Análise o Campo Holístico Relacional

SUMÁRIO

# Objetivo & Justificativa.............................................................................PG. 02

#Conceitos básicos de Gestalt Terapia......................................................PG. 04

# Sinopse: ..................................................................................................PG. 14

# Análise o Campo Holístico Relacional ....................................................PG. 16

# Análise quanto ao Ciclo do Contato........................................................PG. 21

# Análise do Ciclo de Mudança................................................................PG. 23

# Técnicas/experimentos de intervenção da Gestalt-Terapia ...................PG. 28

#Considerações Finais ..............................................................................PG. 31

#Referências Bibliográficas........................................................................PG. 32

Objetivo: 

Simular (e demonstrar) a intervenção mediante ao uso da Gestalt Terapia.

Justificativa:

A Gestalt Terapia surge nos EUA, com sua primeira publicação num livro em Nova York em 1951, “Gestalt Terapy”, trazendo influências teóricas e filosóficas como a Psicanálise, Teoria de Campo (Kurt Lewin), Teoria Organísmica, Bioenergia (Reich).

        Pelo âmbito filosófico, a Gestalt Terapia traz o Humanismo, Existencialismo e a Fenomenologia, que por sua vez é mais reconhecido como método de atendimento terapêutico (subdividido em: redução, descrição e interpretação).

         Vê o Homem como um todo mediante ao contato de seu próprio self com o meio. A partir disso, forma ajustamentos que levam o indivíduo a conviver de modo saudável ou não em relação a seu equilíbrio organísmico. Ou seja, vê-se como um conjunto e mediante ao seu processo de consciência existencial. Visão integralizada do ser humano mediante a dimensão de seus sensoriais, emocionais, afetivos, intelectuais e sociais.

Segundo Perls, Herferline e Goodman (1997) do ponto de vista psicoterápico, quando há um contato bom – por uma figura nítida e brilhante livremente energizada a partir de um fundo vazio – não há nenhum problema na relação mente (“self”)/ corpo e mundo externo. Diante disso, pensemos a Psicoterapia da Gestalt com o objetivo de abranger existencialmente o campo de possibilidades a partir da tomada de consciência que se faz no momento da awareness, ou seja, (re)conhecer a situação e sua presença diante da situação e estabelecer contato com o “externo”, a partir das possibilidades mediante ao vivido.

Simular o atendimento clínico é tentar intervir, hipoteticamente, de forma profissional diante de “situação problema”, a metodologia usada foi à escolha de um filme (“C.R.A.Z.Y.: Loucos por Amor”), onde há um extremo caso de má relação entre a família, indicando apenas uma pessoa como Paciente Identificado. Z.B. é nosso cliente, com a tentativa de melhorar litígios familiares usamos de uma técnica projetiva perante o movimento introjetivo que houve em sua infância, buscando a tomada de consciência (de nosso cliente) e a partir disso localizá-lo existencialmente perante seu campo de possibilidades.

C.R.A.Z.Y. : Loucos de Amor

        

Título no Brasil:  C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
Título Original:  C.R.A.Z.Y. / CRAZY
País de Origem:  Canadá
Gênero:  Comédia / Drama
Classificação etária: 16 anos
Tempo de Duração: 127 minutos
Ano de Lançamento:  2005
Estréia no Brasil: 24/11/2006
Site Oficial:  http://www.crazyfilm.ca
Estúdio/Distrib.:  California Filmes
Direção:  Jean-Marc Vallée

# Conceitos básicos de Gestalt Terapia:

A Gestalt Terapia traz como fundamentos pontos que se interligam a partir da conjuntura que estrutura a base teórica, assim como seus pressupostos filosóficos.

O Contato, que pelo qual é considerado “cerne” da teoria da Gestalt, já que o processo onde toda a experiência psicológica ocorre, faz com que o indivíduo entre em contato com o meio e assim haja esse “envolvimento” que dará moldes ao ajustamento criativo, produto dessa interação. É visto como, uma elaboração fruto da relação dinâmica existente na relação pessoa-mundo, em um dado espaço vital (RIBEIRO, 1997).

Ainda diante do contato, é necessário afirmar que todo ajustamento criativo advém de um contato, indivíduo-meio, assim fazendo com que haja uma maior atenção dentro do processo psicoterápico da Gestalt terapia perante o que aparece como figura-fundo pertinente ao contato do indivíduo. É, também, “local” onde nascem as patologias, já que o contato disfuncional gera “sintomas”. Diante do processo psicoterápico, o momento de contato também está ligado ao conceito de figura-fundo, já que é a partir das possibilidades existenciais de contato o que era fundo pode ser caracterizado como oportuno ao ajustamento do indivíduo.

Ribeiro (2006) considera o ajustamento como um processo pelo qual o corpo – pessoa, usando de sua espontaneidade instintiva, encontra em si, e no meio soluções para auto regular-se, ou seja,  ajustamento criativo para a Gestalt Terapia é o processo pelo qual nos ajustamos mediante ao contato, self-mundo, onde em algumas vezes, instintivamente, o indivíduo se faz saudável com que há diante dele no mundo, mas em outros casos o indivíduo se ajustar perante o que deve ser feito para que o organismo sinta-se equilibrado. Para Ribeiro (2006):

Estamos sempre num campo, sendo nós mesmos em um campo, e é nessa relação de campos que tudo acontece. Estamos sempre numa relação parte-todo, figura-fundo, dentro-fora, na qual o organismo acontece como um todo. Estar saudável é estar atento a esse processo (...).

Ajustar-se é usar o que apresenta-se como disponível ao organismo, ou seja, aproximar-se das possibilidades existenciais que se mostram presentes. Porém, existem dois tipos de ajustamento, são eles: Ajustamento Criativo Funcional e Ajustamento Criativo Disfuncional. Respectivamente, um apresenta-se satisfação em ajustar-se da forma que se apresenta como presente, o indivíduo sente-se bem em realizar aquele comportamento que lhe é permitido mediante ao contato no mundo, já no segundo o ajustamento é realizado, mas não há satisfação por parte do indivíduo, já que o equilíbrio foi feito de forma onde o que era figura não era satisfatória.