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Freud Psicanalise

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Por:   •  22/11/2013  •  9.084 Palavras (37 Páginas)  •  569 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Psicologia, no estabelecimento da escola Secundária da Sé. Iremos aprofundar a psicanálise e, por isso, o seu pai, Sigmund Freud.

A escolha deste tema deveu-se à grande controvérsia que lhe está associada, e também por o considerarmos um tema bastante interessante. Para além disto, ir-nos-á ajudar a conhecer uma parte importante de nós que nos é desconhecida, a ter uma nova perspetiva de vida. Enfim, a realização deste trabalho vai permitir encontrar as respostas para certas dúvidas, atitudes e pensamentos.

Ao longo do trabalho vamos estudar a opinião, os estudos e as experiências de Freud, que tinha, como principal objetivo o estudo do inconsciente.

Freud, depois de pôr a hipótese de existência de um inconsciente, realizou experiências que o levaram ao estudo do psiquismo. Através destes estudos, concluiu que a sexualidade era extremamente importante na vida psíquica humana, baseando grande parte da sua teoria neste facto.

Vamos, portanto, evidenciar as grandes descobertas de Freud, aprofundar os conhecimentos sobre a sua teoria, compreender o todo da psicanálise.

Biografia

Sigmund Freud, o pai da psicanálise, nasceu a 6 de maio de 1856 em Freiberg, República Checa. No ano 1877, abreviou o nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund Freud. Freud foi o filho mais velho do casamento de Jacob Freud e Amalia Freud. Devido à má situação económica, a família mudou-se para Viena, Áustria, onde o pai estabeleceu um comércio.

Casou-se com Martha Bernays a 14 de Setembro de 1886, em Hamburgo.

Freud e Martha tiveram seis filhos. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como um homem que trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão. Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico. Sigmund Freud foi avô do pintor Lucian Freud e do ator e escritor Clement Freud, e bisavô da jornalista Emma Freud, da desenhista de moda Bella Freud e do relacionador público Matthew Freud.

Nos tempos do nazismo, Freud perdeu quatro irmãs. Embora Marie Bonaparte tenha tentado retirá-las do país, elas foram impedidas de sair de Viena pelas autoridades nazistas e morreram nos campos de concentração de Auschwitz e de Theresienstadt.

Freud iniciou seus estudos pela utilização da hipnose como método de tratamento para pacientes com histeria. Ao observar a melhoria em pacientes de Charcotum neurologista seu contemporâneo, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido pelas suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Para além disso, Sigmund acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas.

Posteriormente abandonou o uso da hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como fontes dos desejos do inconsciente.

As suas teorias e os tratamentos que escolheu foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. As suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.

Freud continua tão polêmico hoje em dia como na época em que esteve vivo. É idolatrado pelos seus seguidores, mas também é visto como um mistificador, principalmente porque após década de 1990 com as descobertas da neurociência, muitos dos princípios fundamentais da psicanálise são questionados.

Em fevereiro de 1923 foi-lhe descoberto um tumor maligno no maxilar superior, sendo imediatamente sujeito a uma cirurgia. Freud tinha que usar uma prótese. Após 33 cirurgias, tinha dificuldade em falar, mas mantinha suas atividades de rotina, abandonando apenas os problemas do movimento psicanalítico.

Freud faleceu em 23 de setembro de 1939, depois de ter estado dois dias em coma. A seu pedido recebeu três injeções de três centigramas de morfina, com a concordância de Anna Freud.

Antecedentes e Influências

Freud explorou um campo em psicologia que nunca havia sido explorado - o inconsciente - apresentando pela primeira vez uma visão dinâmica do psiquismo. No entanto, há que referir que Freud definiu gradualmente o conceito de inconsciente, e para essa definição contribuíram diversos trabalhos e experiências realizadas por médicos e psicólogos, os quais Freud teve oportunidade de conhecer.

Não se pode dizer que a ideia de inconsciente tenha surgido só com Freud, pois já em 1647, Descartes admitiu que certos acontecimentos dos quais não tomara conhecimento na altura da sua ocorrência pudessem influenciar os seus comportamentos futuros. Também Leibniz, uns anos mais tarde defendeu a existência de uma série de perceções das quais o ser humano não se apercebe. Estas duas opiniões denunciam já a existência da algo inerente ao homem, seu desconhecido, que mais tarde viria a ser denominado inconsciente.

Só no século XX, é que os psicólogos começaram realmente a interrogar-se sobre a possibilidade da existência de fenómenos psíquicos dos quais não se tem consciência.

O filósofo e psicólogo Ribot e o médico Pierre Janet, através de experiências no campo da psicopatologia, conseguiram demonstrar a existência de atividade psíquica não consciente, isto porque conseguiram que em alguns dos seus pacientes, se manifestassem, em vigília, comportamentos que anteriormente foram sugeridos sob hipnose.

Jean Martin Charcot, foi um neurologista e professor, que exerceu uma grande influência sobre Freud. Sabia-se que determinados acontecimentos na vida do sujeito lhe podiam causar perturbações no comportamento. Charcot havia explicado essas perturbações com base em doentes, vítimas de "paralisia histérica". Segundo ele, a causa da paralisia não seria o acontecimento em si, mas a lembrança que o sujeito teria desse mesmo acontecimento. Este facto fazia vislumbrar a hipótese de um possível tratamento psicológico, dado que a lembrança atual do doente podia ser provavelmente modificada pelo médico. Janet levou

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