Biografia de Bion
Por: Rômulo Soares • 31/3/2016 • Trabalho acadêmico • 452 Palavras (2 Páginas) • 1.209 Visualizações
Wilfred Ruprecht Bion, nascido em 8 de setembro de 1897 em Mathura, noroeste da Índia - então Colônia Inglesa. Seu pai servidor público inglês e sua mãe de temperamento instável tiveram mais uma filha, Edna. Aos 8 anos, até então sob os cuidados de sua ama indiana, Bion foi enviado a um colégio interno em Londres. Onde sua adaptação não foi fácil.
Encontrou na atividade desportiva uma forma de interagir com seus colegas. A partir deste ponto mostrou um excelente estudante. Nas forças armadas destacou-se devido suas competências intelectuais e desportivas. Atuou na I Guerra Mundial e chegou a atingir a patente de capitão na carreira militar.
Na Universidade de Oxford estudou História Moderna e Filosofia. Lecionou e também dedicou-se a pintura impressionista. Por intermédio da literatura freudiana, fez medicina e se tornou psiquiatra.
Atuou na II Guerra Mundial na reabilitação de pilotos. Após a guerra passou a trabalhar com grupos. Experiência relevante para sua concepção sobre trabalho de grupo.
Casou-se, porém na década de 20 ficou viuvo. Fato que o levou a retomar sua análise com Melanie Klein, por mais 8 anos. Neste interim, retomou sua formação no Instituto de Psicanálise de Londres. Casou-se com sua assistente, da Clínica Tavistock. Deste relacionamento teve dois filhos.
Depois de viajar o mundo em conferências e devido a rivalidade com os kleinianos mudou-se para Califórnia. Após 11 anos, no seu retorno para a Inglaterra é diagnosticado com leucemia mielóide aguda. Morre dias depois aos 82 anos em 08 de novembro de 1979.
‘A vida sempre nos reserva supresas, geralmente desagradáveis.’
A psicanálise criada por Freud refinada aos conceitos de Melanie Klein, segundo Zusman (2001), possui conceitos base dos quais Bion utilizou-se para suas próprias modificações. Os conceitos bases de Freud, como Complexo de Édipo, Livre Associação de ideias, foram pontos de partida para que epistemologicamente Bion desenvolvesse recursos para chegar a novas perspectivas que somaram à psicanálise. A somar à “atenção flutuante”, em que o analista não se prende em um foco do qual o analisando fala, mas deixa em aberto (como num sonho de vigília) propiciando uma melhor transferência faz parte do que Bion traz sobre a abstenção de memória e desejo.
Com o objetivo de ir além da associação de palavras e transferência, Zusman sobre Bion (2001) acrescenta que tendo feito isto, há uma otimização da postura do analista. Abster-se do desejo de curar significa reconhecer as relações daquele momento, sem preocupar-se com a sessão anterior, com o que pretende ser “concertado”, mas sim obter clareza a partir da intuição, deixando implícita a neutralidade.
Referência
ZUSMAN, W. M.D. Influencia de Bion na técnica Psicanalitica. Congresso Internacional da IPA, 2001. Disponível em: <http://www.verticepsicanalitico.com.br/artigos/bionsperspectives.pdf> Acesso em Março/2016
ANDRIATTE, A. M. Wilfred Ruprecht Bion. Disponível em: <http://febrapsi.org.br/biografias/wilfred-ruprecht-bion/> Acesso em março/2016.
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