHA MULHER E EU NÃO QUERO.
A esposa vai em direção a porta. O marido pega a esposa pelo braço e joga no chão.
Adriano: Eu disse que você não vai a lugar nenhum.
Filha entra na sala e vai direto a sua mãe que está no chão.
Filha: O qur ta acontecendo aqui?
Adriano: Vá pro seu quarto agora menina.
Esposa: Pode ir, eu vou já lá.
Filha sai de cena.
Esposa: Escuta aqui, eu sou responsável pelo minhas roupas e pelo modo como me visto. Sei o que devo usar ou não. E você não pode chegar aqui apenas dizer o que devo fazer. Está na hora de você tomar consciência de suas atitudes.
Blackout
Terceiro ato – Direito político (Venda de voto)
Adriano e um homem estão em cena. Conversando sobre política.
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