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Emoções

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Por:   •  5/11/2013  •  Seminário  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  305 Visualizações

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compreender as emoções, idéias e juízos que são despertados ao se observar uma obra de arte. É natural ver esta disciplina levantar questões sobre a natureza da arte, as causas de seu êxito, seus objetivos, seus meios de expressão, sua relação com a esfera emocional de quem a produz, seus mecanismos de atuação – ela deriva de intenções instigantes, simbólicas ou catárticas? -; acerca do potencial humano de entendimento do conteúdo da produção artística, do significado do prazer estético.

Esta expressão nasce em fontes gregas, aisthésis, denotando ‘percepção, sensação’. As pesquisas concretizadas neste campo tem por meta atingir a natureza dos juízos e da intuição sobre o belo, compreender como agem os sentimentos na interação com os eventos estéticos, assim como pretendem analisar os mais diversos estilos artísticos e modalidades de produção. Da mesma forma a Estética também se ocupa do feio, da ausência do ‘belo’.

A compreensão da Estética remonta à Antiguidade Clássica, mais especificamente às obras de Platão, em particular seus diálogos, Íon, Banquete e Fedro, que destacam a preocupação com o espaço que a beleza ocupa entre as coisas do mundo. Um reflexo desta meditação platônica é a conhecida negação de um recanto para os artistas na República utópica de Platão. Aristóteles também discute esta questão na sua famosa Poética, atendo-se especialmente ao estudo da tragédia, criando o famoso conceito de catarse ou purgação das emoções.

O livro Aesthetica, do filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, elaborado entre 1750 e 1758, contribui para que este antigo ramo da Filosofia adquira independência, distinguindo-se da metafísica, da lógica e da ética. Segundo este autor, os criadores modificam intencionalmente a Natureza ao acrescentarem suas emoções à percepção do Real. Concretiza-se assim o que se entende como mimesis da realidade.

Na era moderna esta disciplina amadureceu ainda mais, graças aos trabalhos de Lessing, Hutcheson, Hume e principalmente Kant que, em sua Crítica da faculdade do juízo, revela como se adquire a certeza da concretização do juízo sobre o belo, uma vez que este julgamento não pode ser submetido à práxis nem a normas, e é inerente à esfera do prazer. Ele atinge uma conclusão, a de que há um equilíbrio entre a compreensão e a imaginação, o que pode ser captado por qualquer indivíduo; assim é possível se compartilhar com outras pessoas os juízos de gosto, o que proporciona a devida objetividade.

Na Antiguidade Clássica a estética não era uma disciplina autônoma, pois era investigada junto à lógica e à ética. A beleza, a bondade e a verdade não formavam categorias distintas na análise de uma obra de arte. Na era medieval houve uma mudança de rumo nesta história, esboçando-se o desejo de pesquisar questões estéticas sem levar em conta outras especialidades filosóficas. A Estética finalmente se estruturava enquanto teoria encarregada de ditar as regras que regeriam os juízos de valor sobre princípios estéticos.

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