A Sensação e Percepção

Síntese Reflexiva

Os conceitos, os problemas e os temas relevantes da sensação e da perceção são essenciais para a história da ciência, em geral, e fundamentais para a psicologia experimental, em particular. Estes dois conceitos são igualmente importantes para o conhecimento que adquirimos de nós próprios e do meio envolvente, assim, o saber que temos do mundo exterior e a nossa sensação interna da realidade física derivam da recolha de informações sensoriais.

A sensação consiste na estimulação de um recetor sensorial que desencadeia impulsos nervosos que se dirigem até ao cérebro. Este interpreta tais impulsos como uma imagem visual, um som, um gosto, um odor, um tato, ou uma dor. São experiências imediatas, fundamentais e diretas. O estímulo físico patente no ambiente emite energia que é absorvida por um órgão sensorial (conhecido como transdução), causando sensação. A perceção é um longo processo evolutivo fundamental no auxílio da racionalização e na atribuição de sentido à informação relacionada com o estímulo físico, envolve por isso, organização e interpretação. A perceção ocorre quando o cérebro processa a informação para lhe dar coerência, por meio de emoções, memórias, etc.

A sensação e a perceção são dois elementos totalmente distintos relativamente ao processamento da informação. No que que se refere à sensação, os órgãos sensoriais registam o estímulo físico juntamente com as suas propriedades físicas. De seguida, descodificam esta informação e transformam-na em impulsos que são transmitidos para os córtices sensoriais do cérebro. No cérebro, os impulsos nervosos passam por uma série de organização, tradução e interpretação. Uma vez terminada a perceção, é possível a partir das sensações um individuo ter lógica. Por exemplo, ver a luz (sensação) é diferente de determinar a sua cor (perceção). Além disso, ouvir um som é diferente de perceber a música que está a ser tocada. Em suma, a considerável diferença entre estes dois conceitos baseia-se no facto de a perceção acompanhar a sensação. Assim, estas duas definições permitem aos investigadores retirarem ideias importantes, uma grande parte dos psicólogos identifica a sensação como um fragmento crucial do processamento da base para o topo. Isto significa que a sensação ocorre quando os órgãos sensoriais transmitem informação para o cérebro. Por outro lado, a perceção corresponde ao processamento executado de cima para baixo. Neste caso, a perceção ocorre quando o cérebro interpreta a informação sensorial e envia sinais correspondentes aos órgãos sensoriais para resposta aos estímulos físicos.

Apesar das distinções mencionadas anteriormente a sensação e a perceção são processos unificados que se equilibram e complementam. Trabalham simultaneamente em nosso benefício, para conseguirmos obter significado a partir de informação relacionada com os estímulos. Deste modo, sem a sensação a perceção não seria possível da mesma maneira que sem perceção, as nossas sensações continuariam a ser "desconhecidas" para nós, uma vez que não ocorreria o processamento mental daquilo que sentimos.

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