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A Psicoterapia com Crianças - Rosalba Filipini

Por:   •  30/1/2018  •  Resenha  •  1.125 Palavras (5 Páginas)  •  355 Visualizações

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IGP – Instituto Goiano de Psicodrama

Aluna: Jéssica L. Morais Ribeiro

Resumo:

FILIPINI, Rosalba. Psicoterapia Psicodramática com Crianças: uma proposta socionômica. São Paulo: Ágora, 2014.

AVALIAÇÃO: Resumo desta obra capitulo 3 ao 8.

A autora inicia o texto relatando que a influência da psicanálise deixou uma marca importante na prática da psicoterapia psicodramática infantil, o psicodrama analítico, iniciado na França e importado para o Brasil. O chamado psicodrama moreniano tem sido praticado por poucos psicodramatista e, alguma forma, é possível visualizar a prática do psicodrama com crianças dividida, pelo menos, nestas duas frentes: a analítica e a moreniana.

Moreno estava experimentando sua teoria e necessitava explorá-las cada vez mais para dar suporte às ideias. Juntamente com sua mulher Zerka Toeman Moreno, iniciou a brincadeira de inverter papeis com seu filho Jonathan, de apenas 3 anos de idade. Rosalba também concordou com alguns questionamentos de outros autores que a criança pré-escolar não é capaz de inverter papeis, tal como colocaram Moreno e Zerka.

A história da psicoterapia aponta para uma mudança na sua prática quando voltada para o público infantil. As crianças têm uma maneira peculiar de comunicação e brincar, na psicanálise, é entendido como forma de expressão do mundo interno, que pode ser interpretada, semelhante à associação livre do adulto.

Na psicoterapia com crianças, assim com adultos, o contexto social inclui a criança, sua família, sua rede mais ampla de relações, sua cultura, religião e nível socioeconômico, sua história, seu encaminhamento e o motivo que resultou na vinda ao trabalho psicoterapêutico. Todos os envolvidos estão em seus papeis sociais: filho, pai, mãe, outros cuidadores, membros da família, psicoterapeuta e todos que rodeia a criança.

A autora relata algumas etapas que antecedem o início do processo psicoterápico infantil. As questões que levam o indivíduo a procurar a psicoterapia, geralmente originam a queixa são de ordem emocional, comportamental, neurológica, educacional, família e social. A família traz demandas especificas da criança. Rosalba fala da importância do espaço e materiais da sala de atendimento. Ressalta também, que para qualquer faixa etária, o primeiro contato é realizado com os pais ou responsáveis pelo paciente, com o objetivo de colher dados sobre a criança, de conhecer o casal e pessoas que participem da vida dela.

Na prática do psicodrama a estrutura inclui cinco instrumentos de trabalho necessários para o seu desenvolvimento: cenário no qual ocorrerá o “como se”; o protagonista, diretor, ego-auxiliar e plateia.

Quando se trata de criança em atendimento individual, ela sempre e protagonista e as cenas produzidas não são necessariamente relatos da vida cotidiana: sua expressão como protagonista ocorre por meio de cenas reais, imaginárias ou fantasiosas. Quando uma criança inicia o processo psicoterápico, em especial menos de sete anos, não está interessada em contar verbalmente fatos cotidianos, sobretudo se eles são conflituosos e lhe trazem sofrimento. Ela quer brincar, esse é o seu movimento natural, sua forma de expressão. Os psicoterapeutas infantis têm de lançar mão de recursos pessoais e técnicas que lhes propiciem ajudar a criança a identificar seus conflitos e buscar recursos internos e externos para resolvê-los

        No psicodrama, o jogo dramático não é interpretado. O foco do psicoterapeuta está nas relações da criança e nos papéis que são jogados para resgatar sua espontaneidade e criatividade durante o “como se”. O jogo dramático também possui regras construídas pelo grupo ou criança, tal como a demarcação do contexto dramático, que ajusta o tempo e o espaço ao momento. Jogam-se papéis e contrapapéis psicodramáticos que pertencem ao “como se” e no “como é” retornam-se os papeis sociais. O jogo dramático é facilmente empregado com crianças pela sua capacidade de utilizar o brincar como forma de expressão. Prazo (1994) traz o conceito de papeis de fantasia: papeis jogados na brincadeira espontânea da criança, com os quais ela é capaz de criar, reconhecer, imitar e interpretar.

        Independentemente do jogo escolhido ou da história que será dramatizada, o foco do psicoterapeuta psicodramatista deve estar na relação, no papel e no contra papel que naquele momento são jogados. As crianças escolares gostam de jogos, sejam eles de competição, sorte, simulacro ou vertigem. O que importa é que o psicoterapeuta perceba qual é a função do jogo naquele momento, para que, a partir dele, os papéis psicodramáticos se revelem e possam ser jogados.

          A autora diz que nas primeiras sessões o psicoterapeuta deixa a criança à vontade para fazer suas escolhas, pode também sugerir a construção do átomo social por meio de uma espécie de jogo, que consiste em selecionar alguma coisa da sala que a represente e ir colocando ao redor as pessoas importantes na sua vida. Sugiro que ela deverá escolher o lugar e a distância em que essa pessoa se posiciona, demonstrando como é sua relação com ela: mais próxima ou mais distante. Tanto as crianças pré-escolares quanto as escolares não encontram dificuldade em realizar o jogo em todas as etapas, na construção e na tomada de papéis.

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