A Resenha Do Filme Fragmentado

RESENHA DO FILME FRAGMENTADO

A categoria do filme é um suspense psicológico, onde o ator principal é o Kevin representado pelo autor (James McAvoy) que possui 23 personalidades distintas, em paralelo o sequestro de três adolescentes que se encontram em um estacionamento, onde foram colocadas em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar a saída. Além disso sua relação com a terapeuta são representadas pela trama sendo uma das formas do personagem reconhecer que precisa de ajuda. Uma das jovens se destacou e sobreviveu no final do filme pelo fato do personagem reconhecer suas cicatrizes e ver que a jovem também sofreu quando era criança se identificando com a dor dela.

As multi personalidades se dá pelo Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), conhecido antigamente como Transtorno de Personalidade Múltipla, essa condição psicológica é complexa que é provavelmente causada por muitos fatores, incluindo trauma grave durante a primeira infância (abuso físico, sexual ou emocional geralmente extremo, repetitivo). Uma crítica levantada sobre o filme seria o reforço ideias negativas e preconceitos sobre a condição, o que é preocupante para aqueles que lutam para aumentar a conscientização e a compreensão em torno do TDI.

O filme Fragmentado, dirigido por M. Night Shyamalan, explora de forma intrigante o transtorno de identidade dissociativa, também conhecido como transtorno de personalidade múltipla. Através de uma narrativa envolvente e uma atuação excepcional de James McAvoy, o filme leva o espectador a mergulhar na mente fragmentada do protagonista, Kevin Wendell Crumb. O transtorno de identidade dissociativa é caracterizado pela presença de duas ou mais identidades ou personalidades distintas dentro da mesma pessoa. No caso de Kevin, ele apresenta 23 personalidades diferentes que estão constantemente disputando o controle de seu corpo. Cada uma dessas personalidades possui características únicas e até mesmo habilidades físicas distintas.

A primeira análise crítica que podemos fazer do filme é em relação à representação do transtorno de identidade dissociativa. Embora seja um transtorno real, uma parcela considerável da população desconhece a realidade desse transtorno mental. Fragmentado, apesar de ser um thriller psicológico e exagerar algumas características, consegue trazer visibilidade a essa condição, estimulando debates e discussões sobre o assunto. A construção das personalidades de Kevin no filme também é interessante de analisar. Cada uma delas apresenta traços de personalidade distintos, o que reflete a complexidade desse transtorno. Podemos observar personalidades como a criança inocente de nove anos, a mulher obsessiva-compulsiva e até mesmo uma personalidade que se autodenomina a Fera, apresentando habilidades sobre-humanas.

No entanto, é importante destacar que, apesar de Fragmentado retratar o transtorno de identidade dissociativa de forma envolvente, ele pode ser prejudicial ao perpetuar estereótipos negativos associados à doença mental. O filme sugere através da trama que os portadores dessa condição são perigosos e violentos, o que não condiz com a realidade. É importante ressaltar que a maioria das pessoas com transtorno de identidade dissociativa não representa risco para si mesmas ou para os outros. Além disso, a inclusão de elementos sobrenaturais na história, como a habilidade da personalidade Fera de se transformar em uma besta, pode confundir a percepção do público sobre a condição. Esses aspectos fantásticos podem gerar uma sensação de inverossimilhança e desviar o foco da análise psicológica do transtorno.