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Resenha Filme: "A cor do paraíso"

Por:   •  31/3/2021  •  Resenha  •  446 Palavras (2 Páginas)  •  297 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA: “A COR DO PARAÍSO”

Dábrio Júnior Vitório Vieira [1]

O filme A Cor do Paraíso de origem Iraniana lançado em 2000 foi dirigido e roteirizado por Majid Majidi, em 1998, Majidi foi o único diretor a ser indicado para o prêmio da academia para melhor filme em língua estrangeira, com o filme Filhos do Paraíso, de 1998. Entretanto ele perdeu o Oscar para o filme A Vida É Bela, de Roberto Benigni.

O filme com qualidade visual ruim aborda a realidade de um menino Mohammad, deficiente visual em uma escola para cegos. O drama, apesar de fictício, retrata a realidade nas mais variadas culturas e países tornando o filme um relato social em que a desigualdade social e as fatalidades da vida forçam as pessoas a tomar medidas incoerentes, as vezes extremas e irracionais.

Outro ponto nítido abordado pelo filme é o preconceito com os deficientes visuais que mesmo sendo capazes de desenvolver atividades como as pessoas sem deficiência, não gozam de respeito e igualdade social, nem mesmo pelos entes mais próximos, em que em nome da humanidade, a sentimentalidade, deveria fazer seu papel. Este fato é observado pela vergonha que o pai de Mohammad tem de sua deficiência, planejando até mesmo casar-se para desfazer-se do filho.  O filme muito bem posicionado retrata que a cegueira não limita as pessoas a viverem plenamente, isso é retratado nas cenas em que o menino toca, cheira, ouve, fala, ou seja, suprindo a deficiência com outros sentidos. Também é importante ressaltar que por sua capacidade auditiva aumentada Mohamad, não só, identifica os pássaros, como cria metalinguagem para comunicar-se.

O autor aborda ainda outros pontos relevantes tal qual a religião como meio de coercibilidade de condição e coexistência citados em várias cenas, entretanto, chamou-me atenção para o momento em que o menino sob pressão, expressa seu imenso desacerto com a significância espiritual e questiona a própria condição e a condição de sua santidade vista a falta de concretude a necessidade de desabafo na estadia deprimente de sua jornada.

Por fim o filme retrata a condição trágica das fatalidades e das más escolhas levando o personagem principal a uma morte fatídica, porém premeditada e baseada na religiosidade e pureza de uma criança inocente sofrendo a perversidade do mundo. O filme reflexivo reforça a necessidade de consciência, de amor ao próximo e de observar as situações com ângulos diferentes, por outro lado numa vertente espiritual pode-se deixar mostrar o lado bom que se tem e a sua essência plena, acreditando nos princípios de bondade, solenidade, humildade[...] afinal, no fim da vida e no fim de todos os obstáculos encontrar-se-á o paraíso.


[1] Discente 2º Período de Letras Português – Unimontes Campi Unaí.

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