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Capítulo II: O Behaviorismo Como Filosofia Da Ciência

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Por:   •  29/1/2014  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  2.596 Visualizações

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A ideia de que pode haver uma ciência do comportamento é simples, mas nos leva a duas questões espinhosas, “O que é ciência?” e “O que confere carater cientifico ao estudo do comportamento?”. As ideias dos behavioristas radicais sobre ciência diferem do pensamento dos precursores da teoria, enquanto os primeiros behavioristas derivavam do realismo os radicais se conformam com a tradição filosófica conhecida como pragmatismo.

O realismo defende a existência de um mundo real externo que nos possibilita experiências internas onde o universo permanece exatamente como é independente de nossas percepções sobre ele. Para o realismo, a aproximação da verdade é lenta e incerta já que o mundo objetivo não pode ser estudado diretamente, assim, os dados sensoriais são subjetivos já que estão “dentro” do sujeito e nos possibilitam o entendimento do mundo real. Nesse modelo de pensamento a explicação consiste na descoberta de como as coisas realmente são, estas se diferem de meras descrições, as quais apenas detalham a maneira que os dados sensoriais se organizam.

O pragmatismo opõe-se ao pensamento realista, sua noção fundamental é a de que a força da investigação cientifica reside não tanto na descoberta da verdade sobre o funcionamento do universo, mas do que ele nos permite fazer. Ele equipara aproximadamente verdade com poder explicativo. Mach argumentava que a ciência havia se originado da necessidade que tem as pessoas de se comunicar eficiente e economicamente umas com as outras. Logo, a ciência cria conceitos que permitem a uma pessoa dizer a outra o que se relaciona com o que no mundo e o que esperar se determinado evento acontecer. Para o pragmatismo, a explicação cientifica consiste apenas na descrição de eventos em termos familiares. Ela não tem nada a ver com a revelação de uma realidade escondida alem de nossa experiência.

Para um behaviorista radical o objetivo de uma ciência do comportamento é descrevê-lo em termos que o tornem familiar. Os radicais contemporâneos defendem o pragmatismo, pois, para eles, o realismo leva a uma visão dualista das pessoas, faz uma distinção entre mundo objetivo e mundo subjetivo e leva a definições confusas do comportamento.

A resposta de um behaviorista radical à pergunta “O que é comportamento?” é a de que “comportamento inclui todos os eventos sobre os quais podemos falar com nossos termos inventados”.

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