Características de adolescentes em processo de formação de personalidade

Adolescência, fase da vida reconhecida, quase, que em todo o mundo como um período de transição entre a infância e a idade adulta e que trás consigo, profundas mudanças de aspectos cognitivos, físicos e psicossociais. Ao mesmo tempo em que desenvolve suas capacidades reprodutivas e a maturidade sexual o jovem, perpassa por um período da vida, que geralmente é repleta de conflitos e construções. E com isso a busca da construção de uma identidade se dá de várias formas, por meio de diversas fontes.

Deveras o desenvolvimento e o reconhecimento de uma identidade, tem sido um grande dilema, neste mundo “líquido” e “fluido” como bem nos relembra Benedetto Vecchi (2005) na introdução de uma das obras do escritor Zygmunt Bauman (2005).

“Modernidade líquida (2000) nos projeta num mundo em que tudo é ilusório, onde a angústia, a dor e a insegurança causada pela “vida em sociedade” exigem uma análise paciente e contínua da realidade e do modo como os indivíduos são nela “inseridos”. Qualquer tentativa de aplacar a inconstância e a precariedade dos planos que homens e mulheres fazem para as suas vidas, e assim explicar essa sensação de desorientação exibindo certezas passadas e textos consagrados, seria tão fútil quanto tentar esvaziar o oceano com um balde”.

Segundo Erikson o adolescente no processo de construção de sua identidade não toma por base a de outras pessoas, na verdade o jovem toma, para se sínteses e às modificando, adequa a sua realidade no intuito de construir uma identidade singular no tempo e espaço (Papalia 2006).

Na busca por essa singularidade, alguns adolescentes desenvolveram o que David Elkind (1984, 1998) identificou como sendo “Aspectos Imaturos do Pensamento Adolescente”, caracterizado por tendência a discutir, indecisão, encontrar defeitos nas figuras de autoridade, hipocrisia aparente, autoconsciência e suposição de vulnerabilidade (Papalia 2006). Certamente tais aspectos apontados por estes teóricos, são algumas das bases teóricas, que ajudam a fundamentar e a desenvolver as explicações que tentam elucidar o comportamento do transtorno alimentar na adolescência.

Para os adolescentes como em outras fases da vida a nutrição continua sendo de grande importância, buscando evitar hábitos alimentares que sejam prejudicais. (Papalia2006).

Os transtornos alimentares podem ser dos mais variados aspectos, como por exemplo, a obesidade, que além de ter agentes comportamentais como falta de exercícios físicos, maus hábitos alimentares e ingestão maior do que a queima de calorias, também possui os fatores de ordem genética. São esses os reforçadores, que mais contribuem para obesidade. O que pode acarretar problemas graves de saúde.

De contra partida, segundo Papalia (2006) no adolescente que sofre de Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa verificou-se um grande medo da obesidade, acabando por a carretar maiores problemas, para o sujeito do que a própria obesidade. A principal preocupação do portador de anorexia e bulimia é a autoimagem, hábitos anormais de alimentação e o controle demasiado do peso. Podendo ter suas origens em causas influenciadas, por aspectos neuroquímicos, do desenvolvimento e psicossociais. E por que não falar da mídia.

No caso da Anorexia Nervosa o que a caracteriza é a privação da alimentação. O sujeito estabelece estratégias cada vez mais, restritivas,