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Diário de campo

Por:   •  22/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  648 Palavras (3 Páginas)  •  607 Visualizações

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DIÁRIO DE CAMPO

L’ABRI PRAVIDA

NOME: LISA MARIA SOUSA TAVARES

Data: 13 de agosto de 2015 (quinta-feira).

O atendimento começou às 13h30min como nas outras vezes, o grupo foi composto pelos membros do projeto L’ABRI PRAVIDA, que no dia estavam presentes 14 membros e por três acompanhantes dos pacientes do PRAVIDA, duas mulheres e um homem, as mulheres estavam participando pela primeira vez e o homem já havia participado nas primeiras vezes. No começo apareceu um paciente que estava sendo acompanhando por uma das mulheres, que era sua mãe, ele demonstrou curiosidade, e os membros do projeto permitiram que ele participasse junto a todos, mas ele por ser um dos primeiros a serem atendidos ficou com o pai na recepção.

O processo começou com os três acompanhantes, que ao longo o atendimento são chamados de protagonistas, contando quem estavam acompanhando, e o que os levaram a estarem ali. A primeira protagonista a contar sua história foi A.A que estava acompanhando seu filho de 30 anos, o qual queria participar o grupo no início. Ela relatou que os problemas começaram após o envolvimento de seu filho com uma garota e o posterior término. Ele fazia faculdade e sempre foi muito estudioso, após esse rompimento largou a faculdade, começou a se isolar e depois vieram as crises nas quais quebrava as coisas dentro e casa e a primeira tentativa de suicídio, ela contou muito emocionada e com detalhes como ocorreu e como ela se sentiu no momento que o encontrou após a tentativa.

Depois de A.A. fazer seu relato L., a outra protagonista, nos falou que acompanhava seu filho de 24 anos, ele também sempre foi muito estudioso, chegando a passar num vestibular para medicina no estado onde seu pai, atualmente separado de sua mãe mora. Por causa da homossexualidade do filho, o pai não o aceita de forma alguma, chegando à expulsa-lo de casa, o que fez com que ele desistisse do curso que ele tanto queria. Depois ele chegou a passar no curso de direito, mas frequentou pouco tempo e desistiu por não se sentir confortável com as outras pessoas do curso. Hoje ele mora sozinho e trabalha no período da noite, vive um relacionamento um pouco complicado com um rapaz, e a mãe deixou claro várias vezes o quão forte é o relacionamento de mãe e filho, depois da tentativa dele e suicídio ela tem medo e deixa-lo só e procura sempre passar um tempo com ele. Ela ter câncer também fragilizou o emocional de ambos. L. também se emocionou bastante ao contar sua história.

 O último protagonista E. que já havia participado nas outras vezes, nos relembrou a história de sua filha de 38 anos que não mantem um bom relacionamento com a mãe. Diferentemente dos ouros pacientes, ela nunca quis ou não teve oportunidade e fazer faculdade. Já está frequentando o PRAVIDA há um tempo e está tendo uma melhora no seu caso.

A primeira protagonista A.A não pode ficar até o final, ela saiu para acompanhar seu filho no atendimento e não retornou.

 Depois a professora Susana pediu para que cada acompanhante escolhesse uma pessoa na sala que representasse o seu respectivo filho (a), após a escolha a sala foi dividida em duas partes: os filhos, compostos pelos alunos participantes do projeto e os pais composto pelos protagonistas e a professora Susana. Cada grupo pode se expressar e falar um pouco dos seus anseios em estar naquela posição, trazendo experiências pessoais.

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