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Atuação do Psicólogo na Oncologia

Por:   •  23/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  448 Visualizações

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Universidade Anhanguera Osasco

Psicologia

Psicologia da Saúde e Hospitalar

                Atuação do Psicólogo na Oncologia

Osasco, 20 de maio de 2016.

Atuação do Psicólogo na Oncologia

Introdução        

        Câncer é um nome genérico que representa uma série de doenças, sua principal característica é o desenvolvimento de alterações na divisão celular, tendo início quando as células de algum tecido ou órgão passam a crescer de forma descontrolada gerando células anômalas, podendo espalhar-se por outras regiões do corpo conhecido por metástase.

É uma doença crônica que causa incerteza, desconforto, baixa autoestima, depressão, dificuldades de relacionamentos entre outros. Por essa razão, a necessidade de atuação do Psicólogo se faz necessária, o sofrimento emocional causado pela doença pode afetar diretamente a qualidade de vida do paciente e seus familiares. Segundo pesquisas pacientes com diagnóstico de câncer tem grande tendência à depressão, podendo interferir no desenvolvimento do tratamento e sua recuperação.

        O Psicólogo tem como função utilizar intervenções para auxiliar o paciente e seus familiares no enfrentamento e aceitação da doença, favorecendo a adaptação e adesão ao tratamento que em sua maioria são procedimentos invasivos e dolorosos.  O desenvolvimento de doenças decorrentes de fatores psicológicos é citado desde épocas milenares da medicina chinesa, estudos identificam as variáveis que interferem nos resultados do tratamento ocasionados pelo fator psicológico.

O Câncer e a Psico-oncologia

        Há uma grande variedade de tipos de câncer como, por exemplo: O carcinoma nos tecidos epiteliais; o sarcoma, nas estruturas de tecidos conectivos, como ossos e músculos; a leucemia que é na medula óssea e afeta o sangue; o melanoma que é um câncer de pele; e muitos outros.

        Aparentemente para que ocorra o câncer é necessário um conjunto de vários fatores como: a predisposição genética responsável pela menor parte dos casos de câncer, o índice de maior incidência está ligado ao desenvolvimento de fatores ambientais e hábitos de vida, como o uso de tabaco, consumo excessivo de álcool, ingestão de substâncias alimentícias cancerígenas, entre outros.  

        Podemos observar que a psico-oncologia se tornou indispensável no que diz respeito à qualidade de vida do paciente que inicialmente recusa o apoio do Psicólogo, mas logo percebe que falar sobre a doença e expressar seus sentimentos e medos ajudam a enfrentar a nova realidade. Mesmo considerando o diagnóstico de câncer algo catastrófico, o seu tratamento nos surpreende com resultados favoráveis devido os avanços farmacológicos cada vez mais eficientes, o controle dos efeitos colaterais e novas técnicas que permite a identificação de metástases antes mesmo de identificar o câncer original, podendo contribuir para a redução do número de mortes pela doença.

Apesar dos avanços e do aumento da expectativa de vida para o paciente com câncer a morte poderá fazer parte, mesmo que muitos já em fase terminal podem recusar esta realidade, sempre há esperança de um novo tratamento ou uma cura milagrosa. Lembrando que a morte é encarada por cada um de uma forma, varia de família para família e de cultura para cultura, cada um irá reagir de uma maneira.

        Mesmo com toda evolução no campo da medicina esclarecimentos públicos de estímulo à prevenção podem auxiliar de forma positiva o sucesso no tratamento. A psicologia bem como outras ciências da saúde tem como compromisso social a formação de profissionais capazes de identificar comportamentos de risco, evitar situações de vulnerabilidade, incentivar a prática de exames periódicos e desenvolver ambientes de convívio favoráveis  sejam ele, familiar, social ou profissional.

         A Psico-oncologia deve priorizar mudanças de comportamento relacionadas à saúde do paciente, fazendo com que ele desenvolva uma condição de aprendizagem sócio comportamental e cognitiva, onde o profissional pode ressaltar a importância de comportamentos adquiridos em diversas situações de risco, mesmo fora do contexto hospitalar ou de tratamentos médicos, desenvolvendo no paciente a resiliência.

Atuação do Psicólogo        

A atuação do psicólogo no ambiente hospitalar tem sido cada vez mais importante, visto que a hospitalização é uma das etapas vividas pelo paciente portador de câncer. A doença é uma relação mente e corpo, que vai além do biológico incluem fatores psicológicos, sociais e culturais, o psicólogo não pode fazer nada quanto à doença, este é o papel do médico, mas pode atuar na relação do paciente com o sintoma.

A necessidade de especialização é um fato para que o profissional tenha conhecimento teórico e técnico de acordo com o contexto onde está inserido.  O psicólogo hospitalar irá atuar com o paciente, a família e a equipe de saúde em busca do bem estar.

O paciente quando internado em um hospital perde sua identidade sendo identificado por sua patologia, estando em uma situação de completa fragilidade, a psicologia busca dar voz a subjetividade do paciente, devolvendo o que a medicina lhe tira, o lugar como sujeito. O psicólogo não trabalha sozinho ele está inserido em uma equipe multidisciplinar, ou seja, um trabalho que busca a troca de informações entre os profissionais da equipe.

Hospital não é um local adequado para atendimento, mas para o psicólogo hospitalar é o seu ambiente de atuação, seja no leito ou no corredor do hospital, sem nenhuma privacidade, o psicólogo deve atuar usando sua criatividade para adequar da melhor forma suas atividades.

O objetivo principal é fazer com que o paciente possa expressar suas emoções seja através de palavras, gestos, que ele consiga expor seus medos e angústias participando do seu processo de adoecimento. Muitos pacientes mesmo com toda a questão negativa tem uma boa estrutura e não necessitam de atendimento psicológico outros com o Ego mais fragilizado necessitam de suporte e este é o papel do psicólogo.

Os familiares também sofrem com a doença e necessitam de apoio psicológico, é importante que ele possa expor seus sentimentos para saber lidar melhor com a situação emocional, poder falar proporciona melhor enfrentamento e estreitamento dos vínculos familiares.

A equipe de saúde está o tempo todo lidando com a possibilidade de morte, o que muitas vezes gera um sentimento de limitação, esse dia a dia estressante faz com que o profissional utilize defesas que podem gerar comportamentos prejudiciais na relação equipe, pacientes e familiares. O psicólogo pode atuar em conversas durante o expediente, ou através de situações específicas quando solicitado.         Lembrando, que o psicólogo também faz parte da equipe e está sujeito à mesma rotina estressante, lidando com sua própria limitação e a do outro, sendo necessário que ele esteja capacitado e pronto para atuação, o psicólogo com seus sentimentos mal resolvidos pode transmitir para o paciente os mesmos sentimentos, o psicólogo deve manter seu lado humano, compreender para poder ajudar pessoas que estão sofrendo diante de tais situações.

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