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Biografia Eric Erickson

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Por:   •  6/11/2014  •  Bibliografia  •  1.804 Palavras (8 Páginas)  •  1.303 Visualizações

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Biografia Erik Erikson

Erik Erikson nasceu em 1902 na Alemanha e faleceu em 1994, aos 92 anos nos Estados Unidos. Seu interesse pelo desenvolvimento humano começou a partir de suas experiências infantis, ao sofrer na escola por ser diferente dos colegas (Erikson era alto e de olhos azuis pela ascendência nórdica) e por ser judeu.

Estudou com Anna Freud, filha de Sigmund Freud, que elaborou importante teoria sobre a primeira infância. Com isto, recebeu o certificado de psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Viena. Mudou-se para os Estados Unidos em 1933, e começou a trabalhar como professor e pesquisador na Universidade de Harvard e também atendendo crianças em seu consultório.

Tendo pesquisado outras culturas (como a de Sioux e Yurok), elaborou uma das mais renomadas e conhecidas teorias do desenvolvimento humano, criticando a teoria psicanalítica de Freud. De acordo com Erikson, o desenvolvimento psicossocial provém de “crises” – que momentos decisivos onde, de uma maneira ou outra, a mudança é inevitável.

A partir desta formulação, Erikson estabeleceu 8 tarefas psicossociais. Em cada uma delas, o ego ou eu atravessa a crise daquela fase, podendo enfrentar negativamente (o ego fica fragilizado) ou positivamnete (o ego fica mais forte e estável).

PARALELO

Sem negar a teoria freudiana sobre desenvolvimento psicossexual, Erikson mudou o enfoque desta para o problema da identidade e das crises do ego, ancorado em um contexto sociocultural. A Psicanálise deslocava o foco do id e das motivações inconscientes para os conflitos do ego.

Em Freud, o ego aparece como sistema muitas vezes subserviente ao id. Anna Freud, filha de Sigmund Freud, dando continuidade aos seus estudos, atribuiu ao ego uma característica de mais autonomia, com um maior poder de decisão e de atuação. Com sua teoria, Anna Freud também transformou os estágios psicossexuais de seu pai em estágios de busca de domínio do ego, dando a base para os estudos de Erik Erikson. Esta fase na Psicanálise ficou conhecida como época da “Psicologia do Ego”, onde se diminuía a ênfase no inconsciente (Hall, et. al., 2000).

EMBASAMENTO

Em meados do século XX, Erikson começa a construir sua teoria psicossocial do desenvolvimento humano, repensando vários conceitos de Freud, sempre considerando o ser humano como um ser social, antes de tudo, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influência deste. A partir desta consideração, Erikson deixa duas importantes contribuições à Psicanálise: deixa uma teoria na qual o ego tem uma concepção ampliada e realiza estudos psicohistóricos, exemplificando sua teoria psicossocial no curso de vida de algumas figuras famosas. As teorias como a de Erikson trabalham o clico vital como um contínuo onde cada fase influencia a seguinte.

Assim como Freud, Piaget, entre ouras figuras da época, Erikson optou por distribuir o desenvolvimento humano em fases. Porém, seu modelo detém algumas características peculiares (Rabello, 2001):

Desviou-se o foco fundamental da sexualidade para as relações sociais;

A proposta os estágios psicossociais envolvem outras artes do ciclo vital além da infância, ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos estágios infantil (afinal, neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e motor), mas Erikson observa que o que construímos na infância em termos de personalidade não é totalmente fixo e pode ser parcialmente modificado por experiências posteriores;

A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas também das exigências do meio em que vive, sendo portanto essencial a análise da cultura e da sociedade em que vive o sujeito em questão;

Em cada estágio o ego passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Esta crise pode ter um desfecho positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo);

Da solução positiva, da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais fragilizado;

A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracasso.

Erikson criou alguns estágios, que ele chamou de psicossociais, onde ele descreveu algumas crises pelas quais o ego passa, ao longo do ciclo vital. Estas crises seriam estruturadas de forma que, ao sair delas, o sujeito sairia com um ego (no sentido freudiano) mais fortalecido ou mais frágil, de acordo com sua vivência do conflito, e este final de crise influenciaria diretamente o próximo estágio, de forma que o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo estaria completamente imbricado no seu contexto social, palco destas crises.

Confiança Básica x Desconfiança Básica

Esta seria a fase da infância inicial, correspondendo ao estágio oral freudiano. A atenção do bebê se volta à pessoa que provê seu conforto, que satisfaz suas ansiedades e necessidades em um espaço do tempo suportável: a mãe.

Assim se estabelece a primeira relação social do bebê. E justamente sentindo falta da mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson chama de força básica (cada fase tem a sua força característica). Nesta, a força que nasce é a esperança. Quando o bebê se dá conta de que sua mãe não está ali, ou está demorando a voltar, cria-se a esperança de sua volta. E quando a mãe volta, ele compreende que é possível querer e esperar, porque isso vai se realizar; ele começa a entender que objetos ou pessoas existem, embora esteja fora – temporariamente – de seu campo de visão.

Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de que o mundo é bom, que as coisas podem ser reais e confiáveis. Do contrário, surge a desconfiança básica, o sentimento de que mundo não corresponde, que é mau ingrato. A partir daí, já podemos perceber alguns traços da personalidade se formando, ainda que em

tão tenra idade (Erikson, 1987 e 1976). É importante que a criança conviva com pequenas frustrações, pois é daí que ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis de serem realizadas, dando a noção do que Erikson chamou de ordem cósmica, ou seja, as regras que regem o mundo.

Nesta mesma época, começam as identificações com a mãe, que é por enquanto, a única referência social que a criança tem. Se esta identificação for positiva,

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