Bluma Zeigarnik
Pesquisas Acadêmicas: Bluma Zeigarnik. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: angelcunha • 11/9/2014 • 3.676 Palavras (15 Páginas) • 931 Visualizações
RESUMO
O conceito do efeito Zeigarnik vem sendo discutido e investigado na Psicologia, objetivando compreender, a afirmação de que as pessoas tendem a lembrar de tarefas não concluídas ou interrompidas mais do que das tarefas concluídas. Esse trabalho objetiva um aprofundamento bibliográfico para a aquisição de conhecimento acadêmico sobre o a autora, suas obras e as contribuições das mesmas para a Psicologia. O fenômeno em discussão é apresentado na psicologia da Gestalt, como o efeito Zeigarnik , e o mesmo tem sido usado para demonstrar a presença geral de fenômenos da Gestalt, não apenas como efeitos perceptivos, mas também presentes na cognição. Juntamente com o esforço cognitivo, aparecem os pensamentos intrusivos da tarefa inacabada, pensamentos esses que só serão finalizados quando a pessoa retornar para completar a tarefa.
1 Introdução
Bluma Gerstein nascida em 27 de outubro de 1901, na pequena cidade de Prenai, na Lituânia. Filha de Ronya e de Volf Gerstein, que era dono de uma loja na cidade. Eram de origem judaica, e foram altamento considerados na comunidade em que viviam. De 1863 a 1905, o russo era a língua oficial, e a única oficialmente permitida, e a educação só era permitida em russo. Na casa Gerstein, no entanto, ambos russo e iídiche eram ensinadas, mais no geral não era ensinado o iídiche porque era usado pelos pais para falar secretamente sobre assuntos de adultos na presença de crianças. "Adultos ingênuos!" Declarava Bluma Zeigarnik " Eles pensaram que eu não conseguia entender. Em 1916, depois de ter ultrapassado as quatro primeiras séries, Bluma Gerstein foi matriculada na quinta série no ginásio de meninas em Minsk, onde todas as matérias eram ensinados em russo com excessão dos cursos de francês, alemão e latim. Ela teve de passar sete anos no ginásio, sendo que quatro deles foram em casa, por causa de uma batalha prolongada com meningite. Esta doença, que ainda é muito temida hoje, ameaçou deixá-la com sequelas, ou até mesmo para tirar sua vida. Trabalhou com professores particulares alistados. Se formou em 1918, com uma medalha de ouro.
Bluma Gershtein queria ir mais longe quando se falava em sua educação, mas naqueles dias era difícil encontrar uma universidade que não tivessem normas tão disttintas entre meninos e meninas, as escolas para os meninos ofereciam uma vasta gama de assuntos e um programa mais intensivo.
Logo depois de formada começou a se preparar para a universidade, ficando então horas na bilbioteca, que foi onde conheceu seu futuro marido, Albert Zeigarnik, com quem se casou em 1919, ela apenas dezoito anos, os pais não ficaram muito felizes com a escolha do marido da filha, mais com o tempo aceitaram e eles não só concordou em enviar o casal para estudar na Europa, como também ajudaram o cunhado de sua filha a estudar na Bélgica. Em 1922, Bluma Zeigarnik era aluna matriculada no Departamento de Filosofia da Universidade de Berlim, enquanto o marido era um estudante no Instituto Politécnico de Berlim. E foi através da literatura que surgiu o interesse dela pela psicologia. Visto que desde o ginásio, seu professor de literatura mostrava os aspectos psicológicos da literatura. Na Universidade de Berlim, Bluma demonstrava grande interesse pelas palestras que eram apresentadas pelos psicólogos da Gestalt, Wolfgang Köhler , Max Wertheimer e Kurt Lewin .
Suas palestras favoritas eram as de Kurt Lewin. Ele era um jovem docente que tinha estudado em Freiburg, Munique e Berlim, e depois passou dois anos no exército do Kaiser, servindo a frente, e foi mandado de volta para casa depois de uma lesão em combate. Lewin era um professor muito jovem, o que facilitava seu relacionamento com seus alunos e com seus professores.
Na década de 1920, Kurt Lewin se tornou responsável por uma série de experimentos que tinham a intenção de confirmar sua teoria de campo. Bluma Zeigarnik trabalhou com Lewin em um desses projetos, cujos resultados, foram publicados pela primeira vez em 1927, o que a tornou mundialmente conhecida. Lembrando tarefas concluídas e incompletas. Foi só muito mais tarde, em 2001, que seu papel seria publicado em russo pela primeira vez. No estudo original, mostrou-se que as tarefas que são interrompidas são lembradas por adultos cerca de 90% melhor do que aqueles que estão totalmente concluídos, e que as crianças, em geral, lembram apenas tarefas interrompidas. Hoje, este estudo surpreendente é conhecido na história da ciência, psicologia e publicidade como o "efeito Zeigarnik”.
Formou-se na universidade em 1925, e lá deu continuidade ao seu trabalho, em 1927, após a publicação de seu trabalho sobre tarefas interrompidas, ela foi premiada com o doutorado. Até 1931, ela, trabalhou na Universidade de Berlim como cientista de pesquisa em tempo parcial, enquanto o marido obteve uma posição no Ministério de Comércio Exterior soviético.
A decisão de para voltar para a Rússia, foi em grande parte influenciada por seu marido e seus irmãos, que eram favoráveis ao comunismo sem perceber que se livravam do fascismo, mais se aprisionariam a um sistema onde o terror seria em escala maciça.
Em 1931, os Zeigarniks se mudam para Moscou, onde Bluma assume a posição de assistente científico no Instituto Superior de atividade do sistema nervoso, em 1932 integra a All- Union Insitutute de Medicina Experimental (AUIEM), onde conheceu e trabalhou com Lev Vygotsky, cuja influência sobre ela seria tão grande quanto à de Lewin. Almejava um dia ter a oportunidade de apresentá-los um ao outro. Em 1933, Kurt Lewin esteve em Moscou por duas semanas depois de uma viagem ao Japão, foram feitas tentativas de convencê-lo a permanecer na União Soviética, mas no final ele escolheu emigrar para os Estados Unidos. Durante a estadia em Moscou, Lewin apresentou um filme e fez várias palestras, que Vygotsky participou. Ela enfrentou grande vazio quando viu a morte prematura de Vygotsky e teve sempre consigo uma foto do amigo em sua estante.
No AUIEM, Bluma estava inclinada a pesquisar neuropsicologia clínica chamada então na época de ("pathopsychology"). Seu interesse no assunto começou quando ela estava morando em Berlim. Foi em 1930 que a psicologia médica tornou-se sua principal área de interesse. Em 1935, foi premiada com o premio alemão de Doutorado em Filosofia, que ela tinha sido concedida em Berlim, não era válido na União Soviética. Pelo contrário, era aconselhável esconder essa credencial, uma vez que poderia ser usado como prova de que fornecer idéias burguesas, crenças
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