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Evolução do Comportamento de Cooperar

Por:   •  15/8/2022  •  Abstract  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  80 Visualizações

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Five Rules for the Evolution of Cooperation (Nowak, 2006)

  • Introdução:
  • apesar do principal processo de seleção natural ser a competição, há vários exemplos de cooperação em todos os níveis de organização biológica:
  • genes em genomas;
  • cromossomos em eucariontes;
  • células em multicelulares;
  • humanos em sociedades e estados-nação;
  • conceito de cooperador:
  • um organismo que paga um custo (c) para um outro organismo receber um benefício (b);
  • conceito de desertor:
  • um organismo que reparte o benefício sem custo para si;
  • custo e benefício são medidos em termos de aptidão;
  • Aptidão em tipos de população:
  • apenas desertores: baixa aptidão;
  • apenas cooperadores: elevada aptidão;
  • mista: desertores apresentam maior aptidão do que cooperadores;
  • A seleção natural favorece desertores, caso não haja qualquer mecanismo para evolução da cooperação (Fig. 1):
  • embora a aptidão de indivíduos depende da frequência de cooperadores na população;
  • 5 mecanismos para a evolução da cooperação (Fig. 4):
  • seleção de parentesco;
  • reciprocidade direta;
  • reciprocidade indireta;
  • reciprocidade entrelaçada;
  • seleção de grupo;
  • Seleção de parentesco:
  • Regra de Hamilton:
  • seleção natural pode favorecer cooperação se doador e beneficiário são parentes genéticos;
  • coeficiente de parentesco (r) deve exceder a razão custo-benefício do ato altruísta;
  • r: probabilidade de compartilhar um gene;
  • r > c/b
  • análise do comportamento cooperativo: gene → aptidão → efeito sobre um parente genético;
  • Reciprocidade direta:
  • Trivers:
  • cooperação entre não-parentes e heteroespecíficos;
  • encontros repetidos entre dois organismos com possibilidade de cooperação ou deserção;
  • Dilema do prisioneiro repetitivo;
  • Axelrod:
  • “tit-for-tat” como estratégia prevalente na reciprocidade;
  • Tit-for-tat generoso: coopera com cooperador;
  • Críticas ao tit-for-tat:
  • acidental deserção (e.g., por falhas cognitivas, motoras) pode levar a longa sequência de retaliação;
  • algumas vezes se coopera embora se tenha desertado;
  • Estratégia ganhar-ficar/perder-mudar:
  • repetir movimentos prévios se houver benefício;
  • mudar se houver desvantagem;
  • “Tit-for-tat” vs “ganhar-ficar/perder-mudar”:
  • maioria desertor: maior eficiência do “tit-for-tat”;
  • cooperação estabelecida na população: maior eficiência do “ganhar-ficar/perder-mudar”;
  • Regra geral:
  • reciprocidade direta pode levar à evolução da cooperação apenas se a probabilidade de um outro encontro (w) exceder a razão custo-benefício do ato altruísta;
  • w > c/b
  • Reciprocidade indireta:
  • reciprocidade direta nem sempre é possível porque:
  • interações podem ser assimétricas: o indivíduo nem sempre está apto para ajudar;
  • interações podem ser transitórias: poucos encontros entre os mesmos indivíduos;
  • estratégia-base:
  • reputação;
  • indivíduos mais prestativos são mais propensos a ser ajudados;
  • pré-requisito:
  • cognição sofisticada: memória para as interações passadas + monitoramento da rede social dinâmica;
  • favorece evolução de:
  • cooperação;
  • moralidade;
  • normas sociais;
  • Regra geral:
  • Reciprocidade indireta pode promover cooperação se a probabilidade de conhecer a reputação de alguém (q) exceder a razão custo-benefício do ato altruísta;
  • q > c/b
  • Reciprocidade entrelaçada:
  • pressupostos:
  • populações reais não são completamente mistas;
  • estruturas espaciais e redes sociais delimitam a variedade de interação;
  • cooperadores pagam um custo para cada benefício a um vizinho;
  • desertores não tem custo, mas seus vizinhos também não são beneficiados;
  • Regra geral:
  • a razão benefício-custo deve exceder o número médio de vizinhos por indivíduo;
  • b/c > k
  • Seleção de grupo:
  • presuposto:
  • seleção natural age sobre indivíduos e grupos;
  • grupos de cooperadores podem ser mais aptos do que de desertores;
  • modelo experimental:
  • uma população é dividida em dois grupos;
  • indivíduos reproduzem proporcional a seu pagamento;
  • um grupo pode ser dividido ao alcançar certo tamanho;
  • o outro grupo que cresceu menos torna-se extinto a fim de restringir o tamanho da população;
  • há competição entre grupos porque alguns grupos crescem mais rápido e dividem-se mais;
  • grupos puros de cooperadores crescem mais rápido, mas em grupos mistos desertores reproduzem mais rápido;
  • conclusão: seleção intra-grupo favorece desertores, mas entre-grupos favorece cooperadores;
  • Regra geral:
  • se n é o tamanho máximo do grupo e m é o número máximo de grupos, então a seleção permite a evolução de cooperação desde que a razão benefício-custo exceda 1 + a razão entre n e m;
  • b/c > 1 + (n/m)
  • Sucesso evolutivo:
  • supondo a seguinte matriz:

[pic 1]

  • C: cooperador;
  • D: desertor;
  • símbolos nas células indicam pagamento para indivíduos nas linhas;
  • sem qualquer mecanismo evolutivo:
  • desertores dominam cooperadores;
  • α < γ e β < δ;
  • se α > γ:
  • cooperação é uma estratégia estável evolutivamente;
  • populações ricas em cooperadores não podem ser invadidas por desertores;
  • se α + β > γ + δ:
  • cooperadores são risco-dominantes;
  • se ambas estratégias são estáveis, estratégia risco-dominante será mais atraente;
  • se α + 2β > γ + 2δ:
  • cooperadores são vantajosos;
  • se α > γ e β > δ:
  • cooperadores dominam desertores;
  • um mecanismo para evolução de cooperação pode assegurar que cooperadores tornam-se estáveis evolutivamente, risco-dominantes ou vantajosos (Fig. 2);
  • Análise comparativa:
  • cada mecanismo pode ser apresentado como um jogo entre as duas estratégias pela matriz 2x2 (Fi. 3):
  • seleção de parentesco: regra de Hamilton é critério decisivo para todas as medidas de sucesso evolutivo;
  • reciprocidade entrelaçada: mesma condição para todas medidas de sucesso evolutivo;
  • seleção de grupo: mesma condição para todas medidas de sucesso evolutivo;
  • reciprocidade direta e indireta: condições diferentes para as medidas de sucesso evolutivo;
  • Conclusão:
  • princípios da evolução:
  • mutação, seleção natural e cooperação natural;

Figuras

Figura 1

[pic 2]

Figura 2

[pic 3]

Figura 3

[pic 4]

Figura 4

[pic 5]

...

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