Shakespeare
Resenha: Shakespeare. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Marjorie44 • 23/9/2013 • Resenha • 846 Palavras (4 Páginas) • 408 Visualizações
“A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos, que consentimos em ser inferiores.”* – Júlio César, de Shakespeare
As palavras de Shakespeare parecem perfeitas, mas não para os personagens de John Green. Para ele, nem todos são responsáveis por seus próprios sofrimentos, apenas tiveram muito, muito azar. E essa é a história de Hazel e Augustus…
Quando me dei esse livro de presente, em outubro do ano passado, estava sendo corajosa – muito corajosa. Isso porque não aguentava mais as pessoas idolatrando o livro à exaustão, a ponto de eu ter calafrios só de ouvir falar ou ler sobre o assunto.
Enfim, quase dez meses se passaram e, finalmente, parece que estava entrando no clima da leitura. Respirei fundo, deixei toda e qualquer expectativa de lado, e me joguei em A Culpa É Das Estrelas.
Hazel Grace – Só Hazel, por favor! – tem 16 anos e há 3 luta contra um câncer terminal que, apesar de encolhendo, não lhe dará mais que alguns anos de vida. Ela abandonou a escola há algum tempo e passa as tardes assistindo America’s Next Top Model, o que não quer dizer que ela seja totalmente infeliz.
A verdade é que Hazel há muito tempo aceitou seu destino, e a única coisa que a deixa preocupada, magoada e, principalmente, culpada, é a forma como seus pais precisam encarar esse grande desafio. Isso e a chatice de ter que ficar carregando um cilindro de oxigênio pra todos os lados.
As coisas começam a mudar em sua vida quando, por insistência da mãe, ela vai à reunião de um grupo de apoio para jovens com câncer. Não era sua primeira vez, claro. Já estava acostumada com o ambiente meio esquisito e o discurso otimista, mesmo para os que não tinham mais chances… Mas era a primeira vez de Augustus Waters.
Gus é lindo e tem sua própria cota de sofrimento, tendo perdido uma perna por conta do câncer. Ele é amigo de Isaac, um menino cego com quem Hazel dividia suspiros irônicos durantes as reuniões, e acaba se aproximando da menina. E é claro que daí nasce um relacionamento bastante real, com aspectos dramáticos e muitos momentos fofos.
Uma das coisas que a menina mais ama na vida é um livro chamado “Uma Aflição Imperial”, que termina no meio de uma frase, deixando muitas questões em aberto. Fã incondicional do autor, Hazel sonha em descobrir o que aconteceu – só assim sua vida poderia seguir completa. Mas o autor nunca respondeu nenhuma de suas cartas.
Com um empurrãozinho da doença, Gus e Hazel acabam em uma aventura meio surpreendente [e essa é a parte que achei menos crível do livro] para encontrar Peter Van Houten, o autor. E essa é só uma das várias reviravoltas da história, que acabou me prendendo durante cada página, até o fim.
O livro é completamente fofo e emocionante. Não é exagerado, mas acho que justamente o contrário – uma vez ou outra sinto que faltou uma profundidade nos sentimentos, talvez culpa da narrativa em primeira pessoa. Diferente da caricatura que poderíamos encontrar, achei os personagens muito bem construídos – apesar de não tão profundos quanto imaginei.
Hazel é forte (ou finge muito bem), preocupada com os outros mais do que consigo mesma, com um humor ácido e ótimas doses de ironia. Gus é
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