A importância da entrevista familiar
Por: Eloísa Santos • 2/11/2017 • Resenha • 830 Palavras (4 Páginas) • 812 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
Curso de Graduação em Psicologia Centro de Psicologia
Aplicada – São José do Rio Pardo – SP
Nome: Eloísa Santos Justino RA: C06954-0 Data:
Supervisora: Renata Elias
Assunto: Relatório: A Entrevista Familiar Diagnóstica. Importância da sua Inclusão no Psicodiagnóstico de Crianças.
A entrevista familiar possibilita uma devolução mais dinâmica para as conclusões obtidas durante o psicodiagnóstico. Esta entrevista tornou-se importante a partir de algumas considerações a respeito da situação que a criança representa.
O sintoma da criança é o mais importante neste momento, porém ela está inserida em um esquema familiar, que pode ser responsável pela causa, estabelecer as relações e o ambiente que envolve a criança possibilita um diagnóstico mais preciso. Para se comprovar as hipóteses que se originam na primeira entrevista com os responsáveis, e também na hora do jogo e teste com a criança, também se faz importante uma entrevista familiar para que se possam confirmar as hipóteses ou alterá-las.
Em casos de crianças com pouca idade, a necessidade de se realizar a entrevista familiar se torna ainda mais importante, já que se trata de um indivíduo em processo de formação e com muita dependência em relação aos pais, principalmente a dependência emocional. Neste período a criança incorpora o modelo que os pais apresentam a ela, então se torna importante constatar o que estes pais estão apresentando, para ajuda-los em busca de melhorar o ambiente familiar.
A entrevista familiar relava condutas importantes, da criança, dos pais, que podem auxiliar na construção da devolução do diagnóstico, auxiliando também na decisão de qual estratégia terapêutica deverá ser recomendada.
Ao realizar uma entrevista familiar é necessário que o psicólogo observe se os papéis de pai e filho estão bem discriminados, assim como, o feminino e masculino, pai e mãe. Determinar quem lidera o grupo familiar e se este colabora, avaliando seu grau de aliança terapêutica com a qual poderá contar. Outro ponto importante é perceber as identificações que predominam, como é ser como pai ou mão, bobo ou legal para essa família, entre outros. Como esses pais estabelecem limites e transmitem conhecimentos, contribuindo para a assimilação do que é fantasia e realidade. Averiguar se são capazes de perceberem a parte de cada um na doença apresentada, ou se apenas um é culpabilizado.
Em alguns casos não se recomenda a entrevista familiar, por exemplo, quando os pais estão separados, ou apresentam resistência, quando se verifica que este momento causará na criança um aumento no nível de angustia até um limite extremo que resultará na perda do bom rapport, podendo influenciar negativamente em uma futura terapia.
O número de entrevistas diagnósticas, não devem ser muito estendidas, pois para os pacientes a falta de interpretações podem começar a incomodar, são necessárias que se façam poucas entrevistas objetivando extrair com clareza, um material significativo para o psicodiagnóstico.
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