As Oficinas Psicopatologia
Por: LilianSALVATORY • 7/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.742 Palavras (7 Páginas) • 545 Visualizações
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
PROJETO DE OFICINAS
DE EXPRESSÃO
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2017
1 INTRODUÇÃO
As Oficinas de expressão são atividades grupais de socialização, expressão e inserção social, esse termo vem sendo empregado para designar atividades que estão sendo desenvolvidas nos espaços substitutivos de cuidados em saúde mental. As oficinas terapêuticas são atividades de encontro de vidas entre pessoas em sofrimento psíquico, promovendo o exercício da cidadania a expressão de liberdade e convivência dos diferentes. Através das oficinas existe uma elaboração da experiência pessoal e coletiva que será feita através de recursos expressivos.
As oficinas podem se estruturar por três caminhos, sendo eles: Espaço de Criação, que utiliza a criação artística como atividade, Espaço de Atividades Manuais onde são construídos produtos úteis para à sociedade e o Espaço de Promoção e Integração que tem o objetivo a interação da sociedade como um todo.
O oficineiro tem a função de ser um facilitador, acompanhando o processo criativo de pessoas que têm, no contato com os recursos expressivos das oficinas, a oportunidade de tomada de consciência e ampliação do seu potencial. Cabe a ele o planejamento das oficinas, avaliando a dinâmica do grupo e as experiências pessoais dos participantes, podendo fazer um planejamento no decorrer do processo, ajudando a ampliar a sua própria criatividade.
Em 1974, Minzoni já utilizava o termo terapia psicossocial para definir atividades terapêuticas de trabalho e recreação. O termo oficina foi sofrendo modificações com o tempo. Inicialmente as oficinas tinham o objetivo de ser uma ocupação, ser um entretenimento. Era um trabalho repetitivo e monótono e sem remuneração, procurando um resultado de canalização da agressividade, penitência, expressão dos impulsos. Com a técnica livre, acreditava-se que o fazer arte por si só propiciava a cura, as estratégicas terapêuticas tiravam o indivíduo do seu contexto familiar e social. Atualmente as oficinas tem o objetivo de aumentar a autonomia e ampliar as habilidades, valorização do desenvolvimento criativo, o trabalho pode ser feito com remuneração, rompendo o isolamento e inserindo esses indivíduos no mundo social. As técnicas possuem uma finalidade e um proposito definido, sendo um importante meio de reabilitação social.
As oficinas colaboram para facilitar ao usuário com limitações, colaborando para a inserção do indivíduo no mercado de trabalho, que é um importante instrumento de reabilitação. O trabalho feito nas oficinas, como artesanato, trabalhos artísticos são técnicas de tratamento e ressocialização, pois acomodam variações individuais e respeitam o tempo e o ritmo psíquico de cada um. As oficinas provocam rompimento com os estados de isolamento, ativando laços sociais e de comunicação, contribuindo para desencadear uma revitalização de uma vida social e comunitária.
2 DESCRIÇÃO DAS OFICINAS
Oficina 1
Colagem com gravuras expressivas.
Materiais: gravuras já recortadas (para não ser necessário o uso de tesoura) dentro de uma caixa, cartolinas, cola.
Atividade: A oficina não será feita com todos os participantes de uma só vez. Serão divididos grupos de 5 participantes, depois que um grupo termina, o outro começa. Será entregue para cada participante da oficina, uma cartolina, serão espalhados na mesa diversas gravuras, com imagens que podem representar aspectos sentimentais, como por exemplo: imagem de tempestade, arco-íris, animais que representam emoções, como por exemplo um tigre bravo, ou um filhote de gato. Essas imagens estarão a disposição dos participantes para escolher e colar na sua cartolina. Antes de eles começarem a colar, será dada a instrução de colar gravuras que lhe tragam recordações, que lhe chamam atenção, que eles gostem ou não. Será dado o tempo de 15 minutos para que eles façam as colagens. No final será pedido para que cada participante fale sobre sua colagem, o porque de ter escolhido aquelas gravuras, e se são imagens que eles gostam ou que não. Os participantes poderão ficar com suas colagens, se quiserem. Depois é repetido o mesmo processo com o segundo grupo.
Tempo: 50 minutos para cada grupo.
Objetivo: Identificação de sentimentos e emoções, com as figuras apresentadas, escolha das gravuras que mais revelam aspectos psicológicos. Ajudando a identificar as emoções, e depois a expressá-la no momento de descrever as gravuras que escolheu, criando vínculo com o seu aspecto que está expresso no material e com os outros participantes, ao dividir com os demais o seu trabalho. Trabalhar a própria imagem e identidade.
Oficina 2
Teia da amizade.
Material: Um novelo de cordão.
Atividade: Será feito um círculo entre os participantes. O dirigente toma nas mãos um novelo de cordão. Em seguida prende a ponta do mesmo em um dos dedos de sua mão. Pedir para as pessoas prestarem atenção na apresentação que ele fara de si mesmo. Assim, logo após a pessoa se apresentar e falar o que mais gosta de fazer no CAPS e fora dele, joga o novelo para a pessoa que ele quiser. Assim se dará sucessivamente, até que todos do grupo participem. Cada um atirou o novelo adiante, no final haverá no interior do circulo uma verdadeira teia de fios que une uns aos outros. Será explicado ao final que a teia que se formou, é como uma rede que une todos os participantes, que cada um com seus gostos e formas de ser, fazem parte de uma família que é o CAPS, dando a eles um sentido de integração e pertencimento.
Tempo de duração: 40 minutos.
Objetivos: Maior interação e conhecimento do grupo, promovendo a aproximação e procurar mostrar a existência das afinidades. Estimular a socialização e a fala, ajudando a romper o isolamento ao ser estimulado a falar e se identificando com o relato do outro.
Oficina 3
Telefone sem fio com expressão corporal
Material: Não há utilização de materiais para a realização da atividade
Atividade: Forma-se uma fileira com todos os integrantes de costas. O primeiro da fila fala no ouvido do segundo uma frase pequena (ex. “O dia está lindo”), e este tem que passar através de uma mímica para o próximo integrante a frase que foi proposta e assim por diante até que chegue ao último da fila e este tenta adivinhar a frase, após isso ele passa a ser o primeiro da fila e reinicia-se o jogo falando outra frase.
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