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A principal característica do autismo

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Por:   •  25/3/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  9.323 Palavras (38 Páginas)  •  283 Visualizações

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RESUMO

Este trabalho busca refletir o autismo e a ação pedagógica no interior da escola regular, problematizando que papel a escola regular pode exercer para auxiliar no desenvolvimento social e cognitivo de alunos com autismo e quais profissionais em parceria com a escola regular poderiam auxiliar nesse desenvolvimento. A importância dessa pesquisa encontra-se na possibilidade de ampliar o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), buscando desenvolver práticas educacionais efetivas para o desenvolvimento social e cognitivo desses alunos. Para atingirmos esses objetivos, buscamos ajuda de profissionais da área da saúde para esclarecermos dúvidas e solucionarmos questões que possam auxiliar o pedagogo em sala de aula. Também, foi necessário conversarmos com pais de crianças com autismo e observá-las em atividades dentro de uma Clínica Escola Especializada.

Palavra chave: Autismo, Ação Pedagógica.

1. Introdução

Diante dos desafios educacionais é possível observar que as escolas estão longe de se tornarem instituições inclusivas. A situação piora quando nos deparamos com a escassez de

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Artigo apresentado a Faculdade de Educação e Ciências Humanas do Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Hortolândia, como requisito da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob a coordenação da Profª. Ms. Josiane Fujisawa Filus.

2 Agradecemos primeiramente a Deus pela vida e oportunidade que nos deu de desenvolvermos esta pesquisa, a nossa família pelo apoio, confiança e compreensão e a nossa orientadora Dr.ª Rita de Fátima da Silva pela paciência e dedicação.

educadores com competência para trabalhar em favor da inclusão de pessoas com autismo.

A principal característica do autista é o déficit na interação social, no comportamento e na comunicação, em sua maioria, com ausência de comunicação verbal.

O Manual de Diagnóstico e Estatística de Doenças Mentais (DMS-IV) e a Classificação Internacional das Doenças (CID-10) criaram e incluíram o autismo na categoria diagnóstica de distúrbios globais do desenvolvimento e transtornos globais do desenvolvimento.

Sendo assim é imprescindível que o educador ou qualquer outro profissional que trabalhe junto à pessoa com autismo, conheça suas características, para que possam buscar práticas efetivas que auxiliem no desenvolvimento dessas pessoas.

Diferentes autores concordam que o autismo é uma questão que apresenta grandes controvérsias, uma vez que, engloba dentro dos seus conceitos, uma grande variedade de doenças, com diferentes quadros clínicos, que tem como fator comum o autismo.

Dentro da categoria diagnóstica (DMS-IV) e CID-10), Distúrbios Globais do Desenvolvimento e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, o autismo é o transtorno mais conhecido deste grupo, porém, outras formas de Transtornos Globais do Desenvolvimento são: A Síndrome de Ásperger, a Síndrome de Rett, o Transtorno Desintegrativo da Infância e o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra especificação.

Com a falta de conhecimento específico do Transtorno do Espectro Autista (TEA), encontramos diversas abordagens clínicas e terapêuticas. Assistimos as famílias em verdadeiras peregrinações de atendimentos especializados, dentro de uma proposta multi ou interdisciplinar e com dificuldades em atingir objetivos comuns. Encontramos também, educadores que não possuem um conhecimento específico sobre o transtorno e não sabem o que fazer dentro da sala de aula para auxiliarem essas pessoas.

Segundo Capellini e Mendes (2003), o primeiro passo para o processo de inclusão, consiste em disponibilizar informações técnicas, científicas e legais aos professores.

Esperamos que os dados levantados nesta pesquisa possam iluminar novos caminhos, possibilitando uma ação docente mais adequada para que crianças com autismo tenham direito a uma educação de qualidade.

2. Distúrbios Globais do Desenvolvimento e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento

Os Transtornos Invasivos são distúrbios do desenvolvimento humano que vêm sendo estudados pela ciência há seis décadas, embora, dentro do âmbito da ciência, ainda permaneçam divergências e grandes questões por responder. Este grupo de transtornos caracteriza-se por: prejuízo grave e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de comportamento, interesses e atividades estereotipados.

Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam um desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo.

O DVM-IV e o CID-10, criaram e incluíram o autismo na categoria diagnóstica de Distúrbios Globais do Desenvolvimento e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, sendo o autismo o transtorno mais conhecido deste grupo.

Segundo a literatura (Associação Americana de Psiquiatria, 2002), estes transtornos em geral se manifestam nos primeiros anos de vida e freqüentemente estão associados com algum grau de retardo mental. Um grupo de várias outras condições médicas gerais (por exemplo, anormalidades cromossômicas, infecções congênitas e anormalidades estruturais do sistema nervoso central) podem se apresentar em conjunto com os transtornos abrangentes. Embora termos como “psicose” e “esquizofrenia da infância” já tenham sido usados com referência a indivíduos com essas condições, evidências consideráveis sugerem que os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são distintos da Esquizofrenia (Associação Americana de Psiquiatria, 2002).

2.1 Classificação Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde (WHO - World Health Organization)

Segundo a CID-10, o autismo é classificado como F84-0, um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo. O transtorno ocorre três a quatro vezes mais frequentemente em meninos do que em meninas.

2.1.1 Critérios Para Diagnóstico do Autismo (CID-10) (WHO 1992) Pelo menos 8 dos 16 itens especificados devem ser satisfeitos

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