Redação sobre o impacto da mulher no mundo
Por: Guilherme Almeida • 19/11/2018 • Dissertação • 642 Palavras (3 Páginas) • 1.159 Visualizações
APS 1 - V1
SAÚDE COLETIVA
(Enade 2016) Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a violência contra mulheres é uma grave violação dos direitos humanos que gera impactos físicos e psicológicos. A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) aponta que, no Brasil, de janeiro a outubro de 2015, 38,72% das mulheres em situação de violência sofreram agressões diárias e 33,86%, agressões semanais. A violência doméstica é o tipo mais comum de violência contra a mulher e, para se tipificar essa violência como crime, foi promulgada, em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), resultado de mobilizações para garantir justiça às vítimas e reduzir a impunidade de crimes cometidos contra as mulheres. A partir dessas informações, redija um texto dissertativo sobre o impacto da Lei Maria da Penha no quadro de violência contra a mulher no Brasil. Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
a) impacto da violência doméstica na vida da mulher, na família e na sociedade;
b) mudanças nos mecanismos de proteção à mulher decorrentes da Lei Maria da Penha.
O sociólogo Émile Durkheim compara a sociedade a um “corpo biológico”, uma vez que sua composição se dá a partir de partes que se interagem. Desse modo, existem fatores intrínsecos e extrínsecos que são necessários para que a manutenção da homeostasia deste “corpo”, ou seja, para que seja possível manter uma sociedade coesa, garantindo a todos os cidadãos os seus direitos. Contudo, atualmente isso ainda não é garantido no Brasil. A violência contra a mulher persiste no noticiário cotidiano de diferentes formas - física, psicológica, moral, sexual e outras, retratando uma sociedade que ainda não conseguiu se desvencilhar da hierarquia patriarcal estabelecida em séculos passados.
Ainda que a promulgação da Lei Maria da Penha em Agosto de 2006, aliada ao aumento do número de Delegacias da Mulher, represente um importante passo na busca pela segurança e pelo fim da violência contra a mulher, tal situação está longe de ser resolvida. O sistema punitivo brasileiro é lento e excessivamente burocrático. Dessa forma, tais dificuldades atingem, também, a Lei Maria da Penha, que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados. Sob este prisma ratifica-se que, a ineficiência durante o processo e a demora na tomada de medidas coercitivas, resultam na manutenção da violência contra as mulheres e na impunidade dos agressores. Nessa perspectiva, muitas mulheres desistem de denunciar o agressor por medo de uma possível tentativa de vingança.
Entretanto, apesar de principal, a agressão física não é a única responsável pelas violências contra a mulher. O caráter machista e patriarcal dá à sociedade brasileira o alicerce para o preconceito de gênero ainda na juventude – comumente nota-se uma maior restrição para as filhas e um incentivo aos filhos para execução de atitudes sexistas, as quais muitas vezes beiram o assédio. Além disso, há a violência moral, ainda muito frequente no mercado de trabalho. A diferença salarial entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo, no Brasil, é comprovada em pesquisas, as quais ainda demonstram preferências das empresas na contratação por funcionários
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