As Técnicas de Intervenção
Por: Natália Guimarães • 31/10/2018 • Trabalho acadêmico • 514 Palavras (3 Páginas) • 148 Visualizações
Yallon aborda que uma das maiores tarefas na terapia é prestar atenção aos nossos sentimentos imediatos, que de fato são dados de extrema importância. É relevante observar na leitura da obra de Yallon, que se o terapeuta desenvolver um profundo conhecimento de si mesmo eliminará a maioria dos pontos cegos e conseguir uma boa base de experiências com pacientes começará, a saber, quanto do tédio, ou da confusão é seu e quanto é evocado do paciente, essa distinção é de grande relevância. Caso seja o paciente que evoca o tédio em você na hora da terapia, poderemos supor com segurança que ele é tedioso para os outros em outros cenários.
Em vez de ficar desanimado com o tédio, acolha-o com boa vontade e procure uma dica, por exemplo: quando começou? O que exatamente fez o paciente que o entedia? São dicas que direcionará o terapeuta no processo terapêutico e que o mesmo precisa empregar bons termos para se conectar melhor ao paciente, caso contrário poderá causar um distanciamento. Comentários sobre o aqui-e-agora são um aspecto singular do relacionamento terapêutico. São poucas as situações humanas em que podemos. Tecer comentários sobre o comportamento imediato do outro, a sensação é libertadora. Yallon ressalta que os terapeutas precisam aprender a formular seus comentários de maneira que pareçam afetuosos e aceitáveis para os pacientes.
Tudo o que acontece no aqui-e-agora é um combustível útil para a usina da terapia. Yallon relata sobre seu emprenho em investigar o aqui-e-agora de cada sessão, mesmo que ela tenha sido produtiva e sem problemas. Perto do fim da hora, sempre diz: “vamos parar um minutinho para examinar como você eu estamos nos saindo hoje” ou “algum sentimento sobre o modo como se foi trabalhado naquele dia” ou “algum sentimento sobre o modo como está trabalhando e se relacionando?”. Perguntas essas que servem para se refletir sobre o aqui-e-agora, sobre a experiência do sujeito, avaliando como foi como está aquele processo.
O Autor também aborda o valor da investigação na sessão inicial de como o paciente chegou até a ele, terapeuta. De como o paciente se decidiu ir se consultar. Se foi por meio de encaminhamento, se foi indicação de amigos, colegas. Saber o que foi dito a respeito do terapeuta, consultar ao paciente se as primeiras impressões corresponderam às expectativas que o mesmo possuía.
Algo bastante interessante que o autor aborda no texto é que muitas vezes os pacientes por algum motivo acabam descrevendo exemplos de enganos em suas vidas, acabam distorcendo, ocultando informações sobre eles mesmos. A utilização de ouvidos afiados para o aqui-e-agora é de grande valia, pois essa é uma estratégia geral e uma forma de sondar todo o material numa sessão, inclusive uma excelente oportunidade para investigar alguma inverdade que foi contata na sessão.
Existem todos os motivos para se revelar ao paciente e nenhum bom motivo para se ocultar, existem três domínios de revelação do terapeuta: (1) o mecanismo de terapia; (2) os sentimentos do aqui-e-agora; e (3) a vida pessoal do terapeuta. (essa parte do texto achei bem interessante, mas não consegui destrinchar com exatidão o significado de cada domínio).
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