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Sociologia Da Educação

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Por:   •  25/9/2013  •  2.800 Palavras (12 Páginas)  •  515 Visualizações

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A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SUA REPRESENTAÇÃO NA SOCIEDADE

Trabalho de Sociologia da Educação, apresentado à Professora Mariciane Moraes Nunes, da Faculdade Anhanguera Uniderp, polo de São José dos Campos SP. Para fins de avaliação nesta disciplina do curso de pedagogia.

São José dos Campos

2012

A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO E SUA REPRESENTAÇÃO NA SOCIEDADE:

Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber foram os primeiros a estudarem Sociologia, em consequência, a sociedade e as relações dos seus indivíduos, que observada sob a ótica de cada um deles foi conceituada diferentemente.

Durkheim, influenciado pelo Positivismo de Comte via a sociedade como um corpo em funcionamento, onde os indivíduos compõem a parte e a sociedade outodos estes, encontram-se sujeitos às determinações que o social os impõe (regras criadas pelos homens que são aceitas por todos). Então, de acordo com ele a sociedade não se transforma se conforma; não há motivo para que os fatos aconteçam, pois são coercitivos.

Marx procurava compreender o funcionamento da sociedade capitalista, e a via como relação entre os indivíduos para produzir. Centrado no conflito das relações de produção (empresários x trabalhadores) buscava o despertar da sociedade para a desalienação, uma vez que os indivíduos trabalhavam, mas não tinha acesso à riqueza.

Usou conceitos como modo de produção, mercadoria, trabalho, mais-valia, alienação; e acreditava na negação da sociedade capitalista, que com o passar do tempo se transformaria em comunista.

Weber observou a sociedade como resultado de interações interindividuais, ou seja, aquilo que se veicula entre os indivíduos. Sua sociologia, denominada de compreensiva, buscava compreender a motivação do sujeito para se envolver na ação social.

Diferente de Durkheim e Marx que viam o indivíduo sujeito a ação das estruturas sociais, Weber aposta no homem como sujeito realizador do processo; o indivíduo vive numa teia de significados e não existe uma teoria universal que o obrigue a segui-la.

O conceito de sociologia, segundo Durkheim, é “a ciência das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento, ou seja, toda crença, todo comportamento instituído pela coletividade". Weber por sua vez, disse que a sociologia é “uma ciência que se propõe compreender por interpretação a atividade social e com isso explicar causalmente seu desenvolvimento e seus efeitos".

Assim, a sociologia é uma ciência que não reduz a estudar os fenômenos sociais, mas também procura entender os processos e estruturas que contribuem para o funcionamento ou não dos sistemas sociais.

A sociologia é um tipo de interpretação e de conhecimento de tudo o que se relaciona com o homem e com a vida humana, um método de investigação que busca identificar, descrever, interpretar, relacionar, e explicar regularidades da vida social.

Dentro das ciências sociais, existe a sociologia geral e as sociologias especiais.

A primeira trata de assuntos sociais de modo geral enquanto que a segunda especializa-se em um tema específico. Por exemplo, existe a sociologia do conhecimento, sociologia da educação, sociologia das organizações, sociologia da religião, enfim, muitas sociologias que se dedicam a entender a dinâmica de milhares de seres humanos que vivem em relações nesse mundo que habitamos.

Portanto, pelo grau de complexidade que reside no ser humano, a ciência social foi obrigada a se especializar e subdividir-se um pouco.

Segundo Nelson, ele diz que a sociologia da educação abrange também o estudo dos processos e das influências sociais envolvidos na atividade educativa, em especial na escola. Incluem-se aqui os processos de interação dos indivíduos e de organização social e as influências exercidas pela sociedade, pela comunidade e pelos grupos sobre a educação.

Assim, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, os conhecimentos sociológicos permitem uma discussão acurada de como as diferenças étnicas, culturais e regionais não podem ser reduzidas à dimensão socioeconômica de classes sociais, assim como das formas como ambas se retroalimentam.

Enfim, a sociologia permite ao aluno uma visão mais aprofundada sobre os processos sociais, analisa a escola como um grupo socialmente estruturado, explica a influência da escola no comportamento e na personalidade dos alunos, e também estuda os padrões de interação entre a escola e os demais grupos sociais.

A discussão sociológica colabora para a escola e o professor enfrentarem o desafio que lhes está colocado a partir da sua realidade social, garantindo ao aluno a possibilidade de despertar sua consciência e expandir seus conhecimentos, de forma que atue como sujeito sociocultural, voltado para a busca de caminhos de transformação social.

Embora tenha tido muito pouca repercussão no Brasil, a corrente queficou conhecida como "nova sociologia da educação" teve uma influênciadecisiva sobre o perfil que tem hoje a SE. O marco inicial dessa importante abordagem é constituído pela publicação em 1971 do livro KnowledgeandControl, organizado por Michael Young. Embora sua influência principaltenha se dado na Inglaterra, onde se iniciou, ela se estendeu depoisa outros países, sobretudo aos Estados Unidos, e um pouco tardiamente, à França, através do trabalho de divulgação de J-C Forquin (1989).

Já muito se escreveu sobre as condições sociais de surgimento da "novasociologia da educação", sobretudo sobre seu aspecto de reação à chamada “sociologia aritmética da educação" que se fazia então na Inglaterrae em outros países. Para o que nos interessa aqui, entretanto, importam destacar aquilo que a distingue fundamentalmente dos outros ensaiose estudos fundadores (para uma descrição mais detalhada ver o ensaio de Antonio Flávio Moreira neste mesmo número de Em Aberto).

Embora caiba havendo mais tarde uma convergência e uma reacomodação entreessas diversas correntes, e é exatamente essa recombinação que vema dar na atual SE, a NSE se distingue dos outros estudos centrais emimportantes aspectos. Em primeiro lugar, a NSE coloca no centro da análise sociológica da Educação a problematização dos currículos escolares.

Em vez de tomar aquilo que é considerado como currículo escolar como um dos fatosaceitáveis da vida, um dado natural, a NSE coloca em questão o próprioprocesso pelo qual um determinado tipo de conhecimento veio a serconsiderado como digno de ser transmitido

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