Documentário Olhos Azuis

INTRODUÇÃO

Documentário sobre o preconceito, em especial o racial, dentro de uma sociedade que em sua maioria possui ‘Olhos Azuis’. Jane Elliot, uma pedagoga propõe em um workshop a inversão de papéis sociais, do opressor e o oprimido.

Utiliza da psicologia para fazer deste momento uma experiência intensa, reflexiva sobre a sociedade preconceituosa em que vivemos e na qual aquele que não sofrem a discriminação não sentem o poder negativo e degenerativo que isso acarreta no ser humano, em especial em uma criança.

ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO

Jane Eliiot, pedagoga e professora da 3ª série do ciclo I nos Estados Unidos da América, em 1968 propõe para seus alunos um exercício sobre as diferenças e preconceitos não tendo noção real do que isso acarretaria em sua vida pessoal, principalmente de seus pais e filhos.

A proposta de Jane, ‘The Eye of Storm’ tem como iniciativa propor uma situação em que a criança é julgada intelectualmente e socialmente apenas pela cor de seus olhos.

Dividida em dois dias, o primeiro as crianças que possuem olhos claros são estimuladas a acreditarem que são mais inteligentes, competentes e que podem sem motivo aparente e concreto julgar os que tem olhos castanhos de uma maneira pejorativa.

Estes que por sua vez se sentem excluídos, injustiçados e tal discriminação sofrida reflete em seu desenvolvimento intelectual. Causando confusão com agressões físicas entre as crianças pelo julgamento prévio e sem fundamentos.

No segundo dia os papéis são invertidos e aqueles que estavam no ‘topo’ são rebaixados e julgados menos competentes para executar as atividades. O desencorajamento, a negação e a falta de estimulo positivo reverbera de maneira clara no aprendizado do educando. No final da atividade as crianças relatam a experiência através de desenhos e redações nas quais são divulgadas nos jornais da cidade.

O que Jane não contava é que essa atividade teria tamanhas proporções negativas. A sociedade, os pais, vizinhos, não aceitaram, uma vez que eles, brancos, não sofriam discriminação. Alegaram que era crueldade expor as crianças a assuntos tão profundos e sentimentos tão intensos na qual poderia refletir de uma maneira negativa no futuro.

Jane, ainda que tivesse seus olhos azuis, sofreu diretamente com a discriminação por tal escolha e não intencionalmente incluiu seus pais, que vieram à falência depois da repercussão da atividade e seus filhos que sofreram com o preconceito com os amigos e professores.

Reforçando então a tese de uma sociedade preconceituosa onde não aceita os que vão de contra ou são diferentes da grande massa.

“Blue Eyes” é o relato de um workshop aplicado entre adultos de olhos azuis e olhos castanhos, onde os que possuem olhos castanhos recebem tratamento diferenciado de uma maneira positiva, associando ao tratamento que pessoas brancas recebem no dia a dia pela sociedade. Logo, os que possuem olhos azuis sofrem discriminação e julgamentos prévios como se fossem negros e/ou pessoas que sofrem preconceitos diários, como mulheres, gays, lésbicas ou aqueles que possuem determinadas condições que não sejam igual a da maioria.

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