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Desenvolvimento Psicossocial na Primeira Infância

Por:   •  23/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  919 Visualizações

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PRIMEIRAS INTERAÇÕES COM A FAMÍLIA

    O modo como os pais cuidam e interagem com o bebê varia de acordo com a cultura em que a família se encontra. Logo, o papel da mãe e do pai são permeadas por construções sociais que influenciam, por meio das brincadeiras e respostas emocionais, a personalidade da criança. E também no que se refere as diferenças do padrão de comportamentos típicos de gênero.

    A mãe é vista como o ser central e principal na vida da criança. Seu papel está vinculado principalmente com a amamentação, mas muito além disso, o mais importante para a criança está na relação de vínculo que a amamentação, assim como outras interações, proporciona devido ao contato físico do corpo da mãe com o bebê. A esse vínculo chamamos de apego, que passa de uma regulação fisiológica para a responsividade e interação afetiva entre eles.

O bebê chega ao mundo em um grande desamparo físico e psíquico. É com os cuidados maternos e inicialmente da regulação fisiológica de fome, frio e troca de fraldas que as primeiras relações entre mãe e bebê são traçadas. É a partir desses cuidados iniciais que são estabelecidas as trocas recíprocas entre o bebê e o seu cuidador. (SOARES, 2014, p. 15)

Sendo assim, a mãe cria a segurança necessária para o bebê e sua relação afetiva com ele faz emergir o desenvolvimento tanto cognitivo como psicossocial.

“O papel do pai é basicamente uma construção social”. (DOHERT, KOUNESKI e ERICKSON apud PAPALIA, 2013) Portanto, é diferente em cada cultura. Em algumas esse papel é assumido por outros parentes. Enquanto em outras o pai assume o papel de provedor e sustenta a casa, enquanto a mãe é responsável pela criação dos filhos, pela casa, pelo pelo marido e, além disso, há aquelas que ainda trabalham fora. Ou, há pais que participam da vida dos filhos e dividem os afazeres com a mãe.  

Pesquisadores abordam que quando o pai de fato tem uma relação direta com os filhos, ele promove o desenvolvimento da linguagem e a socialização da criança, por meio de suas brincadeiras, assim como desenvolve a autonomia que ela precisa para saber que existe um mundo que está além da mãe.

O fato de que os pais são bons companheiros de brincadeiras não significa que eles estejam limitados a esse papel. Se necessário, os pais são perfeitamente capazes de proporcionar a necessária criação emocional e cognitiva, usando a fala de bebê, e formando relacionamentos seguros tanto como responsáveis secundários quanto como responsáveis principais. ( GEIGER; LAMB apud STASSEN, 2016)

DIFERENÇAS DE GÊNERO EM MENINAS E MENINOS

 Papalia (2013) define gênero como o significado de ser homem ou mulher. E afirma que isso afeta a aparência das pessoas, os movimentos corporais, como se vestem e se divertem, influenciando o que pensam delas mesmas e o que os outros pensam delas. Ou seja, o gênero irá definir que papel a criança irá representar na sociedade.

Essas diferenças já são encontradas em bebês e crianças pequenas.

Há uma predisposição para comportar-se de determinadas formas de acordo com o sexo, contudo o conceito de gênero também recebe influências culturais que estabelecem critérios variados de que alguns comportamentos seriam considerados masculinos ou femininos. (MENEZES, 2011, p.12)

Os meninos geralmente são mais compridos e pesados e tendem a brincar de forma mais agressiva e competitiva. “O cérebro dos meninos ao nascer é aproximadamente 10% maior do que o das meninas, uma diferença que continua na vida adulta”. (GILMORE apud PAPALIA, 2013, p. 218) Enquanto as meninas geralmente são menores e mais leves e tendem a ter brincadeiras mais sociáveis e cooperativas.

Devido a estes papéis de gênero, os pais já interagem com os filhos da maneira que pensam sobre seus papéis e influenciam em suas personalidades.

O autor [Stern] argumenta que existem dois bebês,  o real, que está nos braços da mãe, e o imaginário, que é aquele bebê que a mãe tem em sua mente, com os aspectos subjetivos, de como ela imagina essa criança, suas expectativas e de toda representação mental que é feita. ( STERN apud SOARES, 2014)

Sendo assim, a cultura reforça a tipificação de gênero a medida que influenciam na educação dos filhos. O pai principalmente tratando meninos e meninas de maneira diferente, mais do que a mãe.

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