ESTUDO DE CASO G.A ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Artigo: ESTUDO DE CASO G.A ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: noesande • 28/9/2014 • 5.623 Palavras (23 Páginas) • 1.597 Visualizações
SUMÁRIO
1 - Apresentação .......................................................................................................... 04 2 - Introdução................................................................................................................ 04
3 - Primeiro Encontro.................................................................................................... 07
4 - Anamnese................................................................................................................. 09
5 - Contrato.................................................................................................................... 12
6 - Processo Clínico....................................................................................................... 14
6.1 - Eixo 1 ................................................................................................................... 15
6.2 - Eixo 2 ................................................................................................................... 15
6.3 - Eixo 3 ................................................................................................................... 16
6.4 - Limitações da Terapia Cognitivo-Comportamental para o TOC ........................ 17
7 - Alta-Fechamento...................................................................................................... 18
8- Monitoração.............................................................................................................. 18
9 - Considerações Finais............................................................................................... 19
10 - Referências ............................................................................................................. 20
1 - APRESENTAÇÃO
No presente trabalho, apresenta-se um estudo de caso de uma paciente portadora de Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC, com base na Terapia Cognitiva-Comportamental, que pontua conceitos relativos aos atendimentos com pacientes portadores deste transtorno, sendo enfatizado que as características dos atendimentos psicoterapêuticos seguem correntes teóricas atuais. Palavras chaves: Transtorno Obsessivo Compulsivo, tratamento, Terapia cognitiva-comportamental, Caso clínico.
2 - INTRODUÇÃO
A Terapia Cognitiva-Comportamental está baseada no modelo cognitivo, o qual parte da hipótese de que as emoções, os comportamentos e a fisiologia de uma pessoa são influenciados pelas percepções que ela tem dos eventos. Não é a situação em si que determina o que a pessoa sente, mas como ela interpreta uma situação (Beck, 1964; Ellis, 1962 apud BECK, 2013).
Segundo Beck (2013) a forma como as pessoas se sentem emocionalmente e a forma como se comportam estão associadas a como elas interpretam e pensam a respeito da situação. A situação em si não determina diretamente como elas se sentem ou o que fazem; a sua resposta emocional é mediada pela percepção da situação. Os terapeutas cognitivo-comportamentais estão particularmente interessados no nível de pensamento que pode operar simultaneamente com um pensamento mais óbvio, de nível mais superficial.
A terapia cognitiva tem como base a hipótese de "vulnerabilidade cognitiva". Tem como pressuposto básico a interpretação que um sujeito faz de uma determinada situação, sendo que esta pode ser interpretada das mais variadas maneiras por pessoas diferentes, e essas interpretações que vai definir a resposta emocional e comportamental do sujeito. As nossas interpretações são determinadas pelos nossos esquemas e crenças, funcionais ou disfuncionais. Essas crenças quando ativadas geram pensamentos automáticos (positivos ou negativos), que por fim interferem no nosso comportamento.
Segundo Beck (2013) uma conceituação cognitiva dá o enquadramento para compreender o paciente. Para dar início ao processo de formulação de um caso, o terapeuta vai fazer a si mesmo as seguintes perguntas: Qual é o diagnóstico do paciente? Quais são os seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles foram mantidos? Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas; quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento?
O terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com o paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão. Esta formulação vai lhe ajudar a planejar uma terapia eficiente e efetiva.
Segundo Rangé (2011) a terapia cognitiva proposta por Beck e baseada na conceituação cognitiva é uma abordagem estruturada, diretiva e colaborativa, com um forte componente educacional, orientada para o aqui e agora, de prazo limitado, indicada atualmente por sua eficácia cientificamente comprovada para o tratamento de uma série de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, transtornos de personalidade, esquizofrenia entre outros.
Como em qualquer abordagem psicoterápica, uma relação terapêutica sólida e empática e uma avaliação diagnóstica cuidadosa são elementos fundamentais para o sucesso do tratamento. A cada sessão faz-se inicialmente uma verificação do humor do paciente em relação à sessão anterior e como ele se sentiu durante a semana. Isso costuma ser feito através de instrumentos autoaplicáveis, como a Escala de Beck para Depressão (BDI) e Ansiedade (BAI).
Segundo Rangé (2011) o modelo cognitivo-comportamental tem sido considerado o modelo psicológico do TOC, com maior suporte empírico (Abramowitz, Tayloer e Mckay, 2009). Esse modelo propõe que as obsessões e compulsões surgem de certos tipos de crenças disfuncionais e a intensidade da crença está associada ao risco de uma pessoa desenvolver sintomas obsessivos compulsivos.
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno heterogêneo que se caracteriza pela presença de obsessões e/ou compulsões que consomem tempo ou interferem de forma significativa nas rotinas diárias do indivíduo, no seu trabalho, na sua vida familiar ou social e causam acentuado
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