Comportamento "Cute Aggression" o Dimorfismo emocional
Por: Anamaria Nalesso • 20/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.608 Palavras (11 Páginas) • 1.083 Visualizações
FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO - FMPFM
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
[pic 1]
COMPORTAMENTO “CUTE AGGRESSION” : O DIMORFISMO EMOCIONAL
BRONZATTI, T. A.1; NALESSO, A M.2
1 – Discente do curso de Graduação em Psicologia
2 – Discente do curso de Graduação em Psicologia
MOGI GUAÇU – SP
2017
[pic 2]
COMPORTAMENTO “CUTE AGGRESSION” : O DIMORFISMO EMOCIONAL
Trabalho desenvolvido no âmbito da disciplina de Leitura e Produção de texto
2017
Trabalho de Conclusão de Semestre apresentado ao Curso de Graduação em Psicologia pela Faculdade Municipal Professor Franco Montoro - FMPFM.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Suzett Biembengut Santade
MOGI GUAÇU
2017
COMPORTAMENTO “CUTE AGGRESSION” : O DIMORFISMO EMOCIONAL
BRONZATTI, Telma Alves [1]
NALESSO, Ana Maria [2]
RESUMO:
Estudar o comportamento humano é um dos objetivos da psicologia. E a maneira como a emoção influencia o comportamento de pessoas que agridem o que lhes inspira afeto e provoca prazer e felicidade é o que se objetiva a explicar neste estudo. O excesso de emoções que serve de gatilho para o comportamento dimórfico denominado “Cute Aggression”, aborda o fenômeno que envolve uma experiência emocional e dois comportamentos antagônicos, o afeto e a agressão, que na verdade tem a função de reorganizar o organismo desequilibrado emocionalmente pelo excesso de emoções positivas ao ter a percepção da imagem ou presença física de um bebê ou de filhote de animais. O processo se faz através de um mecanismo impulsivo de aspecto negativo, um comportamento emocional oposto ao que iniciou todo o processo, ou seja, a agressão vem para o controle do excesso de afeto.
Palavras chave: Dimorfismo, Comportamento, emoção, regulação emocional.
INTRODUÇÃO
Traduzido como “Agressão Fofinha”, o comportamento “Cute Aggression”, se refere ao ato de morder, apertar, beliscar o que é bonito e fofo, como bebês e animais.
Manifesta-se em adultos, podendo ser reconhecido por atitudes e manifestações verbais, estruturando a expressão dimórfica a uma emoção positiva com características negativas, porque embora a pessoa ame o que vê ou segura, ela agride.
Segundo Áragon et al (2015):
“Presumimos que expressões dimórficas de emoção ocorrem durante situações em que as pessoas se sentem sobrecarregadas com a emoção, quando percebem que chegou um ponto em que suas emoções se tornaram incontroláveis” (Dimorphous Expressions of Positive Emotion: Displays of Both Care and Aggression in Response to Cute Stimuli, em 27/01/2015 página 02)
Alguns estudiosos entendem que as expressões de emoção dimórficas (comportamentos) podem ajudar a regular as emoções (Gross, 2013 apud Arágon, et al, Dimorphous Expressions of Positive Emotion: Displays of Both Care and Aggression in Response to Cute Stimuli, em 27/01/2015 página 02), possivelmente através do equilíbrio de uma emoção com a expressão de outra. (Arágon, at al, 2015).
Quando a percepção é feita e se sobrecarrega excessivamente de emoções, pode acarretar um dano ao organismo, portanto, precisa haver equilíbrio, uma regulagem, e se a regulagem pode ser feita com a expressão de outra emoção oposta, pode-se esperar que a expressão de caráter negativo seja positiva.
O termo “Cute Aggression” surgiu a partir do estudo de duas psicólogas norte americanas Rebecca Dyer e Oriana Arágon, sobre a origem de do comportamento dimófico, se era real e porque ele ocorria.
Esses estudos foram idealizados após estudos preliminares onde foram entrevistados 105 pessoas entre homens e mulheres, e 52% delas confirmaram ter apertado um bebê ou uma criança fofa, sem, no entanto, querer prejudicá-los. (Arágon, at al, 2015, Dimorphous Expressions of Positive Emotion: Displays of Both Care and Aggression in Response to Cute Stimuli, em 27/01/2015 página 02).
Segundo Glocker, Langleben, Ruparel, Loughead, Valdez, et al., 2009, apud Aragon, 2015) fotografias de bebês são estímulos positivos para a emoção e trabalham o sistema de recompensa.
Quando pessoas vêem a apresentação de fotografias de bebês, recebem o impulso de aproximar e oferecer proteção e cuidados (Arágon 2015, at al; Glocker, Langleben, Ruparel, Loughead, Gur e Aschser, 2009; Lorenz, 1971; Sherman, Haidt, Coan, 2009; Sherman, Haidt, Iver, & Coan, 2013). No entanto, pode-se obter dois comportamentos expressivos a partir de uma única experiência emocional, onde apesar de querer cuidar ou proteger, o impulso surge de forma aparentemente agressiva, e assim caracteriza-se o “cute aggression”.
2- A NEUROBIOLOGIA DAS EMOÇÕES
Neurobiologicamente, o estudo das emoções aponta para o sistema límbico, sendo ele o principal substrato das emoções. Formado por estruturas corticais situadas nas faces medial, inferior e temporal do cérebro, esse sistema envolve as estruturas do diencéfalo, do tronco encefálico e do lobo temporal. Com Rudolph Nieuwenhuys, em 1985, passou-se a dar mais ênfase a aspectos neuroquímicos, onde há, um conjunto de estruturas com altas concentrações de neuropeptídeos e um sistema adjunto que contém noradrenalina, serotonina e dopamina. Acredita-se que as monoaminas exerçam regulação sobre o funcionamento emocional, já que suas fibras inervam quase todas as estruturas límbicas.
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